A Guerra da triplice alliança

assumem um caracter ainua mais ameaçador, quando combinados com actos do governo supremo da H.epublic.i, que p:1recem ter . idro clictaclos pelo mesmo pensamento de ho til idade aos propl'io Brazileiros. Collocado nesta situa<:ão os subditos brazileiros re:;identes no Es– tado Oriental, e reapparecenclo de novo a guerra civil sob re o solo Ja Republica, cal amidade que dura hu quasi dous anno:;, era de r eceiar que elles po. uido" ela idéa de u rna perseguição systematica po1· parte da autor idade· que o· deYiam proteger, e tranwias. em ela linha pa– cifica que lhes traçava o procedimento do goYerno imperial e prestassem seu apoio â rernlução . O governo de Sua ~Iagestade procurou prernnir es.s desvio ele :ma naturalidade, que, posto <leYido a u111a preoccup::i.ção , infelizmente,, assaz fundada, seria a seus olhos uma falta grave e intlesculpavel. Os esforços elo governo imperial conseguirani que a grande maioria do:; r e– sidentes brazileiros não wmasse parte, nem cl irecta nem ind irec.;tamente; na que tão inlerna ela sociedade or iental, a que ernm e deviam coij– servar-se est!·anhos. Assim prJ(.;e lendo, era direito e ueYer elo gornrno imperial exigir ao mesmo tempo <lo governo da 1/cpublica medidas que tranquillisa~sem os Brazileiros domiciliados no Estado Oriental, reparando os damnos já soffridos, e dando-lhes garantia de segu rança para o futuro. A mis ão dipl omatica confiada ao con umma.do criterio elo con e– lheiro Jos6 Antonio Saraiva tinha por objecto o duplo pensamento de manter a neutralidade do Brazil na coni.enda civil <la Republica e obter ju -t iça e garantias para os subditos brazileiros, com razão sobresaltaclos e profundamente reseniiclos de seus continuos e g raves soffrimentos. Desgraçadamente, e sa mis ' ão de paz, mal acolhida desde o seu principio pelo governo de Montevid6o, vio afi nal frn trados todos os seus csforç,os. As recl ain:1'·ões brazileira-. foram ropelli<las c;om uma acin tosa recom'enção e a mediação c1njuncta elos repressntantc:; do Brazil, da H.epuhlica Argentina o da Ingl aterra, a bem do restabelecimento da paz interna di Republica, não teve melhor exito. Era, ,porém , obvio que a ce;sação da guerra civil t eria acalmado todos os animos e dado lugar ao ajuste amigavel da· differenças do governo oriental com os do Brazil o da RepulJlir.;a Argentina, governos Yisinhos o garantes da indepen– dencia e integridade çlaL1uelle EsLarln intermediaria. O governo do Moni.eviiléo, tornado das ma i,; deploraveis halluci– na<_;ões de partido, de·attendeu a todos os conselhos <la razão, 1Eio dei– xando ao governo imperial outro recurso honroso sinão o da força, para resalvar a sua dignidade e assegurai' prntecçào, no presente e no fu– tul'o, ao<; sulidilos brazileiros . Esta resolução extrema, mas indeclinavel, foi annunciacla àqnello governo que a recel.,su com a 111e ma ob. tinaçiío, e, mal inlerpretanclo a repugnuncia. com que o Brazil l ançava mão da· medida-s coercitivas, l'rovocr,u-o a proceder com mais energia, e podlm l evou o confücto üs . \ . :rna') mau, graves con equcnctas . Prolextanrlo intentos que não existiam nem podem existir I or p:\rie do Braúl contra a. iudepenrlencia <la Republica do Uruguay, excitou os lllai') se<liços e vulgare'l preconceitos contra o Imperio, alliou-so ao go– Yurno 110 l'al'aguay e prncurou, no interesse cl0 suas paixões exaltadas, accon- 1ler o o.-pidto 1lo cli-;cordia. entr0 a familia argentina.' O sou delírio chegou ao p()nto de 0scanda.li7.ar a civilisaç10 do nosso scculo com a· sc.:enas inanditas rle rnn auto de fé, a. <1ue fora111 condemnatlos os autographos elo~ tratados si1bsístente:; entre o Imperio e a H.epublica.

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