A Guerra da triplice alliança

accôl'do com o general Flôres, a quem reconhece como belligerante l egitimo e nobreuiente ded icado aos mais sagrados interesses da sua patria. . Tal é a delibaração que o governo imperial julgou convemenle manifestar olficialmente ao governo argentino, pre.5tando assim a home– nao-em do seu r aspeito aos pactos existentes, e aos sentimentos de r e– cip~·oca confiança e es lima que tem encontrado d:i p:1r te do mesmo go- verno argentino. ' , O abaix.o assignado aprnveita- 3e desta opportunidade para r enovar a S. Ex. o Sr. D. Rufino de Elizalde os protesto.s da sua perfe.ta es– tima e alta COfüitleração. A S. Ex. o Sr. D. Rufino de Elizalde, ministro e secretario de estado das r el a~:<ie;; exteriores da Republica Argentina. Josó Maria da Silva Paranhos. Missão especül do Brazil. - Buenos- Aires, 19 ele Janeiro de 1865. O abaixo assig naclo, euviado extraordinario e ministro plen~p~– tencia rio ele Sua Mage tade o Imper:\clor do Brazil, acreditado em mn10 especül jun to á Republica Argentina, tem a honrn de dirigir-se ao Sr . . . . . mini tro tle . . . . . para manifestar-lhe em nome e 01·dem do gover no imperial a posição act ua l do Brazi l r elativamente ao gove rn o clé: Montevidéo. Uma numerosa população Lrazileira habita, como sabe o Sr. mi– nistro, a campanha do E ·taclo Oriental do Uruguay, onde exerce a indu tria pastoril e mantém um commercio reciprocament e util com a província de S. P ed ro elo Rio Grande elo Sul, t erritorio brazileiro limi- ~~- . Es es pacíficos e industriosos habitantes foram victimas da mais crnel perseguição no l argo período que durou a famosa defensa de Mon– tevidéo, sustentada cont ra o general Oribe e seu alliado o governador Rosas . Libertada a Republica <lo Uruguay da mão de fer ro que sobre ella pesara pJr tantos annos, e operado este feliz aco1}tecimento me– diante o generoso concur o do Brazil, ora de esperar que os Brazilei– r os encontrassem no territorio oriental, si não o acolhimento que a boa índol e de seus nat uraes dispensa a todos os estrangeiros, pvlo menos a protecção l egal que lhes não podia ser r ecusada . O gorn rno impe– rial a ·im o acretlitou, e nesta confiança de canço u por muito tempo, até que uma nova serie do attentaJos impunes veio convencel-o do contrario, revelando um propo ito hostil, da parte das proprias autori– dades, á nacionalidade brazilei ra . , O governo de Sua Magestade o Imperador não imputa, o que fora in ensato, às autoridades da Republica, a rcspon. abilidacle de todos os delictos perpetrados nestes ultimos annos contra o · suucl itos brazi– l eiros na campanha oriental ; ma tem os mai erios fundamentos para queixar- e e reclamar energic~mente a respeito de crimes em 'lue os proprios agentes do po~or publ~co apparo?om .culpado , como autores e cumplices, ou pAla mais suspeitosa negligencia. Estes factos, por sua. .,successão e gravidade, coi;i.stituem um estado de cousas inquietador para. a população brazileira de um e outro lado da fronteira commum, e

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