A Guerra da triplice alliança

...._,..---- -, 3L nagem de elevado caracter e superior merecimento, o proprio ministro da r elaçõe: exteriores, afim tle promover a realisação da paz almejatla por todos. E, para assignalar o caracter generoso das dilicrencias feitas n'esse sentido, basta-me dizer t1ue não duvidou prestar-lhe~ o seu muito va– lioso concurso o nobre cavalheiro que em Buenos-Aires representa com tanta dignidade o governo de S . M. ' Britannica. Os honrados ministros a que tenho alludido, Sr s. Rufino de Eli– lizalde e Eduardo Thornton, conscios elas intençoes e do fim rla mis~ão especial do Brazil, procederam sempre ele perfeito accôrdo cnmio-o; e todos, durante longos dias, expondo à provas muito durn a 110 -~a pa– cie11cia, julgamos ter feito a bem da pacificação do Estado Oriental os esforços possíveis, no meio dos preconceitos de partido, atravéz do· . interesses ameaçados, e apezar das injustiças da propria impre11sa 0fficial. Essa'> tentativas, porém, determinadas por sentimentos mal apre– ciados, é verdade, mas ele que segui-amente nos desvanecemos, mallo– ,,-ra ram-se por motirns que estão no domínio publico. A paz dependia de uma condi ção fundamental consignada na carta do Sr. general D. Venancio Flores, que hoje V . Ex. conhece. Tendo-a recu,·ado S . Ex. o Sr . presidente, de t1uem isso dependia, frustrou-se a nego<;iaç-ão. Mas o facto de a terem promovido os represantes j u tamente dos dous paizes limitrophe ·, cujos gorel'l1os V. Ex. accusàra de cumplici– dade com a revolta e de tramarem a r uina do Estado Oriental, prova ú toda a lm:, Sr. ministro, duas verdades que careç·o n ·signalar. A primeira que, si as intenções dos governos dos dous porns vi– zinho n ão fossem muito nobres e confe saveis, os seus agentes não teriam procurado com tanto empenho effectuar a paz, antes seriam inclifferentes ao prolongamento da guerra civil e à ~orte que o sou resultado haj a de reservar ao governo oriental. A segunda que, si a guerra ciúl perturba a tranquillidade da Re– publica, não offende meno · aos interesses dos paizes limitrophes, cujas questocs pendentes só pódem ser bom resohiclas no regimen normal, crcado pelo restabelecimento da ordem. De vanecida a esperança <le verificar-se a paz interna, achei-mo no ponto em que me deixara a primeira nota de V. Ex. · Solicitei então as ultimas ordens do meu goYerno, dando no em·– tanto ao da Republica tempo para que refiectis e sobre as difficuldades da sua situação, e effectuasse por si mesmo a paz do E tado Oriental, que allegára n uo ter-se verificado em consequencia da pressão e.-– trangeira. Tenho, portanto, Sr. mini tro, exhaurido os esforços po ·siveis para con. ervar á minha missão o caracter amigavel, que lhe dóra o governo de Sua l\Iagestacle, como o exigem os verdadeiros interesses do Impel'io 0 da Republica. Agora, porém, não me cabe outro arbítrio senão cumprir a~ ordens_ do meu goYerno. Em virtude d'ella , venho notificar à V. Ex. o ultimo appollo amigav?l que. o governo de S. M. o Imperaclor dirige ao governo da Republica Oriental do Uruguay, solicitantlo a . atisfações pedida ' em minha nota de 18 de Maio, pela fürn1a n'ella contida e acima trans– cripta. E, si dentro do prazo improrogavel ele . eis dias, contados d'esta data, não houver o governo oriental attenclido aos reclamos do governo

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