A Guerra da triplice alliança

8 sob o commando do almirante Lobo com uma divisão de tropas r egu– lares contra Buenos- Aires (1), que elle considerava o foco de todo o movimento. O almirante Lobo recebeu instrucções para exigir do governo das Republicas do Prata a desapprovação official da revolução da Ois p 1atina, a demissão de todos os militares argentinos que serviam nas fileiras dos revoltosos e a mais estricta neutralidade (2) . Lobo desempenhou essa incumbencia em termos tão asperos, que a plebe de Buenos-Aire quebrou as vidraças da casa do encarregado de negocios do Brazil (3), e o con– gresso, em se são de 25 de outubro de 1825, r espondeu as reclamações brasileiras com a declaração de que àdmittia a antiga Banda Oriental na federação das republicas platinas, logo que ella consegui se libertar- se. Em consequencia d'isto o mini.·tro dos negocios estrangeiros enviou uma nota ao governo do Rio de Janeiro declarando que Buenos-Aires em nada concorrêra para a luta da independencia na Cisplatina nem auxilio algum prestàra, mas, solicitando uma população irmã a sua entrada .na federação do Prata, julgava- se o go,erno argentino obrigado a empenhar todas as suas forças para que as tropas brazileiras deixassem o territorio de uma republica já independente (4). Buenos- Aires não teria dado esta resposta, egui\-alente a uma declaração de guerra, se as tropas brazileiras não t ives– sem sido de baratadas em 24 de setembro por F r u c tu o s o Ri v era no Rincon de la: Gallinas (5), e no dia 12 de outubro por Lavall eja na planície de Sarandy (ô). Tanto as milícias rio- granclenses, como os (1) O autor refe1'e-se sem duvida no 1° batalhão de gmnadeiros, ao b'l.lalbão ele caçadores do Irnperaclor, e a um esquad rão do 2° regimento de cavallaria, que, ús ordens do geueral hlagessi, parliram p::ira Monlevicléo, comboyados pela esqu::tclra do l{odrigo Lobo. (2) A missão deste almimnto foi irnpecli.r a passagem das embarcações que sabiam de Buenos-<\ires e oulros portos argentinos conduzinclo armas e munições p::ira os revolucionaria-·. (3) Do consulado brasileiro. Não linbamos legação em Buenos-Aires. Este facto deu-se em 20 de outubro. (-tl NoLa do ministro <las relações exteriores, Dr. Manoel J. Garcia, de 3 de no– vembro de 18'23. Nesta nota communicava Garcia ao goyerno imperial que o con~resso nrgenliuo cleclarám n Banda Orienlal, in corporacl'l. ú RPpublicn. das Províncias Unidas do Rio d'.I. Prata, e accrescentwa : << .• • Por esta solemne declaração o govemo ger.:il eslá compromellido a prover á defeza e segurança da provincia Orienlal. Elle cum– prirá o seu dever por todos os meios a seu ai ance, e pelos mesmos accele1·at•á, a evaci,açà-0 dos dovs 1inicos pontos militat·es que ai11da occuvant as ti·opas de S. 1'I. J . ... » A shim deixou a final c:1hir a mascarLL o governo ele Buenos-Aires, depois ele mil protestos de ncntralid-ic.le . Essa cleclara,;üo f,,i feita depois do combale de Sarandy. (3) No Rincão elas Gallinhas for,1m sorprendiclos e closbarala,los os coroneis José Luíz l\fonna Harrrto e Jeronymo Gomes Janlim, que marchavam a reunir-se em l\lercêdcs ao bnrüo de Serro L<\l'go. Commandavam, esses dous chefes, os regimentos • de cavallaria miliciana n. 2 ! e n. 23, compostos ambos ele gwwanys de Missões. Cadn um elos regimentos tinha 21)1) bomens.-O coronel l\len'l. Barreto morreu bcroicamenlc, recusanclo renclor-sc. (Gl O barão do Serro Largo, depois ele obrig1.r River.1. a levantar o si1io ,le Merc6i1es fez partir desse ponto o coronel Bento Maooel com 8 JO homens ele ca– vallaria, 'a!im de perseguir a11uelle general. Dento Manoel derrotou Rivera em ,i ele setembro JLtnto ao Coqlllml>o e mrirchou p::ira i\lo ntev1déo. LavnlleJri abandonon pre– cipiL 'l.rhmen te o sitio eh Colonia e correu para Durnzno, conceutrn.ndo nhi toclns ns suas forr.as . Dento l\1anool recebeu em Montevidflo um refor~n de ~GO lmmens do cnval laria·. O gener l Lec,)r preparava alguma inf.tntnria e nrlilheria para ucompa– nhal-o, mns Ben_to M,inoel, orgulhoso com as viclori,is que baYin.. alc:111<;:ido_ na guerra anterior, não qu1z esperar por uol'0S reforços, e, se!Jl ordem, parlm para Mmns, onclo se lhe rouni11 o coronel Bonto Gonçalves com :i.5-! milicianos mal armados. Esses dous chefes não dependi'\m de Lecór, m-is do barão do l:ierro Largo, comrnnnchinlo das armri.ci elo Rio-Grande elo Sul. Rivera inslrni lo da approximaçi\o rios coronois Mcnn Barret o o JnrJim tinha partido ao encontro destes. Depois de clorrotal-os no Rinciío das Gallinhns (:?.•i do setembro) voltou a reunir-se a Lavalleja, do sorte quo quanuo •