A Guerra da triplice alliança
28 4.ª Que sejam postos em plena liberdade todos os Brazileiros cons– trangidos ao serviço das armas. 5. ª Que o governo da Republica expe~a, dando-lhes toda a pu– blicidade, ordens e instrucções ao . eus dirnrsos delegados, nas quaes, condemnando solemnemente os alludidos escandalos e attentados, re– commencle a maior solicitude e desvelo na execuçãu das leis da propria Republica, comminando as penas por essas mesmas leis impostas aos transgr essores, de modo a tornar effectivas ' as garantias nellas promet– tidas aos habitantes elo seu territorio . 6ª . Que expeça do mesmo modo ordens e instrucções para que se cumpra rlelmente o accôrdo celebrado, e subsistente pelas notas re– versaes de 28 ele Tovembro e 3 de Dezembro de 1857, no enticlo de serem reciprocamente respeitados os certificados ele nacionalidade passados pelos competentes agentes dos dous governos aos seus respectirns con– cidadãos . 7. "' Finalmente, que empregue os meios precisos para que os agentes consulares Brazileiros sejam tratados com a consideração e deferencia devidas ao lugar que occupam, respeitando-se as attribuições e regalias que lhes são proprias, jà pelos estylos consag:·ados entre nações civi– lisadas, já pelo direito convencionado entre o Imperio e a Republica . Quando eu dirigia-me ao bom sen. o e ú honra elo governo oriental, formulando um pedido ele caracter tão moderado como o cl'essas pro– videncias que é dever ele todo - o governo civilisado adnptar esponta– neamente, e sem provocação das potencias estrangeiras, por bem da tranquilliclade d'aquelles que, procuranrlo o . eu territorio confiam na justiça elos tribunaes e nos agentes do poder publ ico, estava bem longe de acred itar Sr. ministro, que V. Ex. em reposta recorreria, como o fez por sua nota ele 24 de Maio, a recriminações inopportunas contra o proprio governo de Sua l\fagestacle, no int uito certamente de per– turbar e desviar a discus ·ão. Fiel ao proposito funesto ele não encarar a: questões intorna– cionaes smao pelo pri ·ma das paixões de partido que commovem e arruinam o paiz, o governo oriental preferiu oprôr aos reclamos do de Sua Mage tade as accusações vulgares ela imprensa desvairada, im– putando ao Brazil e á Republica Argent ina a responsabilidade da presente guerra civil. Como si os paizes vi inhos pudessem participar elos de– ploraveis erros cL-1. politica interna do E. Lado Oriental , cnjo governo não comprehendeu ainda o dever ela tolerancia e ela moderação nas lutas dos partidos, e cuj a historia reduz- se ao exilio e ao supplicio ele alguns cidadãos em proveito exclusivo de outros ! Longe do manifestar a intenção ele garantir por qualquer modo a sorte elos subditos de Sua l\lagestade, o gove rno da Republica limitou-:e a accusa-los de auxiliarem a rebellião j ulganclo se porventura dispensado por isso de proteger-lhes a vida e a prnpriedacle, e aceitando ª fsirn a cumplicidade com os chefes militares, que, ás orúen: do general D. 'Diogo Lamas, actual rríin isi,ro da guerra, devastaram é atê incendiaram os– tancias de Brazileiros sob o futil pretexto ele r1ue sympathisavam com a revolta. Não ficou esquecido o facto ele se haver em álistado solJ as bandeira · <lo general D. Venancio :Flores varios dos meus compait'iotas, muitos <l'elle<; aliás, convem nolal-o, victimas de violencias impunes, porrnit– tidas ou praticadas pelas autorida,les, entretanto que o exercito l egal conta centenares rle e-trangeiros violentados ao sorvi.-o militar. Invo– cando esse facto, porem, o governo da Republica não podia. crêr que
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