A Guerra da triplice alliança
27 cido da inefficacia das suas diligencias anteriore ·, formulasse o ultimo appello amigavel ao gove rno desta Republica , de cuj a prudencia ainda esperava a reparação devida por factos de tão no toria gravidade. . Insistir nas reclamações po r taes crimes, e conse,,.uir que medidas energicas e prevent ivas obsle:u a , sua repr oduccão, ira, Sr . ministr o, direito perfeito do lmper io , tanto quanto uma pret enção moderada . . Os mot ivos do seu proceder , e o fi m a que se propunha, expri– miu-os o meu governo de um modo explicito , e sem reser va al guma, em documentos · publicos, elo mesmo modo por que eu depois o fiz a V. Ex. em nota ele 18 de Maio. Entretanto, imputando- se á. missão de que eu fôra encarregado, o ca racter de ameaça, vi com sor presa que a propria imprensa official n ão descançava no empenho de accender os pr ejuízos popula res contra a polit ica do Imper10 ; e tive até o desgo. to de carece r dissipa r as suspeitas infundadas de que V. Ex. mesmo pareceu-me possuído . Em taes circumstancia , cumpria-me protestar , ass ignalando, como o fiz, as vistas elevadas do governo imperial, sempre superior ás pa i– xões e aos interesses dos part idos que dividem os habitantes da Re– pu blica ; a solicitude com que se empenha em garant ir os direitos dos Brazileiros aqui domiciliados, como o unico meio efficaz ele separal-os de _quanto os possa Yincular ús questões intestinas do paiz onde r e idem ; a nobreza com que, quaesquer que rnjam os seus j u tos resentimentos , t em- se abst ido sempre de aggrava.r por meio de exigencias que aliús lhe fôra licito fazer, ~1. sor te precaria do governo oriental. Preferindo sempre o empr~go dos meios dignos de povos vizinhos o amigos, não precipitei os aconteciment os, e em diversas confe rencias com V. Ex. e com S. Ex . o Sr . presidente procurei patentear a le– git imidade de minhas r eclamaçõe ·. Foi- me, porém indispensavel muita prudencia par a superar os em– ba raços creaclos pela imp rensa official, fecunda na ~xpl ora , ão de t errores fa n tasticos, incansavel cm desvairar a op inião publica e em empr e. tar ao meu governo intençõ~s occultas , n 'uma linguagem impo ivel ele t1ualifi car sem offensa para o governo oriental, que não permitto pu– blicacõcs contrarias a sua política. Reprimindo meu profunc1.o pezar , da crença ele que o governo da Repu blica resisti ria por fim as suggestões exaltadas elo partido da si– t uação , t ive a honra de passar á V . Ex . a nota citada de 18 de Maio, acompanhada da memoria dos factos constitutivos das recl amaçoes pendentes . Servi-me ele nma linguagem· moderada , ab;,trahi de considerações quo _pudessem perturbar a cal ma em que parecia- me necessario manter a . d1scus ão, li mitei-me a expôr e justificar a medidas r epres ivas elos crimes e ª?n ·o· do autoridade, muitos dos quaes ·ão notorio · a nacionaos o estrangeiro . E · ·as med idas reduzem- e âs seguinte· : l. " Que o governo da Republica faça eITocLirn o castigo, i não ~le ~oclos, ao 111enos daquelles do · crimino, os reconhecidos que pa,c;seiam impunes, alguns occu 1·anclo até po.-t o.- no exercito oriental , ou exer– cenrlo cargos ci\'is no Est ado. 2 ."' Que ejam i111n1ecliatameuto de ·litui1lo e rcsponsabili n,dos os agentes de pol icia t1ue têm abusado da au toridade lle tiue so acham rcYc -tidos. 3 .., 0.uP se inclemnise compeLentemen te a propriedade t1ue . ob qual– quer pretexto, ten ha ·itlo exto rquia1 l.1. aos l3ruz ileiros pelas autoridades · civi ou milita res.
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