A Guerra da triplice alliança
4 Ora chamado, ora rejeitado polo diífe rentes partidos, occupou o general J_Jortnguez Lecór a cidade de MonteYideo em 19 de Janeiro de 1817(1), sem comtudo poder supplantar de todo a5 guerrilhas no interior do paiz, onde Ar ti g as ate 1820 offereceu resistencia, e, batido afinal por um outro cabecilha, Ramirez, refugiou- e no Paraguay. Ahi o dictador, Dr . F r a n c ia, o acolheu e aos eus partidistas, gaúchos e flibusteiros, mas um proce so nmmario mandou fuzilar a maior parte e internar o proprio Art igas, que morreu na maior penuria (2). Apezar dos protestos da Republica Argentina, o go.erno portuguez reuniu a Banda Oriental a sua colonia do Brazil e lhe deu o nome de Ci s p1ati na (3). Desde então estabeleceram- se ainda em maior numero fazendeiros brazileiros no (l l Em 20 de J aneiro de 1817 occupou o general Lecór a praça de Montevidéo á frente d• um exercito de 4,55'} portugnezes e 921 bras leiros . O gro so das forç'\s hrasileiras (-t,!)(10 homPns ás ordens do genernl CL1ndo, e 6Lt0 ás o tlens do general Cnag,~) defendiam as fronteiras de :ifissões e do Quarallim. A i ntervenção d,-, 1816 teYe por fim occupar a B::mcla Oriental e destruir o poler ele Artig1s que se tornára um visinll0 perigoso. Todos os bannitlos do Rio Grande, chs pro,·incias ar– gentinas e tio Paraguny, corriam a alistar-se sob as bandeiras desse eaudil '1 0 turbulento, cujos sold'.l.dos indiscipl taaclos penetravam em no~so tenitorio, e saq ueav,un as eshnci:J.s pro.x imas á linh'\ dh-isoria, roubando g.\ Jo, aosas , ioando os h·ll.1it rntes inermes e p·utegemlo a fu g , de escravos, d11sertores e crim i osoa.-Lecór só entrou em Mon– tev i,Jé,; uepo1s ths victorias alc,111 a las pelas iroµas brasileiras de Curado o Ch;igas s.. ntos em !-. Borj:i, Ib1raoc.1,hy , C arumbé, :\.rapehy e Cat'\lan. que fo i a h,italba m is renhi1.L1, e na qual o marquez t.le Alegrnte e Curado á f ente clcl 2,500 homens, der– rotaram 8, WO artigucnhoi clirig idus por Latorre (1 ele· J 1:we·ro de 181?). Nesses e em outros comb1.tes pelejados nas fronteir.1s do Qu ,mhim e do i\Iissões, qtte foram ata– cacl·1s p'.lr 7.000 orientaes, en tre-ri1.nos, corren linos e gu \'fl.n is, ás onleos do general J os~ Arlig1s e dos coroneis J osé .\nloo i nrrdun e Aotlré Artigts, n~ tropas bra– sileins desbarataram, desde setembro ele 1816 atf j aneiro do 1817, a flór drts lrop'ls artignonh1s, c:\us,11Llo-lhes um prejuízo de ma.s de 2,:S'Jü m,Jrtos e (H l prisioneiros (~em cintar os qu'l o g,)nenl Ch,gas fo/4 na<; Missões ,lti alem UruguayJ, tomando– lhes 1 b1.ndoira, 2 estnn, l irte,, 6 e \nhõ~s, J ,G'JO espingnr las, um nu1111, ro consicleravel de !qnças. e!lpatlJs, pislol,1.s e canllos. A penla s0!Tri l I pelos brasil -iros fu i ele 207 m 1rtos, ;1~8 f rirlo3 e 3 prisi meiros. -Ao ei.:crcito de Lecór, que fo i o que então invadiu, oppuzeu'T-SO pehs fro nleir,\s de S;int.1 Thorez,, e du :::>el'l"O L:irgo os coroneis Fruc– luoso Ri~era com 2,0JO homens, e Fernando Otorgnei com 1,5ClO. Rivera. fo i comple– trimenle elorrotndo em Intli.1 Muel°t'l (!!) de novembro do 18l6J e Olorgltcz nem siquer ousou fizer frente á columon (]Ue in vad iu por Serro Largo. Até sua entrada em .Monte,·idéo (·20 de janeiro de 1'317), o e"ercito de L ecór c·mson a esses dous chefes o preju ízo rlo :JGO TT'Ortos e H'l pris oneiros, 1 canhã e muito armamento, lendo nós 1111s 2i'l homens fón do combale. Em l\Iuute\"iclto, evacuada pel 1s tropas do gol'ernador Barreiro, ennntrinios 202 crmhões e grande copiJ do munições.- A guerra prolon – g.1n-s3 até 1. 2J, por,1ue Arligas cont i,,uava a dom inar a campan ha e recebia pelo t rnguri.y re m·s0s que lho eram enviarlos por esp'lcul1rlares ingle1.es e uorto-americauos. Em H:ll8 as f.Jr~as em opcr.,ções fxam augmenti1•l 1s : Cur , 1.do pene t ou pelo Qltarahim ató Pays·\n•lú com ~.o 10 hr1.sile1ros, ,'eb,s•itio Pin10 com l,flO J e tantos pP. la fronleir., rle J aguarão, e novos comb 1tes se travaram nesse anuo, e no de 1819, l.anlo na Banda Ol'ient , ! c mo em Entre-Rios, Corrientes e Rio 6rn.nrle d•1 "nl. Aftn1.l em 2"2 de j aneiro de 18l,1 f.Ji Arli!{aS cu upletam utc d rrota<lo na ha1alha de Taquarembó pelas tropas brnsileir.i..'I dirigidas pelos gAneraes contlll d I Figueira, J osé ele Abreu e Corrfa da üannr,1, sendo lançado em Entre-Rios. A Ila11da Oriental ficou comple– tamente p1cifkida. Em Entra-Rios o general R 1mirez, ereatura de Artigas, revoltou-se contra. ello e, depois de lres mczes de luta, derrotou-o em TLrnas, a 18 leg1u\s ele i\fandisovi, obrignnclo-o a refttgiar-se no f'arag u,y, ..onde fo i proso pelo dict1.dor Francia e, passados muitos ann JS, morreu. (2) O genonl José Arlig1s f1llece11 em .\ s,mrnpç;t,i em 2:3 ele setembro de 1~30. N,scera em 17.:i'3 na citl'l,le ,le ;'.1-lonlevitlco. E' preci3 nã , confnnrlil-o com o c ronel Auclrés Arliaas, que em lillG silio ll S. Borj \, o foi tl<:irrot\do pelo goner 11 Josó de Abrell, di 1nte desin villa, c:.ibinclo 11fli11l prisiouciro ,leste, 0111 1 W, np >Z o combllo de rt tcombi. m outro coro nel Arlig.ts (:\I\llool Fnncisco;, irmão do genenl, foi h 1li•to e tipriHi•Jn \'lo om li.111el,inos polo g~n•nl l\farq11cs elo 1-;ouzri cm l~l~. - O Sr. Poreit\\ d\ 8ilrn eng.ina-so 11·1 sun. Ilisto,·ia da Pundarão do I,np 1 1,·io t1uando diz que Anrll"é Arlig 1s r r.1 p·trente do general desse nome. (3) Em 1G ele julho do 182l renoi11-se em l\.luntevi<léo llm e rngresso ,\e de 1 ,ular\os q11e •lepois •lo discutir n convcaiench ele un·rcm-se os ol'ient 1es a nm c ~t.a lo po lC' t'oso, on i;e C<>DRfit1Lire111 imlepornl ~ntes, delil>ennm, em ;JJ rlo mc,m11 me~, f11.er parlo tlu 1wrnnrd1i11 po1fogtiern, encoriiorando-i;e a,1 H•3ino Unido de Portugal, B nuil e Algaves rlebai".o da denominação de Estado Cisplati>\O. ,
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