A Guerra da triplice alliança

3 Aires, governava Artiga s em Montevideo (1) por nomea(;ão elo governo hespanhol, o qual procurava anniquilar o crescente contrabando do lado do Brazil, contrabando que engrandecia Montevideo e causam grave detri- - mento a Buenos-Aires . Artigas declarou-se logo pela independencia e bateu as tropas realistas mandadas para debellar a reyolução emancipadora, mas tambem não se esqueceu ele declarar do!:>ligado o novo estado do goYerno revolucionario de Buenos-Aires . Foi este um acontecimento tão inesperado para os que então dominavam em Buenos-Aires, como a declaração identica feita pelo Paraguay . Por mais que tenham variado as circumstancia , a Republica Argentina, nem mesmo hoj e, desistiu de suas preten ·ões sobre o Estado Oriental, embora nunca pudesse apoiar taes pretenções com a ne– cessa ria força (2). O governo colonial portuguez, que então cfüigia o Brazil, aproYeitou-se cl'e sas cli sensões intestinas para intervir (3) . (1) O autor equirnca-se. Governava Montevideo o gener,11 hospanhol Elio em lnb com a juuta governativa de Bueuos-Aires, creada pela revolução ae l/5 de maio. Os orientaes, e com elles J osé Gen·.1sio Adig<1s, reconheciam ainda a anLorilbdo do governador hespanhol. ArLlgas era n'esse Lempo capitão ao sel'l'ií'.0 da Hespanha. Des– aveio-se I om o chefe de seu corpo e fugio para Buenos-Aires, onde os revoluciono.rios prepar.1ram um1. ex pedição contr,, os hospanhoes da Banda Oriental, o outr., contra o Paraguay, que não adherira á revolução de maio. Em sua ausoncia o coronel P edi-o Vieirn, b1"c1sil ciro os~ boleci lo nn. Banda Orien tal, apoderou-se de Mercedes, reco11ho– cendo, assim como o commandanie Benevides, a autoritlade do gornrno de Bucnos– Aires. Deste moLlo começou a revolução dos orieutaes conira a metropole. Arlig.1s obteve auxílios em Buenos-Aires, foi elen,do a coronal, e- 1.omou a tlirocçrn elas forç'.1.S revo– lucionarias. Depois, o ge ner,tl Rondeau, á frente das trop1.s arg,rntin:is, nniLt-se ao caudilho oriental e sitiou em 1811 os hespanhoes cm Monte\'idéo. Elio peüiu socc!ltTos ao governo elo Rio de J aneiro, e D. J oão VI, então príncipe reg•rnie, receiando quo a in,urreição dos dominios hespanhoes se esleneltsse á fron teira do Brasil, e infüüdo por s1v1 mulher, a pri nceza hespanhola, d 0 pois o inhn,, D. C,1rlob, orJenou ao goYer– nador e capit ão-general elo hio-Gr,rncle, D. Dio 9 o de Souz~, que i nrntlisse a l!au li Oriental. Este general fe l-o em JLllho !e 1811 e, deixa11Llo em l:llissões o curone l Chag, s antos, no Quar,ülim e em S. Diogo os coronois Thomflz eh Costa e J\J cn i Darreto, penetrou na Danda Oriental á frente de 3,0~0 brasileiros (form:.wam "duas ,li– visões ás ordens dos generaes Marques do Souza e Curado) ; apodero u-so tle S:inb Thereza o, ao chegar a i'lialtlonaclo, soube que E lio co ncluir.1 um armis1.icio com os i ndependentes. As tropas argen Llnas retiraram-se para Buenos-Aires, e Artig,1s á fron1.o dos orient es collocou-so do outro lado dõ Uruguay. Este caudilho, porem, sem res– peitar o armísticio, rompeu as hosiilid:Jcles, e D. Di0go do So uza 111:1rehou contm ello, atravessando a camp:inha a.1.é Paysflnrlú. l'or toda par1.o for"1m ,ictoriosas as noss,1s trop-is, cm Pays1.ndú, J\Ianclisovi, Curusu Cuatiá, Capilln, Nue,•a (i\IercAdes), Arroio ele la China, Arn– pehy, Daimfln, T::ipebi, Passo cl'Alcorta, Yapejú, Galera de Vellez, Aver,as, (nas visinhanças elo Serro Largo', S. Thomé e L'llu·elos. Em meio destes trinmphos foi D. Diogo de Souzn. sorprend ido pelo armisliçio celebrado 1:111 nuio de 18l2 pnlo ell\iaclo &tdem,1kor O governo inglez conseguiu modificar a politic·i de intervenção do . go\'erno d Rio ele J aneiro. Rclir,ni.m-so as nossn.s tropas par,1. a fronleir,1: os iudependente5 tornnum a p:u;sar o rugun.y, siiiar.\m d~ novo l\Iontencléo e cm 18 l3 rwouerarnm-sc dn. praç1 por meio do uma capitnhção que o gener,ü Alve1.r, commandante lo exercito sili:ldor, YioloLt. Fo i durante esle silio que Arligr1s rompeu deftnili vn.n1e11lo com o go1·er no ele Bnonos-Airos e, depois do um1. g11err.1 eucarniçtvfa, ex.pulsou ct,1 B,rnth Orient:.l a;; furp argenlin<1s , fi cando senhor absoluto ele s:i prodnch o chs ele Entro Ri se Corriente~, o ostcmlenclo l!ua influencia alé me mo além do Par.1ná, sobre ~anta Fé e Cordova. 12) E' certo. As irop1s ele Buenos-Aires fOt\tm constantemente clerrohchs por ArLlgas desde 1113 aié 1 l \ a mesmo depois. O governo argouLino tentou por vezes cl1 eg·w a nccordo com o cflu lilho orieul>1l, Bl'l.S este romi:,eu sempre as negociações. No Paragu,1y não forJm rnals felizes os argentinos. A expr lií'.ãO confL1dn. 11, 130l$rnno foi, como se sabe , derroh<ln, ele sorce qtle, Jogo upoz a 1utlependenci::i, o ,ice-nnnado do Rio da Pnt!l. ficou cl i\'idido. O Par.1gu,1y sepwou•S<', i'n 1 an'.io-so cumplolamenle dos povos vis•nhos sob a dici'1du1·a do Dr . G1sp'lr l< ran::m. G a lhncl1. Onenhl, Entro Rios o Cot•rieules, fo rmúram uma confellera~,'io irulepen iente, dirigida pel genero.l José Arlig1s, que adoptou o CLll'ioao titul de ,1 Clu'fe llos I O,·ie,ttetes e P,·oteoloi· elos Povos L iv,·cs. 1, 13) 1< Governo colonial porlngLtez no Brasil. » - A (!:<pressão não ó propriri. A côrte porlugueza acha,·,\-S0 no Rio ele J aneir 1.1n1nJo so deu a i11 le1·,·eu~ão ar– mR.rl, ele l ·lü. O governo colon ial cessou ,no n,asil em l 08 c1m A. chcgarh da familia rPal. O princip:id do Drasil fúi elevado (1 e ühcg,iria do R eino, por Crt.1·t,i de Lei do 1G de dezembro de 1815. t-)mi.ndo n mo1nrchi t por ngnez!l o titulo de Reino Unido de Po1·tugal, B,·az il e A lgal' ves.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0