A Guerra da triplice alliança

, , tle guet-ra e de muitos tran. portes (1), de modo que de uma vez podiam passai· 15.000 horneu Resoh eu- se, porém, que primeiro tle embarcassem · 10. 000 homen~ n oe~te el e Ttapirú e iniciassem ::i pa agem por 11111 ataqu e de flanco. O terreno na foz do Paraguay eea completamente desconhecido: apenas se sabia que constava de « carrizales ». O general Horn os que fizera um reconhecunent o l)Or esse lado, tinha em todos os logares encon– trado grupos de arvores , e concluio- s · que; indicando is o a existencia de « Jornadas», devia haver caminho para as posirões principaes do inimigo (2). Em consequencia d'isto o general Oz o ri o foi encarregado de subir pelo rio Paraguay e desembarcar em paragem conveniente , o que elle fez, pas ando pela ilha Oarayá (3) , com 7. COO Brazileiros ( 4) (l) Sito por111 e11ores tomados de T!tumpson, que diz :- ,, Os Alliados haviam termi– nado seus preparativos parn atraYessar o rio. Tinham 150 canõas, 30 jangad·1s. além de 8() transpnrtes a vapor, ~ podiam de um só go lpe desembarcar 15.000 homens.. . . . . . Os Alliados tinham então (18 de Abril ) em ltapirú 6 b vaporas ma iores e 11 pequenos, e ,1'l navios de vela. Nunca se vio, nem tiio cedo se tornará a Yer, no P araná uma frota semelhante. » (2) Não precisamos repetir que o general argentino Homos nenhuma exploração f,,z nn. embocadura do ri c Paraguay. Segni o com o chefe Alvim, commanda11te el e uma divisão da esquadra brazileira. pelo Paraná acima além de Itati (5 Abri l), isto é em direcção oppost.a á indicada pelo Autor. O almirante Tamanclaré h avia obtido de desertores inimigos que, escapando -se pela margem esquerda do Para gnay, nas vi-inhanças dns Tre~ Bocas, f,,ram parará ilha do Ct>r rito, in formacões que combinavam com as gne o g-neral Mitre possuía, mini stradas por olgnns praLicos do Jogar. Não se pôde, pois, dizer como assevera o autor, que os Alliadc•s não con heciam o terreno que se estende da confluenoia_ do P1<raguuy a ltapirú. O que o almirante e os generaes flzeram fo i nao proceder a explorações no r io Paragua?, porque as margens ~mm co nhecidas, e não convinha chamar parn esse lado a attenção ct,, ini11,igo. A uccupação da ilhn de Itapirú na noite de 5 de Ab ril. e as posições e movimentos da esqullàra desde 17 de Março tiveram por fim concen trar toda a vigilancia de Lopez nas proximidades elo forte ele ltapirú, e facilitar o desembarque em a lgum ponto da conflu– encia dos dous rios, ou nas visinhRnças de ltati. Na co nferencia de 9 de Abril , diz um correspondente do J ornal do Com,,M;•cio, o ge– nera l Mitre lombron parn desembarque o passo de Uarucati (?), no rio Paragusy, uma legua abaixo de Ifomaitn, e mais de tres acima do ponto em que se e!Tectou 110 dia 16 . « O brilhante resultado do combate da ilha parecia ter fixacto na c.,n ferencia do dia 10 ns idóas de tod,,s os generaes no se ntido de que a passagem fosse no mesmo Passo da P atria, e foi só em consequencia de uma ligeira exploroção feita pelo tenente -coronel Carv,llho no rio Paraguay, a bordo de uma das nossas crrn!loueirns, qu e de novo se resol ve1t dar prefe rencia áquµ lle r io.., » A· direita das J,msic:ões inimign s, entre ltapirú e a con llu– encia do P aruguay, hav ia dous pontos accessive1s a um desembarque: um ficava debaixo dn 1iro de metralha cio forte, e ou tro um tanto fóra cio alcnnce de seus canhões, ma~ eram dominados por bosques espessos, dentro dos quaes estavam bat.alhões ini,ni gos, que podiam ser reforçados promptamente. Preferio- se, pois, fazer o desembarque acima da foz do Paraouay, simulando-se pretender fazei-o junto a Itapirú. A passagem do. Paraná, rio que no Passo da Patria tem tres kilomet~os de largura, realisada pelos exercitos all iad_os deante das tropas numerosas_ que Lopez ah1 concent~ara. é uma das operações que mms h11nra fazem aos generaes n.lliados e sobretudo á marinha imperial, sem cnjo concnrso o desembarque teria sido impraticaval. (~, Só poderia ter passado pelo ilhote Carajá (que fica a leste de Jtapirú, e dn. ilha de Sant"Anna, e não no togar indicado na planta do Sr. :Schneider) se tivesse sitbido o Pai·aná; mas Ozono clescei, o Paraná até a fo:; do Pardguay, e depois subia po1· esle i,ltimo do meia lagua. (4) Com 10.000 Brazileiros (l" e 3a. divLões dos generaes Argollo e Sampaio) e 8 bocas de fogo. O general Ozorio antes da passagem do Paraná dirigio ao lo corpo de exercito, que commanclava, a segu in te proclamação : « Quartel general no Passo da Patria , 15 de 11.b,·U de 1866. « Soldados do exercito imperial ! - A margem do rio que tendes á vista é o termo das nnsdas fadigas e dos sacrifi<;ios da nação brazileira. Ollegou a hora da exp,aciio para esse inimigo cruel. que de~ast?u nossos campos indefesos e commetteu tJmtos actos de fero• cidade contra populaçocs rnermes. « O ingrato a quem o Brazil encheu de beneficios verá agora que nfü1 nos impunha pela importnncia dos seus recursos: já, e muito tar Je vai con hecer qne a pnlitien l,(enerosa do governo imperial cm rela~no ao Parnguay era inspirada pela magnanimidade dos sen!i principios e pela nobreza. do caracter braz1leiro.

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