A Guerra da triplice alliança
2 o- com tanto tino que o.:; Brazileiros ,ó deram pela presença dos Paraguayos, quando ouviram uma de:carga dada ao acaso, mas ainda tiveram tempo de saltar as banquetas das trincheiras. A completa escuridão no prin– cipio do combate foi de fa,;-oravel para ambos os combatentes. Com terrível fnria arremessaram- e os Paraguayos contra os flancos das trinclleiras, mas foram repellido . Ao romper do dia uma de carga de metralha causou horrível desbarato entre os Paraguayos, o que comtudo não os 11111.ediu de avançarem de noYo contra o. enil'incheiramentos e de ~e apoderarem por momento. de alguma. peças (1), que logo tiveram de abandonar . Quando de bordo da esquadra se ouviu a fuzilaria e em se;;ruida descal'gas de a rtilharia, achegaram-se da ilha 3 encouraçados e G canho– neira.<:;, que, collocando- se elo lado de leste e de oeste, varreram o c1nal entre a ilha e a margem paragnaya, por onrle eram mandados cons- 1antes r eforços ao assaltantes (2). Tambem ela margem correntina cl! ega ram reforço<:; ('.i). de man eira que í-e travou na ilha nm s::m- (1) I nexact.o. (2) Os navios que se metleram entre n ilha e a pon ta de Hapil'ú, cortando a retirada no inimigo e mettendo a pique muitas cnnõns, foram as cnnl1oneiras Henrique, Martfos (commandante Jcronymo Gcnçalrns;, G1·eenhalg (commanda11te l\Inrques (;uimar:ies) e Chuy 1co111mandante Corter.). Vej'I no Appendice o officio de 13 de Abril de 18GG do nlmirante Tamijndnré a,, ministro da marin hri.-No dia 11 j:i estnvam repar!ldas todas as arnrins da II enrique 1,,J m·tins. (3\ Da descripção rl o cnmlmte publicada pelo general Pi nheiro Guimarães nos Quadm Ilistoricos do Pa,·aguay extrnh imos os s~guintes linh as: rc .... . •. . Algumns vedetas são morl!ls, nntes talvez de lerrrn despertado : outras lutam a ferro frio; algu mas bnscam ns 1rincheiras. O rumor; nm 1iro ri gora., outro depois, acordam a guarnição que dorme ao lado das armas ensarilhadns. Alguns dus 1.tf\ Rnltnntes já P.stão no fosso; outros j (1 g11lgam as trinchPirns, e um immonso grilo d e tr iumpho « Viv!lm os Parng1rnyos I u seguido de fe roz vozerin, ntrõa os ares. Mas, umn fila de fogo 11rlou a crista das trin cheiras : n valente guamiçiio estava a pogfos, e acolhia o inimigo com uma de,cargR cerrada . A essii dPscnrga snccedt>n um fog) por fi! flR, a,ln1irnvclmcn1e s ustentado : n:lo se diria qu~ por detrús d::v1uelles parapeitos estavam recrutas, qne pelR primeira vez entravam em com ba te e qne haviam clesµertado quasi sentindo o ferro do inimigo. Tanta segurança, serenid ade e precisão r~vel aYa aqnelle fogo que parecia execu– tado em parada por tropas veteranas o adef!Lradas. " Felizme11te foi sobre a trincheira dn direita, pela frente della, qne con,erpiram os esforços dos P~mgu 1yos; quer porque a macega não lhes ti vesse deixado ve r quanto era fac il penetrar pelo ce ntro, pe!R extrema direita e sobretudo pela extrema es<Juercln, conior– nando a fortif\cnção; quer oor ,ne nilo se pndessem guiar bem na oscurioiiio da noite. C:ompr hendendo os lndns fracos de sua po~ição, Ca\Jritn, sem pre sereno, apenas foi sen– iiJo o inimigo, mandou o va lente capitão T1bnrcio de ~0111.ii defender o espnço aherto dR Pl!trema esqucrdn, confiou o centro no intrepidll lP nent e Eud oro de Carvalho e dirig ·o-se para n clirc1ta, onde se batiam encarniçadamen te o í• de volnntari os e o l l 0 de i11fa11t·1ria, oirigidos por seus dist i nctos chefes. . « Repellidos das trincheiras os aniazes Pareguayos, qne n'l primeiro impr.to n mm galgando, de\Jalde in si-tem os outros, pretendendo romper por aqnell a ch uva ele ba la s <Jll e os dizima. 11 Foi reíurr;ada a primeira com a segunda cnl nmnn inimiga: sob ra-lhes va lor e disciplina; mas os grupos qne formam caml,nlcam sob a fuzilaria e nlguns tiros de metrnlllll, que sobre elles fez dispnrnr o bravo capitão Moura. N:io tnrclnm a rarea r-se: cahrm os homens eomo espigas ce ií,úlns pur drstrns luvradorts. Porém rd'io foKe tll, os bravos; deitam-se n>t maceg\ e mesmo deitndos fazem f/\go sobre as trinch eiras: não mais espPrn ndo tomai-as, querem ao mPnos vender raro as vidas. " Aos primeiros t iros disparados na ilha acordaram os exFlrc itos al liados A feroz cu<Juiada pqrn~uny11 ecboon dolorosamedte_aos ouYidos dos officiaes e soldados: eruf!l gritos de sin\strn !JlPgrru, cnmo deYem solt11r canmbrtes prPSlPR a dovnror em horrido fest11n RS carnes a111 rlu qnrmtes do inimigo vencido. Os batnlhões f-irmaram-se immedhltamentf-l, sem snberem no p1im1•iro momento on:le era o cor11batc; mas u d i, ecção <te onde vm ham ·os tiros e a Y07erin. dernonstro11 logo que a lu ta se tra• àrn na ilha. (< Pouco a pouco a 11,argr•m esquerJa cio rio ficou cobert.. de especta,lores. O mesmo certn– mente acllnlPceu na direitR; e a~sim qu,,tro exercitos, debruçados gobre o Jorgo Parnnn, ns~istinm, te,-temunlrns oJTognntes, n esse lni;rente due llo, que tinha por t hentro 11111 banco d-, nrl-a, erguido nlg1111s palmos sobrtl o nível das a~a'!. Solemne psr idn, joga-lu de nm lado pelfl chili~n,:fio o n. liberdade, srrvirias pela dedicação; do outro pt!la tyrnnnia e a ignorancía, apoiadas na mais completa obediencia de que o mundo tem memoria 1
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