A Guerra da triplice alliança

2í2 Cinco dia: depois, em 27 de Março, fizeram os i ·araguayo a mesma tentativa e no mesmo logar. Trouxeram de detraz da ilha Caray_á _(l) a segunda chata, mas d'esta yez sem paiol a bordo; as mumcoes, ficaram em terra e eram levadas por bons nadc>.Jores (2). Ainda uma vez mostrou-se ext remamente efficaz a péça de 68 d'esta machina fluc- • t uante. e se não t ive . e de empreg·ar seu fogo contra encouraçados, teria produzido grandes prej uizos á e quadra : mas as balas iam despedaçar-se de encontro às couraças, sem o.ffenderem o casco . Só um tiro, por acaso,_ causou g-rande dest roço na guarnição do Tamanclaré - ou do B1yi,;il, segundo dizem documentos inglezes do theatro da guerra. -(3) . A (l) L r. ia-se-ilha de Sant'Anna. (2) A chata ficou encoberta pelo recife da ponta de Itnp irú, e as ~uniçõ~s eram facilmente levadas a bordo, sem que os soldados empregados n'esse serviço precisassem nadar. (3) O desasLre deu -se a bordo do Tamandaré e não do Bi-azil. Como vimos na nota a pas_ina anterior, no dia 20 foi destruída a primeira cltat0, salvando o inimigo apenas o canhao. A segundf1 cha ta entrou activamente em combate nos dias 27 e /lS, ficando inut1lisada n'r ste ultimo Jia. - . No dia 23 de Marco o exercito brazileiro, qne eslava em Tala-Corá desde 11 .ele Feve– reiro, começou a mover-se para o Passo da P,ítria. N'esse dia ahi ncamparam a margem do _rio a_s divisões de infantaria dos generaes Argollo e Sampaio (10.000 home ns) e alguma art1 lhana. Na manhã de 27 o gene1·al F lores subia o rio para reconhecer o paso de Itali, pre– ferindo os vapores argenlinos Chacabµco e Buenos-Aires ~elo se1.1 pequeno calado e boa marcha. A canhoneira HenriqH~ Martins, a ped ido de Flores, uco in panhou esses va_pores para proteizel-os em caso de necessid<1de. Voltaram no mesmo dia, sem ter soffndo a menor hostilidade Pouco depois do meio dia, começou contra os navios bril.zileirós o fogo Ja segunda chata paraguaya. D'esta vez ella não -allio fóra da enseada de Itapirú ; ficou _da parte de dentro, encoberta por uma ponta de pedra, de modo qne apenas se rlesco~na a boca à.o canhão . Uma bala de ü'3 acertou no navio almirnnte. Adiantou-se entn() o chefe Alvim CJm os encouraçados Bahia (commandante Rodri~ues da. Costa) e Tama_1iclaré (com– mandante l\fariz e Barros). n fogo da chat~ era dirigido pelo sargento Morinigo, nm _d~s primeiros artillleíros do regimentn do coronel 13ruguez. Este chefe seguio para Itapll'U, por ordem Je Lopez, e tlirigio em pessoa contra os dous encnuraçados o fogo do forte. Vendo que era difficil attingir o canhão da chata, po l'que o cRsco ficava occulto, o chefe Alvim preforio bombardear o fort'l . Até ás 4 da tarJe continuou o combate, causando os nossos tiros gmndes destroços em Itapirú. A essa hora os dous enco ura çados come– çaram a andar para traz, por não poderem dar volta no canal em que se achavam . Até então qpenas tinham sido feridos levemente a bordo d, Bm::il. por um esti lhaço de bala da chata, o c!1efe Alvim, e a bordo do Tamandaré 1 marinheiro. QL1ando, poróm , esLe ullimo encouraçado recuava, duas balas do forte Il.apirú penetraram com pequeno inter – vallo na casamata, matando ou ferindo todos os officiRes e mui las praças. O co rrespo ndente do Scmana i'io no Passo da Patria decl:lrou que as duas pontllrins foram fcitns pelo p~oprio general Bruguez, entãu coronel. Ficaram mortos o immed iato , 1° tenen te ~ass1mon, o comm ss.:.rio Ac~ioli de Vasconcellos, o escrivão Alpoim, e mais 7 praças; fe1:1dos gra– vemenLo o commandante l\Jaríz-e-Barros, filho do almirante visconde de Inl1~uma, que devia ser tambe111, 1J1aia tarde, uma das \'ictimas d'esta guerm, o 1° tenen_te Ignacio da Silveira, os 2°• tenentes Victor Delamare e Man hães Barreto, o guarda marmha Pa11;lo Mascarenhas, o o.lferos do 430 cto voluntarios ToLUinho P into, 1 mestre e 17 pmças mais. Ao todo 10 mortos e 23 feridos. Dos ultimos mo1·rei·am 9 pouco depois, entre os qunes o intropidu l\Inriz-e-Barros o o 10 ten,rnte Silveira, ds, sorte quo o triste acaso da entrada d'essaa bala s na cas amata deu em resultado a morte de 6 offlciaes e l l pr11ças e o feri– mento de 4 officia.es e 10 praças ou 38 homens íóra de combate. O Tamandar é ti vera antes l praça fclrida . Assim, no bombardeamento de 27 de 'll~arço o nosso prejuizo foi de 19 mortos o lG feridos no T cmumdaré \3 l homens), e no Hah1a 1 ferido levemente (o chefe Alvim). , O joven ~º tencnto Manhães Barreto era dos offlciaes feridos no Tamandarc o unico que so podi,\ ter tle pé, e foi quem assumio o commando, cunduzindo o navio alô o a ncoradouro da esquadra . ~ Um corresponclent e do J o;•nai do Commei·cin descreveu assim este desastre, qu~ tao lamon lado fo i no I111pcrio e particularmente no Rio de .Taneiro, cidade natnl do Mai:1z-e– Barros e Vassimo n, e onde ora con hecida toda a brilhante ofll cialidade do T c11nandllre: n Entretant o o 1'a ,,iandaré e o B ahia fo ram enviados contra o forte e a cll ala, e ató a.s 1 da tarde ouvio-se pausado, mas n11nca interrrompido, o fogo do canhão, de uma e ontra. pllrte. « Na posição em que estava a chata, era. ella. pouco vulneravel ; em compensação o !

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0