A Guerra da triplice alliança

Paragua yos têm o co t ume de r em::i.r senta.dos bem a prumo, parece incriv.el que â vista de uma extensa linha de postos avancados na margem cor rentina, conseguissem ·atravessa r o ri o, ma. i to nos é confirmado pelas partes officiae . Semelhantes factos to rnam- se iucompt'ehensivei quando consideramos a lar gura do rio, a possibqidade de reforço.- quando qualquer canoa largasse a mar gem paraguaya e a f'acilida<l e de l evan– tar baterias nos pontos mai~ arriscados Não é meno. inex. plicavel a inac~ão dos navios brazileiros ancorados em Co rrientes , que tão facil– mente teriam podido obstar à passagem dos bot es parao·uayos. Sem maior conhecimen to do terreno e <las localidades, é t alvez dascabida a nossa crit ica, ma se a justificaçrro não se basêa em motivos topographicos, a censura deve ser bem rigoro.. a (1). Os aunot.adores nrgenlinos da obra de Thompson d izem fl este respPilo o segu inte: « As expedições parnguayas só uma vez cllegaram n costa do arroyo San J uan, a uma milha do Paraná (31 de J aneiro) ; geralmente não p11Fsnvam du P ehu ajó, a fJOO va ras do ri o, e seus combates s9 reduziam a sustentar guerrilhas com as nossas guard as de cavallaria, mantendo-se sempre emboscados nas mattas da costa Csmo se vê, estes factos não tinham a importancia que lhes attribue o autor. » Pallejn, em seu Dia1·io, mencion '\ vn.rifls escaramuças no decurso de Jf\ nPiro. « P essoas chegadas de S. Cosme, ,, diz elle, « asseguram que os Parn,guayos estão co nstantemente no Passo da Pfltria. A cnvrrllaria correntina contenta-se em sustentar algu1n fogo com elles, mas fica de peior p'lrtido nessas escaramuças, porque o inimigo comhrüe occulto no bosque, atr>tz elas arvores, ao passo que os atiradores respondem do campo tL fnzih ria inimiga. Não se mandou nindn rnfantn.ria argentina para n margem elo rio. Vc-se cla– ramente que não se quer hostilisar o inimigo. » O mesmo Diario diz que no clh 16 foram feridos 2 011 3 correntinôs ; no dia 17 foram mortos 8, entre os quaes J tenente, e no cl i'l 29 til-ernm os cortentin0s 1 morto e 4 feridos. (1) Barroso tiuha ordens do almirante Tamandaré pa ra n:1o moYer-se a ntes de reunida em Corrier1tes toda a esquadra im peria l. Nno ha duvida que os navios fund eados nesse ponto poderiam, ava nçando, cobrir o acampame nto dos Alliados e tornar impossível a passagem de canoas , porém não é menos certo que para repellir botes tinh.i o exercito espingardas e canhões, e para aniquil ar as pequenas partidas paraguayas qne se arro– javam a pôr pé em territorio argen tin o, bastava que houvesse vigila ncia nos postos avançados da margem e uma conveniente di stribuição de forças. Os acampamentos alliados estavam a algumas leguas do rio, o argentino em S. 9osme e ~ brazileiro mais distante , na Laguna Brava. Na vaugm,rda acl 1ava-se a cavallana correntrna, tendo a lguns piquetes na margem. Só depois da acção de 31 ele J aneiro, em Corrales, o general Mitrn tomou as medidas ncces arias para que fossem repellidos novos a taques, e desde então, vend o a costa meridi?nal conve nientemente guarnecida, não se atreveram os Paraguayos a transpor o rio. Censurou-se muito a esquadra por não se ter .ili a empregado em impedir a pAS· sagem das canoas durante o mez de J aneiro. Cumpre, porém, notar qm, a. unic;i ex pedição de mais importfmcia enviada por Lope z fo i a que desembarcou em 30 de Janeiro, e que não va lia a pena arruinar os nossos na vios de madeir,1 (pois só tinhamas então em Corrientes um encouraçado, ch egado ahi no dia 1l de Dezembro), ex pondo-os quotiditrna– mente às balas inimigas poÍ- causa de algumas ca noas, qu ndo desses navios precisariam em breve os exercitos alliados para effectua r a in vasão do ParagLtay. O pensamento de Lopez, enviando essas expedições a margem correntina , não era somente adestrar os seus so ldados e acostumat_-os ao fogo . mas pnncipalme nte chamar os nossos navios de madeira para a frente do Passo da Patria, antes da chegada dos encouraçados, quando estavam muito baix 1s as aguas do rio, cujo curso não hav ia sido ainda explorado. De de que Barroso, violando as instrucções q o q tinha , so fosse coll ocar em frente a Itapirú, seriam os seus nav ios, sem vantagem algu ma para t\ A!liança – ful m nados rtia e noite pe la artilha ria inimiga, e deixariam de apparecer as canoas para , gLiayas, isto é, perderia o exercito alliado, que então d ispu nha de mais de ,tQ.OOIJ homens, a opportunidade de esmagar em seu territorio 4 ou 5.00U Paraguayos e alé mais que Lopez qu izesse enviar com a mesma imprudencia com q~e env iara dura nte algumns sema 11as partidas de ltJ0 ou 200 homens. St depois das primeiras escaramuças o general em chefe houvesse feito occupar seriamente a margem do rio, poucos dos Paraguayos que se bate– ram em Corrales no dia 31 de J aneiro teriam escapado. Infelizmente nen1rnma precaução se tomou antes desse combate, entende ndo -se que aos navios brazileiros competia destl'Uir os p0ucos inimigos que affronlavam impun emen te todo o exercito, ou qu e á %quadra cumpria collocar-se em posição de prestar a Lopez o gra,nde serviço de impedir que elle continuasse a expôr os s~us soldados a u_ma perda que seria infallivel sem o descuid o, a imprevidencia e a relaxa~a o dos chefes alhados da vanguarda.

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