A Guerra da triplice alliança
253 do encouraçamento dos navios de guerra, sem o que não era possível effectuar a difficil passagem de Humaità, r eputada inexequível por offi– ciaes lngleze -, Francezes e Nor te-Americanos. Ta111be111 applicou sua atten- ão i,ara a expedii,;ão •que. partindo de S. Paulo, devia libertar Mato Grosso e invadir o Pal'aguay pelo norte, activou o recl'utamento e promoveu a admissão de libertos no exercito, lisongeando com conde– corações e títulos a vaidade dos possuidores de escravos. Emquanto o presidente Mitre estabe ecia seu quartel-general em Corrientes, e ahí mandava acampai· o grosso do exercito alliado até passar a força do verão, adoecia o general F 1 ores (1 ), que primeiro encon– t ramos na Tranquera de Loreto e ao depois no Paso de la Patria; ficou, porém, completamente restabelecido em Janeiro de 1.- 6ô. A guarda nacional correntina foi então incorpornda ao exercito, e Mitre, por uma ordem elo dia e pecial, destacou-a. para a Tanguarda . Sua correspondencia com Lopez não era certamente id<mea para presagiar urna paz proxima, mas o facto della tornar-se conhecida consequente– mente á partida Jo Imperador D. P e dro II, despertou em Buenos-Aires e em Montevidéo esperanças de paz. A' vic:;ta da inacção da Republica Oriental quanto a coopera: rto militar, era isto completamente indifferente para essa republica; mas para Buenos-Aires não deixava de ser, questão g :·ave. A op o iç;:;o argumentava que tendo sido Lop ez obrigado a r etirar suas tropas de Corrientes, cessava para a Republica Argentina qu'1,lquer motivo de proseguir na guerra: quan::.o muito deviam ser aux iliados os movi– mentos dos Brazileiros . protegendo-lhes os flanc •s e a ba-e de operações, para que o Imperio vinga ·e por si sua honra offendida, como já o fizera a Republica Argentina (2). Para grande numero de fami lias, que tinham de mandar par a a campanha país, irmãos ou fi hos, era e to um argumento muito agradavel e o vice-presidente Marcos Paz teve difficuldades em arredar os ,novos tropeços, po1·que, sendo secreto o tratado da 'l'ri plice Allian··a, o publir·o ignorava ate que ponto o goYerno e achava com– promettido. Se em Benos-Aires Já se tornavam salientes esta espe– ranças de paz, nas provi 1: cias do oeste. pouco inclinadas a sacrificios, , tomavam o caracter de verdaneiras exigencias, e, causando serias inquie– ta ões aos estadü,ta:s, aitrahiam 'a attenc;, o dos agente di ·lomaticos das Republicas do Chile, Perú, Bolivb, do. Estados-Unidos e da potencias europeas . Os symptoma.s de tendencias pacificas eram cmdado. amente obsel'– va<los e ialve: acariciados, não se querendo perder o ensejo de uma ' intervenç:ão em favor do Paraguay ou pelo menos e11 provP-ito do prompto rec:;tabelecimento da paz, que nesta orcac;ião n ·o deixada de ser prema– tura, sub--istindo Hnil 1aitá e outras fortificações J ara tolherem a livre n:1Vegação do Paranã e habilitarem Lopez a novos commettimentos apoz brPve repouso . Certamente se ganhava longa tranquillidadc para os paizes do Prati:l, mas i~so nãn compensava nem justificava os pesados sacrificios a'é ent·o feitM. Na campanha. não correram as couc;as muito á fei ~-o do,:; Alliados, antes da I a ;sagem do Paraná .Julgando-se abrigados pelo rio contra qualquer ataque, os g-eneraes all ianos não tomaram outras medidas de segu ran '·a, e, segundo parece, não pre' taram a conveniente attenção aos postos avanrados. E se descuido lhes foi lanrado em rosto . e com raz:lo, mais de uma vez. · li) H11 Pngn11t>, Flo1'<'s 1 .. in .. 1r•o~c••11 . F'e1 r-m fins dti J aneiro um:1 vi11gcm a Duonos-Aires . e Mon te'?1cléo, e l'eg1esson em fin s ue F everiiro. 1 2\ Os que assi m pensavam tinh am em muito pc,uco ll homa. 1lt1 bandeil'il :Wf(entina
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