A Guerra da triplice alliança
236 As noticias de Mato-Gros o já não eram favoraveis como nos primeiros dias da invasão. A.- tropas ahi deixadas, e as que a ellas se incorporaram depois (1) , não conseguiam pa sar a lém de Corumbá, e os dous heroes do Alto- Paraguay, Bar ri o s e R esqui n, haYiam sido cha– mados, por s.erem seos ser\'iços mais necessarios no sul. Ao mesmo tempo os espiões Paraguayo en v-iavam notfcias inquietadoras a respeito da r eunião, nas províncias brazileiras de S. Paulo, Minas- Geraes e Goyaz, de tropas qn.e não podiam ter outr o de -t ino senão pôr termo à occu– pação ela parte meridiona l de )lato- Gro ·. o. O feito audaz ele Pau nero contra a cidade de Corrientes, e, principalmente, a derrota da dirisão de · D u arte no Yatay demons– traram a Lopez que seus advcrsari6 · tambem sabiam atacar. Suas perdas nos combates de Corrientes, Riachuelo, S . Borja, Yatay, e o recente aprisionamento de 7.000 homen. em Uruguayana, eram fundos golpes que lhe patenteavam a impossibilidade de encher os cl aros, embora pelo mais desapiedado e arbitrado recrutamento. Na província de Corrientes, o novo commandante em chefe do exer– cito do sul não era mais feliz do que seu anteces ·or R o b 1 e s. Cada dia mostravam- se os Correntinos mais ad,er ·o à pretendida annexação, · não exercendo os poucos inimigos de 111 i t r e influencia alguma sobre a massa ela população. Fal hara inteiramente o granc1e recurso da subleva(' ãO rl9s escravos, do qual contava o dictador sac;ar r e. ultaclo decisivo, ao mandar a expedição de E s ti garri b ia contra uma elas mais importantes pro - vincias do Brazil. Em parte nenhuma cio lmperio, não obstante a ausencia das; tropas regulares, ·e deu agitação que denotasse perigo ela parte do elemento servil. Tudo quanto parecêra a principio ou. ada e bem calcnlacla combi– nação, falhou. U r q ui z a achava se tolhido pela immecliata proximidade rlo grande acampamento alliado ela Concordia; o partido blanco no E ·taclo Oriental, disper ·o e abatido, implorasa auxílios e não os podia prestar; mallogrou-se a tentativà elos agente de L opez pa ra con- 1 rahir na praça ele Londres um emprest imo, e desvaneceu-se t a.mbem a csperanr a de obter peças raiadas do Rei Guilherme da Pru::: ia. O encarregado de negocio do Paraguay e.n Bedim, coronel D u G r a t y, autor ele um importante trabalho sobre o Parnguay, offereceu ao Rei Gui lh erme uma consicleraYel por~ão de mate para 0 . hospitaes miliLare.·. O tenente P.enitez l evou a Berlim e·sa hen-a, mas quando ·olliciiou a cessão ele algumas peças recebeu resposta negn.tiva. Desamparado de todos os lados, viu- se Lopez reduzido a seus pro– prios recursos e não tardou em convencer-se do que tinha ele abandonar a offen iva. Foi consequencia neces a.ria cl'osta convicção o facto de mandar passar o Para.na a todas a,: suas tropas que ainda estavam cm 0orrirntes e de limitar-se cl'ahi ppr diante à defen.siva. ão l he convinha sobret udo arriscar uma granrle batalha, intento que aliás não tinham os Alliados, pois, se para ella se preparavam, não queriam, entretanto, acceleral-a. O que de ·ejavam era conseguir antes superioridade numerica e tropa dignas ele confiança. Vejamos agora ·qual o estado das cousas, nos paize · e exerciLos dos Alliados. Na Republica Oriental não se percebia o menot' enLhn ia~mo p la guerra . o~ delegados do governador pt'Ovisorio, Flores, não lhe (1) Lopez nüo augmentou ns tropas qLtc occuparam os distríclos de CoruinlJá o Mltnntl •1, em Mato Grosso ; pelo contrario, reduzio o seu exercito do norle vara. aug1nentar o do sul.
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