A Guerra da triplice alliança
226 rnldados inimigos . Estes continuaram impassiveis. Ao -rerem as tropas este rlesprezo da vida, quando a cada momento podia principiar o fogo das trincheiras inimiga~, proromperam em acclamaçõcs, suppondo estar imminente o signal do ataque. Wúando estava a expirar o prazo con– cedido, veio a r eposta de E s ti ga rribia, annuindo a que as praças, desde sargentos até soldados, de puze.-sem as armas e ficassem pri 'io– neiras de guerra, com a condição de sahirem lirremente com as suas espadas e bagagens, podendo até, se quizessem, rnltar ao Paraguay os officiaes e t odas as pe soas que tives ·em as me~rnas honras. 'Jambem ped ia que fi cassem prisioneiro de· guerra do Brazil todos os Orientaes, que se achavam entre os raraguayos (1). E' tsta sem duvida a melhor refu tação da calumnia de terem o, Brazileiros, quando t omaram Pay– sandú, mandado fu zilar o general oriental (blanco) L ea ndr o Go me z . Ninguem conhecia melhor este- episodi o do que os prop ri os offici aes ori entaes e, formulando semelhante pedido na proposta de capi tulação, demonstra ram depositar mais confiança no modo de proceclllr cios Brazi leiros, do · qu e no de seus compatriota· colorados . A r es post a de E s ti ga rri b i a foi trazida pelo capitão paraguayo Bap t i st a l bal'íez. A cavallo mesmo deliber aram os chefes alliados e resol rnram aceita r t ud o, menos a condição de liberdade para os offi ciaes : poderiam escolher para sua residencía qual quer logar . comtanto que nfw voltassem ao Para– guay , ma de-riam sahir da praça desar mados . O mini.-t ro da guerra, F e rr a z, foi encar regado pelo Imperador ele l evar a respo, ta a E s t i ga rri b i a , que a esperan:t perto de um fos, o, porque o capitão C ru z Brilh a n t0. pa rticipàra ter notado divergencias ele opinião ent re o.- chefes paraguayos , que talvez fi zes ·em abortar as negociações el a capi tulação . E s ti g arr i b ia evidentemente propenclia para a rendição, con10 uni co meio de escapar ü pena el e morle, que o esperaria no Paraguay . Pelo contrario oca– pellão-mór D u a r t e e os officiaes orientaes não queriam ouYir fallar em r endh"io o insi. tiam na resi.-tencia até a ult ima ext remidade. O mini -t ro brazileiro approximou-se das t rincheira e ahi encontrou E s– t i g arr i b i a e os Sa l va fia c h (2). Esta-ram muito abatidos, mas exi– giram que, antes de se ent regarem, lhes fossem apresentadas as condições por escripto e fiz eram t razer uma pequena mesa, sobre a qual F o rr a z r edigiu a ordem imperial. Com esse papel dirigiram-se os dous para (1) E is a resposta de Estigarribia : « O commandanto em chefe da divisão paraguaya offerece render a guarnição da praça de Urnguavnna soh as sPguintes condições: « ] .'"- O commondante da fo rça paraçuaya entregará a divisõo do seu commando, desd e sargento, inclusive, guardando os exerc1tos a lli ados para com elles todas as regalias que as leis do. gnerra prescrevem para com os prisioneiros. " 2.• Os chefes, officiaes e empregados de distin cçiio sabirão da praça com suas arma s e liagagens. podend o escolher o ponto onde queira m di rigir-se; .devendo o exercito nlliado mnntel-os e vestil-os emquanto durar a presente guerrn, se escolherem al gum lognr que não sej fl o Pnrnguay. e devendo ser por sua conta se preferirem o mesmo Jogar. 11 '.3. 11 Os chefes e officiaes orientaes que estão nesta guarnição ao servi ço do Parai::,rny, flcariio prisioneiros de guerra do Impe rio, guardando-se-lhes todas as condições a que tenham dire itn. ,, Feito cm Uruguayana em 18 <.l e Setembro de 1805.-Antonio Estigarri/Jia. -A S. Ex. p 8r. te nente general barão de P orto Alegre. » (2) O mi nistro d'\ guerra penetrou 11n vil ln. ncompnnltado pelo chefe de estado m'lior do exercito, general Caldwell, e por 2 ofliches. E is o resposta dos allindos: « Os gcneraes allindos concedem e admittem a primeira e terceir,1 conrlições sem restri c:– çiin alguma. Quanto ó. segunda admittem -n'a com as seguintes restricções: Os offi oiaes de q1111 l(Juer cathegoria se renderão, não podend() sahir da prnça com armas, sendo-lhes livre llS•:olher para sun residcncia qua lqu er log 1r que não pertença ao ten it1Jrio do Paraguay.- 1:Truguayan a, 18 de Setembro de Ul65, ds :& 1 / • horns ria tnrde.-Pelos chefes alliadcJs o minis• tro da guerra do I mperio do Brazil , Angelo .Moniz da ,Silva Fe,·,·az. » '
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