A Guerra da triplice alliança

suas tropa em Corriente, , que o seu al vo ~ra a provincia brazileira do Rio Grande do Sul (l). Quando romperam as hostilidades manifestár,a o Imperador D. P e– d ro II o desejo de compartir com seu exercito os perigos e as fa– digas da campanha. Suppunha- se então que a verdadeira guerra só começaria no proprio Paraguay, e, não permittindo a constituição po– lítica do Brazil que o chefe do e tado saia d'.l Imperio sem o consen– timento das camaras, teve elle de renunciar ao seo projccto, porque difficilmente obteria do corpo l egislativo a permissão de expôr seus dias no campos de batalha. As circumstancias mudaram quando chegou ao Rio de Janeiro a noticia da attitude ameaçadora de E s ti garri b i a contra ::t provincia do Rio Grande do Sul. Immeàiatamante declarou o Imperador a intenção de dirigir- se para a província ameaçada e esta resolu~ão suscitou na capital tão intenso enthusia:mo, que quasi duplicou- se o numero dos que voluntariamente se offereciam para a guerra ( ). O Imperador levou em sua companhia seus dous genl'os, o marec4a1 de exercito Gastou d'Orléans, conde d'Eu, e o almirante duque Augusto de Saxe, o ministro da guerra Ferraz e o marechal de exercito marquez (hoje duque) de Caxias, os generaes Cabral, ele Bea urepaire - Rohan, de Lamare e outros, e, até o momento da partida, desvelou-se em pa sar revista ás tropas recentemente formadas, em despertar a actividade geral e em desenvolver os grandes prepa– rativos que se tornavam necessarios, pois cada yez ficava mais patente que se t inha de combater contra um inimigo sem escrupulos na es– colha dos meios, e disposto a triumphar elo Brazil com uma somma de recursos verdadeiramente assombrosa nas condições geraes dos estados sul- americanos. A veneração geralmente tributada ao Imperador D. Pecl ro II ma– nifestou-se no dia ele sua partida elo Rio de Janeiro na allocução que em nome do corpo con ular estrangeiro lhe dirigio o consul belga P e c h e r, que principalmente accentuou ser o Brazil n'esta guerra ·o representante dos princípios da liberdade de commercio, do progresso e da civilisação. A bordo do vapor Santa 11 aria, e escoltaao de muitos navios do guerra, fez S. M. a viagem do Rio de Janeiro ao Rio µação da v11la, no recebimento e distribui rão do material tomado, e em todos os actos qne se seguiram á r endição, cuja ini ciati,·a coube ~empre ao general brazileiro. Disse-se ::u1ui que ó almirante Tamandaré fóra buscar o gene'ral Mitre µara dar-lhe o commando. O visconde ele Tarna11<lHré foi ao acampamento do general Ozor io buscar força de i11fan– tari11 (ass im me asseverou alie em uma cart!I) e por essn occnsifto conv idou o general Milr,;. sabendo qne Sua Magrstade se achava p~rlo de AlegrclP, para que viesse ter a entrevista que o JUesmo general l\Jilre tinha sol icitado an terio1 mente. O general Mitr,1 portou-se sempre de maneira que captou a amisade de todo~ : logo que as forças dfJ exP,rcito alliado que elle commandava, pertencentes ao Hrnzil, cbegaram ao porto, manclfJu entregal-us no nosso general. e ellas fizeram pa~te da nossa fo rça combatente, com excepção unicamente da brig,ida Kelly, que tinha peleJado no Yatay, e que pertencia ó divisi'lo do ge 11c1·ü Flõrns. » "Kão foi só no dia 18 de Setembro que o Imperador se collocou ao alcanre de tiro de fusil d11s P ,ll'aguayos, sem que, com isso violasse preceito algum constitucional, comú 8uppõem ,,s annntado1es argentinns. "o dia 12 proced ...u ::; , M. a um reconhecimento pela pai te do rio, a bort!o do vapor 'l'aquwry, conservando-se no passadiço d'esse vapor, a tiro d o 1iistola dri villR , occupada pelos Paragua yos . Soure e$la questão du cornrnandfJ cm chefe e11i U rnguayar,a veja-se uma actu que fni as,;irrnatla entre Ferraz, Mltre e Flores. Não a encontrámos no Archivo da Secretaria da Gue~ra, mas provavelmente estará no da :Secretnria dos Negocios Estrangeiros. / (1 ) Quando o Imperadnr resolveu partir para o Ilio Grande do Sul já se tinha noticia "º Rio de Janeiro da invasão daquella província. ('2) C'onsta qno ás objecções apreser1tadas pelo conselbo de estado S. M. o Imperador respo11dt111 : ":-e me podem impedir que siga como In1pera,:tor, não me impediriio que andique, e siga como voluntario da pritna. »

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