A Guerra da triplice alliança

• 199 balJes e até bacio:s. . . . Em um tacho ou em qualquer outra vasilha de3pejaYam certa porção do Yinho que eng t·o avam com assucar e al– gumas vezes c ' lll um pouc 1 de polvilho, que batiam com o dedos, fazendo um angu, que depois comiam. Aconteceu alguma Yezes que tomando por pohilho o rnercurio, o arsenic~ e out ª . ~ substancias medicinaes ele côr branca, misturaYa111-nas a seu angú, o que mandou b lil numero destes brntos para a sepultura . . . . Em uma só occasião um angú que os sol dados paraguayos fizeram em S Thomé com uma porção de mer– cnrio que tomaram por polvilho, matou 50 homens . . . . » A descrip':ão do conego Gay ,menciona fac;tos revoltantes (1 ). Tudo quanto poderia t er a1gum val or foi tomado; toclo O' objecLO!-i , p,n· mai inuteis que fossem, pa sa ram para o acampamento paraguyao. A igrej;t matriz foi arrombada e e ibulhada ele toda as suas riq.ueza ·, não deixando por i so os soldados, conforme as prescripções do padre Duarte, de ajoelhar-se e persignar- e diante elas imagens üos santos. As sc;enas de devastação que e pas, aram nes-e templ o foram taes, que o proprio Duarte julgou conveniente coliones tal-as, attribuinclo- as aos habitante que se haviam retirado e tlizendo que este assiin tinham procedido para fazer recahir somelllanle.~ sac;rilegios sobre os J'araguayoc:, cujo r espeito a r eligião era conhecido. « E para se purificar destes sacrilegio3, » di,. Gay, « da9 atrocidade. , dos roubos, das viol encia · e elas Ct'llelclacles que o e ..~ercit.o paraguayo commelteu nesta infeliz villa durante o saque que principiou no clia 12 de Junho e que continou até o üia 18 a tarde, e aincla desde o dia 2 1 até 22, t omou o pad re· Duart e o expediente de 111andar lavrar uma acta declaratoria, de que o ex.er~ ito -paraguayo entrou em :--: . Borja como inimigo gen orosu ; que os sol d ados parag-uayos em , ez de saquear a igreja mat riz a r espe·taram muito e que ella foi profanada e saqueada pel os inimigos d~ devoto.3 paraguayos ; que o exercito paraguayo res– peiiou muito a todo. os moradorns que encont rou em S. Borja; que os não violentou, nii.o saqueou a villa, nem fez mal a uinguem. Concluída es ta acta, e de cujo theor complet J não posso dar relação porque nenhum dos cidadãos 1ue a a signaram a leu, nem ouvio ler por inteiro, o co– ronel Estigarribia mandou chamar para casa do Sr. Cay lar todos o·· moradores que no dia 15 de Junho se achavam na villa, e ahi, e:;– tando a ca a cercada por um e ,quaclrão de cavallaria armado até os dentes, o padre Duarte, em pre ·ença de E s ti garri b ia e elo sscre – tario Z i pi t ri a, dirigia em voz firme e pau ada uma allocução ao · moradores de S . Dorja, dizendo-lhe- em sub:;tancia: que o Brazil decla– r itn1. inju tamente a guerra ao Pamguay ; q•; e apezar ele seu amor da }Jaz vio- ·e o supremo governo elo Paraguay na nece ·idade de aceitar e!-it:.l. guerra, que não podia recuar ·e,11 projuiso de . ua honra; qu e a Republica do Paraguay fazia uma g uerra de extermínio e de morte ao Brazil ; que os cidadãos que tinham abanJonado ou que abandonas. em · . uas cas as á apro ximação do exercito paraguayo eram por isto consi~ derados e tratarl.os como inimigos ela Republica do Paraguay ; que Lo p e z queria fa z er todo o damno po. : ivcl ao 13rnzil cuj o mal organisado governo (1) E :;tig.1r1 iuiLI com1nu1 .icvu esl;;s faelos ao prt-siJe11le Luµ ez nos seguinte s termos : « .. . . Depnis de ter dadn a onvnação ao li vro sRque dos solclndos em horas marcadas pa ra c ,da corpo, d., confo,·midad• com, as i11Sttucções de V E x . . .. " E m outro officio dizia o me~mo cilefr: « .. .. L eyo igua lmente ao conhecimeuLo do V. E x uma exposição que fi z nss1gnar a todos os e, tra ng.ii ros l'l!Sideutes na vitla dd S, Borja, manife,tnn do q ne não receberam prfjuizoalgunt t,int oel!P.s como a igreja . . .. »- Vrj. esses officios no JJiario da dii:isão Paragua ya de E stigar,·ibia , q ue CO IJlPÇou a ser publicado no Rio de Jnneiro em 28 de Nove111bro de 1865, nns columnas do Dial'io Of!icial (Os originaes no Ar– ch il•o d:i Secretaril da Guerra)•

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0