A Guerra da triplice alliança
• 195 major R o dr i g u e s Ra mo s, commanàante da infan taria da guarda nacional estacionada no P asso de S. Borj a, avistaram na manhã do dia 10 de Junho uma fileira de tropas paraguayas e de carroças, de mais de uma legua de ext ensão, que ele cia.-m de S . Thomé. A' vista do crescido numero de botes que appareciam, era evident e que preten– diam t ranspor o Uruguay. O maj or R a mo s deu aviso ao tenente coro– nel Ferreir a Guim a r ães, e est e enviou logo expressos ao tenente coronel Tri stão ela obr ega, que se achava a llegua com ocorpo n. 22 de cavallaria da guarda nacional, ao cor onel J oã o lVI ano e 1 lVI e n n a Ba rr e to, que com o l º batalhão ele voluntarios (da cidade elo Rio de Janeiro) es tava acampado a 2 leguas, e ao coronel F e rn a nd es, que com o r sto da sua brigada estava no Passo das Pedras . Este não podia acudir a t empo. Os botes paraguayos, toscament e construidos, fo ram rapidamente l ançados n'agua e tripolaclos, at raves ando o Uruguay em demanda de um pon to ao nor te ela villa . Tres t iros de peça ser– viram de signal para est a operação: ao primeiro todos os botes cahi am n'agua; ao segundo fo ram tripolaclos; ao terceiro começaram os r emos a t rabalhar . C'om sua infantari a correu o major R a m os na direcção que tomavam os botes o rom peu um fogo tão bem sustentado que e s pri– meiros muda ram de r nrno , e, subindo ao longo da margem oppo. ta, procuraram alcança r out ro ponto de desembarque . .1) Em quanto os guardas nacionaes ele Ramos se preci pi_tavam na nova direc•;fio, outros bote demamlavam o primeiro pon to de clesembarque, fi ngidamente aban– donado, e deste modo achava-se o rio em grande exten ão coal hado de botes que procuravam atracar onde mais fac il lhes parecia. Alguns fo ram el e novo repellidos, outros l orém con eguiram atracar na margem brazi1eir!J, , e, sendo os Paraguayos mutto superiores em numero e empregando ar Ltlharia da outra margem, o desembarque effectuou-se completamente. Desde então não podia a requena força ele R amos fazer-lhes frente com vantagem; felizmente para esse official apresentou-se ont , o o corpo ele cavallaria do tenente coronel Tr istão cL, Nob r e g a, e i. so sal vou- o; mas logo surgi u ao norte da villa outra forte divi ão para– guaya, a <]_ual , como ao depois se evidenciou, tinha pa"sado o r io na noite de 9 para 10 de Junho, mais acima de S. Thomé, con ·ervanclo . e occulta no mato até a manhã elo dia 10. Esta divis'ío ele tacou uma força qu~ amea ou a parte oriental da villa como querendo cereal-a para impedir a sahida dos habitantes O l º batalhão rle voluntarios, com cuja chegada não contavam os Paraguayo ·, fez r arar e r ecuar a força inimiga, apezar tle extenuado pela marcha accel eracla que fez O fogo r ean imou-.·e então, travan do- . e na extremidade nordeste da yil1·1, um combate que a te ria salvo, . e t.ío . uperiores em numero não fos :0 1 n <is Paraguayo. O batalhão de volnntarios, compo ·to ele solrl atlos novo~, ni"io t inha a firmeza militar neces. aria para fazer fronte ao Yig'oro. o atar1nc elo in imigo. Ao mesmo tempo avançavam outros corpo· l arn.gua.ro~ qne tinham dosembarcaclo po~t eriormPnte (2), pelo qno o coronel l\I on na (1) Nesta occa, ião só estaYam no Passo de S. Borja 100 guarrlas nacionaes rlo :; 0 bata– lhão, com o maj or Ramos, o na villa 50 da reserva com o tenente coron el Ferreira Gnin,arães. (2) Os primei ros corpos inimigos que passaram foram o batalhão n. 17, commandado pelo capitão Dingo Alvarengn, com SUO praças e 2 peças, e o regimento n. '.!,7 do caval– lnrin, ás ordens do major Lope_z, com GOO homens, o outros 2 peças. Ao lodo 1.100 homens. l\fn1s acima rio Passo de S. BnrJn., desembnrc,\ram ao mPsmo tempo o batnlbão n. si, com- 111nnilnnle o capit'io Avulos (730 homens) o o regimento n. 28, commandm,te o capitão C:ent nrion (iHO•. Durante o con1bale desembarcamm no Passo de 8. Borje. mai s l.5!10 ltomeus de infautnria ·d.,s batalhões 11 e 13, commandados pelos capitães Saturnino Mareies e
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