A Guerra da triplice alliança
r 1 192 thegoria de batalhão n. 3, sem contar um batalhão de reserva da mesma gfiarda nacional : ao todo 2, 300 homens, dos quaes nunca e t i– veram reunidos ma is de 2,000 (1), porque os commandantes, à vista de difficuldades no fornecimento de viveres, dispensavam temporariamente os guardas nac10naes para não subtrahirem às diffe rent es localidades todos os homens em estado ?e trabal har, sem o que nem gente -have l'ia para o transporte de mant imentos. Os corpos provisorios 1O, 11 , 22 e 23, formando a 1 ª brigada da divisão Ca na v a rro (2), estavam acampados no Passo das Pedras, entre São Borja e Itaqui , cerca de 12 lea-uas ao sul de •'ão Bo rja ; o corpo 28 estava 5 l eguas ao norte de São B~rj a (3) ; o b~tal hão ~e res~rva; (2. companhias) em São Borja mesmo, e a com– panlua e meia_ ~e_ mfantaria da guarda nacional no Passo de S. Borj a. O gr o so da d1v1Sao Cana varro estava acampado mais de 50 leguas ao sul de São Borj .'.1 (4). No dia 8 de Maio pcz-se E s ti g arri b ia em marcha cont ra S. Thomé. Os habitantes dessa pequena povoação fugiram, de sorte que quando elle ahi entrou na tard~ ~e 9, só achou cinco estrangeiros e algumas mu– l~eres _velhas~. ~, not1;n chegou logo a S. Borja, que fica a pequena d istancia de S. Ihome, na margem opposta do Uruguay, e no dia · 10 quas i todas as familias ibandonaram suas casas e emig raram para a cam– panha. O coronel F e r n rn d e s Li m a, commandante da brigada posti:.da no Passo das Pedras, a::ucl io a S. Borj a (5) com os 4 corpos provisorios (1) O au tor guiou-se pele interess:mie folheto publíc;ido pPl o vigario de S. Dorj ·1., conego Gay, com o ti tulo - I rwasão paragita11Ja, na f, ·onteita brazíleira do U1·uguay.- Est3 narr.1ção foi a princ\pio publi:a:ia no J ornal do Commerc io, em 1867. (2) Commnnd1.da pelo comnel Fern'.\ndes Limn., da gu1.rda nacional. Fn.lleceo este ,·alente official em Ag..isto de 1873. Nascem em 1803. Fez a camp::mlm de 1819 a l l:l20, de l d'22 a 18:2.:l, de 1 25 a 18!8, e prestou relevantes serviços á cJ u s1. d1 . leg 1lidade durante a guern civil elo Rio Grande lo Sul, de 1835 a 18 l5. F ez tambem a C' .1.mp! mh'I de 1851 a lS)t. Livre a província do Rio Gmnde :la invasão inimig.1, seguia em 18 66 p ar, o Paraguay, onde servio com distíncção até 1 68. (3) Na barranc'.1. do Urnguay, em S. Matheus. • (4) O leitor que quizer informar-se d'esses aco nterimen tos, devo ler, al em dos documentos officiaes e da discussão que houve no parlame nto e na imprensa sobro a invasão do Rio Grande, a rn inucios::i Memoria do conego Gay. Na obra do Dr. P ereira da Costa sobre a gnerra do l'araguay tambem se encontrnm informações e pormenores interessantes. Os documentos paraguayos aprehendidos em Uruguayana, e publicados pelo governo 11nperial, (os orlginnes guardam-se no archivo d1. secret-iri-i d1. guerra) , ssim como as peças do processo mandado instaurar contra o ge neral Oanavarro, perante o co nselho de guerra, derra)Jlam m lita luz sobre estes acontecimen tos. Não hn r1uem, ox.nmin1.ndo attent1.mente os documentos, e lendo os discursos proferidos no sen:ulo, <le 10 n 21 do Al.JJ il tlE- 18Gü, deixe de recon hecer que, rott lis·tth n in vasuo, o gene– rf\l Canavnrro houve-se prudenlemen lo não atacn.ndo os Paraguayos. A nosso vôr, a defezn. que fizeram d'este general os sennclo1es Theopbilo Ottoni o visconde do Rio-Branco (sessões de lü, 17 e 19 ele Abril) foi CLmpleta. Desde Fevereiro pedi-l Oanavarro algun s b,ll11lh ões <le inhnhrin e nrmn.mento parn a cavnllriria dn. g11ru d1. nricionnl, assim como 11 su– bida de tres crnhoneins. Ess·w requisições não fornm atlendid,1s, e qu'lntlo os Parngu 1yos invad iram a provincin, s~is mezes depois dq começo elas hostilidades, em ain d1. pcssimo o estado das fJrças que guarneci'ltrl a nossa extens1. li oh1. de fronleirn. Em t'les condições não quiz Cnniwarro at..<icnr o i11imigo: dirigia -se ao general Ozorio, pedindo-1-ho soccorros, o procedeo em ludo de accôrdo com este e com o s generaes alli'ldos, limitn nclo-so 11 privnr de recursos a divisão pnng11nya até n cbeg1.da d·1s tropas que lhe foram promcUitlns. A invasão ele Esligarribia realis0u-se em 1 0 de J u nho, e só em fi ns de Agosto, depois que o rio encheu tres vezes, subimm até Urugu1.ynna t res ·pequenas C'.l.n honci r.1s, qtn11do desde Março de"l'i1m estar eu\tre esse ponto e S. Borjn.. A ftl la inclesculp1Vcl do elemento maritimo e o est'ldo de gunsi completo desarmamento d11 gnnrclf\ nnc1onal tlo Hio Grnn<lo tlo 'ul focilitanm a rnvnsão. Gnças, porem, á prutlenci'\ do Cnn1.– vnrro, pudemos destruir complet·unente em 17 de Agosto e 18 de tioleml.Jro as duas divisões que comm1ndwn Estigwdl.Jía. (5) 8. Thomé fica .sobre a marge;m correntina (direita) do Uruguay, legua e meia acima de S. Borja. A villa de S. norja, situada em tt,rrilorio brazileiro, levanta-se sobre uma chapada a ums logua da margem esquerda do Uruguai, onde ficaa pe(}uena povoaçiio do Pãeio c,le S. Borja. F oi
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