A Guerra da triplice alliança

mo e se algum estancieiro ou habitante rico fugia, as mulher es eram pr ezas e l evadas para o Paraguay como r efens. Um piano novo, encon– trado na casa de um certo De lfin o, foi levado para Hurnaitá, e, iomo presente do general R esq u i n , servio para ornar o sal ão da ~masia do presidente, l\fadarne L y n c h. Avançando o general R esq ui n, o general Ca ce r e s se foi r eti– r ando por não ter bastante fo r ,;a para resist ir-lhe, mas não deixou de sustentar um vivo tiroteio e ataques de guerrilhas, que impediram os Paraguayos de pa sarem além il e Bella Vista . O terreno da província não se prestava aos movimento da clefen iva, e, esperando cada dia da Concorcl ia o grosso do exercito alliado , vio- se R es qui n r eduzido em pouco tempo a proceder como seu infeliz antecessor . O paiz achava- se in tei– ramente exhausto , e o · Pa raguayos só podiam consenar as posições j á occupadas, porque eram abastecidos de viveres po r seus propr ios navios. Se a esquadra brazileira tive. se ousado subir al ém de Goya, effectuando o bloqueio annunciado , é provavel que já. n'este t empo Re s q uin, por deficiencia de meios, se tivesse r etiracl.o para o outro lado do P ar aná, como aconteceu mais t a rde, e:n consequencia dos re,'ezes do Yatay e de Uruguayana. Por isso, de de a marcha de R e s q ui n até ú final eva– cuação da província de Corrientes, nenhum · facto importante temos de consignar, a não querermos descrever um sem numero ele actos de vio– lencia , que assumiram caract er verdadeiramente revoltante desde o mo– mento em que L o p e z teve de ordenar a r etirada. Como motivo ele não pas ar a e quadra além ele Goya, esperando ahi algum movimento decisivo das força-; de t erra , allegavam os Braú leiro ' as dol oro ·as expe– rioncias feitas em Riachuelo e Cue\' as, quando tentaram, sem nav ios encouraçados, transpor os ponto.'i mais e treito. do Pa raná (1 ). Segundo elles, n,to se podendo esperar r e ultado seguro, t endo em frent e uma a rtilharia habilmente di posta e de facil mobilidarle, era conveniente aguardar êl chegada dos nova · encouraçados. No momento em que R o b 1e s penetrava em Corrientes, reunia L opez ao sudoe te elo l 1 a raguay , em ltapua , defront e da Candela ria, um novo corpo de 12, 000 homens com 6 pe(as ele campanha, sob o commando do tenente– coronel A n t oni o el e La C ruz E s ti ga rr i hia. Seu des tino era atra– vessar o Parar: á, occupar o terri torio das Missõe (2) e invadi r a província fronteira do Rio Grande do Sul. A tropas de R o b1e:-; e de E s t igarr i b i a deviam apoiar-se r eciprocamen te, ma· quanto mais se affastavam dos ponto. om que ti nham transposto o rio, menos porliam cuidf].r de apoio r eciproco e de jnnc,·ão, por tiue todo o norte de Cort'ientes esta coberto, no centro, pela Laguna Yberá, que impo. sibilita as communicações entre os planaltos e collinas qu e bordam o Paraná e o Urugwiy (:3). No tempo (1) Em notas nnteriores já respondemos a este injusto rep'lro do 8 r. Schne!der. (2) E' preciso d istin gui r entre o terri lori o bra zileit-o d ~ Missões e o nrcronti nn qu e tem o mesmo nome. Si1o ambos fnw;ões da antiga pnwincia h espanhnla de l\fisiones. O territorio q ne formn lto,ie os 111uni cip ios de S . Horja, Jtaq ui . U ruguaya11a e Aleqret.1! , na pr_,,y in cia do R io Grande do Sul, foi conqll•~tnt:lo nn<, IJe~pRn hóP.s na guerra de Hlíl l e d Phn 1l1 vamente iucorporado ao nroz il. Siio as Jfissões d'aquriil, U,·ugucby. As l,Jissões d'al!lti~ U,•t 1 {Juay , com– p rch enrliJas entre o Mcrii1ay, a Jai,:una lberá, u P arn11á, o Jguaçú e o Uruguay, 1•e1Lonciam ml parle septentrior,al ~o Paraguay e na me1i1lio11 nl á pruvi nciu. a rge ,tina J e t:orrient es. Os J\rge11Linos ficaram senhores de torto esse terri tor io de pois J a ulllrn a gnen·o, valendo-se rio art. }(J do t ratado da Tririlice AlliR11çn, mas a inda nno celebrnrnm co111 o P n,rngun y o tratad o Jefinilivo <le paz e o de limites. E!11icprrit,ia occupo n a pri11cip10 a pa rto ele Missões do 11uo eern pm estiveram de posse os l'>.1rdguayo8, e inv,iclio depois as l\lissi'ies Co rronlrn a s e os municípios brnzileiros de S. Bo,ja. llaq,ü e U1 nguayo.no . (:J) Veja se MARTIN DE Moussv, Desc;·i21tion rle la Con(édérntion A ruentine.

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