A Guerra da triplice alliança

Aidm se passou por Cu-em<;, onde I3ruguez tomàra as mesmas disposições que ,iá vimos em Bella Vista (1), mas agora, no dia 12 de Agosto, só operou c ,m a artilharia, porque não havia mais um homem no convez, nas vergas e nos topos (2). A A ma:::onas recebeu 41 balas no casco; a Ypi?·anga mais de 3U, a Iwhy , que chegára de Buenos- Aire depois do combate de Ri achuelo, recebeu 22 e o Guw ·dia Nacional, argentino, 27. Na mesma proporção foram attin- . gidos os outros navios e bem que nenhum ficasse de todo inut ili– sado, t aes foram os estragos, que o concerto das avarias consumio muitos mezes. Durante este longo lapso de tempo nenhum navio de guerra brazileirn se mostrou no Paranà acima ele Goya. As folhas ar– gentinas encareceram especialmente o heroísmo do almirante Mura to ri, porque, a· despeito da ordem de Barros o, não mandou a gente <le seu navio para a coberta, e expôl- a toda, como os Brazileiros haviam fei to em Bella Vista (3), ao fogo dos Paraguayos. O Standard, periodico de Buenos- Aires, considerou o procedimento do almirante Muratori tanto mais louvavel quanto o seu nayio era r ealmente de pouco prest imo (4). A guarnição do Guardia Nacional \1) Em i\lercedes. Mas, como vimos, Bruguez não eslava em Mercedes quando por ahi passou a esquadra em 18 de Junho . (2) Bruouez fez jogar a sua artilbaria, e servio-se lambem dos 3,000 infantes que linha às ordens de · Aquino e Venancio Ortiz, os quaes fi zeram um vivíssimo fogo sobre » esqua– rlra. Esta achava-se no Chimboral desde o combate de MercP.des. Em fins de Julho reunio-se– lhe o transports Apa, condu zindo o 1! 0 batalhão de voluntarias (da cidade da Cachoeira, na Bahia), e dias depois chegou tambem o vapor de gue rra argAntino Guat·dia Nacional. O exe rcito paraguayo avançou, occupantlo Bella Vista, ao sul do Chimboral, mas tendo ordens positivas do almirante Tamandaré para manter- se n'essa posição, o chefe Barroso nfio quiz descer sem communicar-lhe o occorrid o. Afinal no dia 9 de Agosto recebeu ordem parn collocar-se abaixo de Cuevas, que o inimigo podia fortifica r por ser ahi estreito e tortuoso o canal, e altas as barrancas da margem. No dia 10 sabio a esquad ra do Chimboral, e no dia U , indo passar por Cuevas, verificou que as barrant:as estavam com effeito fortificadas. Bruguez tiniu, em bateria mais de 30 bocas de fogo de calibre 6, 9, 18 e 32 e raiadas de 12 e 2-l, além de 8 ou 10 estath•as de foguetes a congrêve e um crescido' numero de atiradores. Tanto os navios brazileiros .como o Guardia Nacional, r esponderam ao fogo do inimigo, descendo o rio a toda a força. •o Ypiranga. que cerrava a linha, teve pela sua pouca marcha de receber quasi • que isolado os fogos da barranca. De 2-1 a. 30 minutos foi !l tempo que cada navio esteve â ebaixo do fogo dos paraguayos, e assim mesmo a Amazonas recebeu no casco 40 e tantas balas (mais de uma bala por minuto).- Os brazlleiros tiveram 21 mortos (entre elles 1 guarrla-marinha e 1 alferes de volunlarios da Bahia) e 38 feridos \entre os feridos l official). A bordo do Guardia Nacionlll houve 4 mortos (2 guardas-marinhas1 e 5 feridos (1 official). Sobre estes acon– tecimentos veja-se, além dos docun:entos offici11es, o opuscnlo do Sr. Affonso Celso - A Es– quadra e a Ovposicâo Parlamenrai·. - Rio de Janeiro, 1866. A esquadra. fÓi fundeRr no Rincon de So.to, pouco acima de Goya.-Chama-se Rincon de Soto a Jingua de terra que fica comprehend1da entre a margem esquerda do Paraná e a margem direita do Santa Lucia, affluente daquelle. O almirante Tamandaré. communicando ao governo imperial a resolução qu e tomára de fazer descer as 2 divisões de Barroso, justificou-a por este modo em officio de 26 de Agosto de 1866 :- «.. . A descida da esquadra tornou-se necessaria para niio ficar com a retaouarda cortada por esta bateria (a de Cuevas) e assim incommunicavel, E' necessario queºell a marche sempre parallelamente aos mov imentos do exercito inimigo, emquanto este não fôr contid o pelo nosso exercito. Felizmente com o brilhante triumpho da margem direita do Urnguay » (a batalha de Yatay) « e o desenlace dos successos, que se esperam na margem esquerda>) (Uruguayana), « todn a situação vai mudar. » As ba1Tancas de Cuevas estão mal indicadas na planta n. 1 do interessante Atlas Ilisto– rico da, Gue,•,·a, do Paragv.wy do engenheiro Jourdan. Ha nessa plan ta, quanto a Cuevas, um eng1J.110 ue cerca de um grào. No ],fa11pa, do Std do Imperio do B,·a::il e Pai:res Limi– trophes organisa.<.lo em J!i65 por ordem uo ministerio da Agricultura, commercio e obras public;s pelos engenheiros ~antos Werneck e Krauss, essa posição está bem indicada. As barra'ncas de Cuevas ficam acima das de Toropy, e pou :o ao su l de Baila Vista. (3) Em Mercedes. (4) Todas as canhoneirns brazileiras eram de bordas falsas, isto é, de finas taboas que nem resguardavam as guarnições da fuz ilaria inimi&ª· Accresce ainda que os coniman– danles achavam-se sobre o passadiço, expostos inte1rameole desde os pés até a cabeç!I. Nenhuma guarnição brazileira eslava em melhores condições do que a do famoso Guardia Nacional.

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