A Guerra da triplice alliança

1 O angustias em Assumpção e Humaitá, que se achavam ligadas pelo telegrapho. Testemunhas oculares dsscrevem a volta dos ~avios paraguayos como uma scena triste e desoladora . Ao romper do dia 12 annunciaram as ro'ldas de observação que se avistavam navios subindo o rio, mas sem poderem discriminar se eram brazileiros ou paraguayos. Lop ez mandou logo occupar as baterias e esperou com febril impaciencia a chegada das noticias. Quando a luz do sol deixou pe rceber as côres e as insígnias , r econheceu-se ser um va– por paraguayo que rebocava outro navio . Este só parecia dever ser um navio brazileiro aprisionado, e por alguns instantes foi grande a alegriç1,, tanto mais quanto um correio, vindo por terra de Corrientes, mas muito retardado, annunciára a completa derrota da esquadra brazileira na tarde de 11. A manhã estava fria e nublada; toda a guarnição de Humait.á, r eunida na margem, aguardava a chegada <los navios victoriosos. Eram, porém, o Tacuary, gravemente damnificado, que r ebocava o Yberd; seguia- se o Yporci desarvorado, apresentando as bordas falsas inteiramente estragadas e o convez arrombado. O I gurey t inha r ecebido um rombo na caldeira e muitos da guarni '_- ão estavam horrorosamente escaldado . Todas a. chaminés tinham sido despedaçadas. (1) Quando foram postos em terra os morto: e feridos, a gente ahi reunida foi-se retirando em lugubre 'Silencio, porque ninguem ou ava propagar noti– cias desvantajo:-as. 1\Iais tarde foram tambem os r e ·tos do Paraguwry conduzido para Humaità. A despeito de tudo isto, mandou L opez annunciar como uma victoria o combate do Riachuelo. A madeira do Pa1·agtw1·y t inha ido queimada até o lume d'agua, mas como o casco era ele ferro , seus r e:tos foram muito proveitosos para a defe. a de Humaita, quando esse metal se fo i to rnando raro. Lo p e z ficou extraordinariamente sorpre ndido e magoado por este ines– perado revez. O apri ionamento do JJ an1.ue~ de Olinda e a tornada elo ~1 nha11ibahy o illudiram a respeito da força da e ·quadra brazileira. Agor a reconhecia ell-f) a realidade com todo o seu cortejo de perigos. Desde ess.e dia sua esquadra nunca mais ousou travar combate, e os naYios isolados sempre se sahiram mal. Devemos, pois, considerar o combate do Ri achuelo como um acontecimento deci ·ivo para as forcas navaes do Paragnay. O Yice- almirante Barroso recebeu em recompensa o titulo ele barão do Amazonas, e um navio de guerra que então se con trnio no Rio de Janei,ro foi bapt,isaclo com o nome rlo gna rda-marinha Henrique i\Iarlins (2), que succumbira a bonlv el a l'a,·11ah11l·a, defendendo a ban– deira nacional (:3). Sem rlnYida sngget·r n combale de Riachuelo mui las con::;idcra<;õc;; militares ele interes ·e . Foi o primeiro c:ombat,e que, de:de a applieação 1l0 vapor a marinha de gue rra, se dera em um rio entre navios não nncournçado ·. Apezar Jc i;er o Paraná um r io l a rgo, era o seu canal (1) O n11lor uíio rnoncionn. o Pirabeb~, que l.ainbem se sn.lvou. (·! J L,\a,se-Greenhalg. O 1° tenente Jlenri']1rn Mn.rLins foi morlo em l'aysanrlú. Um vapr,r tl e g11 crr11 construülo no n;., !llJ .Jant>iro tomou o n11rno ilesse 1,fTi1i11l. o poucu depois 11111n homba nleir.1 e 2 vnpores fornm hn.ptisarlos com os 11011,cs de Pedro Affun so, U, ·1•c,1haly e ,V a,·cilio JJias, m1Jrlos cm Riacbuclo. Um encottraçado lo1nuu o no1J1e 1lc lJrt,·,·oso. (!J) O gu,uruo imperial orueuou que a frag,ih A11U1,sonas trouxesse desde então junto n, 1•1ida cio !lJ111e ll insigni:\ ile c·w 1llciro da ordbm irnperh\l do Cruzeiro, e no masLrii da próa :i fll;.1 th 1ncsm.1 ordem.

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