A Guerra da triplice alliança
1 íl ' 175 O Salto Oí•imtal, vapor paraguayo de 4 peça , cornmandado por A1cara z, desenvolveu desde o principio do combate {::Tande activi– dade: atacou vigorosamente a Brlmonte, vapor de 8 peça · commandado por Abreu, e depois de lhe ter causado gi:ave dam no, foi tomai' parte no ataque contra a Pw·nahyba. TBndo a Ama= on.as investido contra o Pw·agua,·y (1) com tão bom effeito, dispoz se a B elmonte a imitar o exemplo (2). O Salto começou a manobrar habilmente para evitar o golpe, mas nem por isso deixou de encalhar em um váo, e tão fatal lhe foi o choque do inimigo que o co,tado partio- e e o navio principiou a afundar. Em horrorosa confusüo apinhava- se toda a tri– polação no convez, e no meio de sa multidão indeci a e perl urba.da causou a fuzilaria da Belmonte (3) extraordinaria mortanda<le. Já tinham succumbido quasi todos, quando a Bel,;i,onte (4) se dispunha a dar segunda investida, que teria de todo ann iquilado o Salto . mas o engenheiro de bordo, o inglez Gi b s o n, sobre o passad iço das rodas, (5) fez signal e gritou para que não repetissem o golpe, vi to o Saito não poder offerecer mais resistencia. A Belmonte (6) diminuio a Yelo– cidade e um de seus officiae~ ordenou ao engenheiro que ar'riasse a bandeira, porque emquanto ella fluct ua se no mastro , ·eria o navio considerado em estado de r esistir ou ao menos a isso dispo to . G i b sou desceu a bandeira e um bote da 1Jel,no11i e (7) atracou o Salt o, onde foi encontrado o commandante A1cara z mortalmente ferido e deitado sobre a mesa do camarote . Metade do convez estaYa inundada porquanto a prôa ficára debaixo d'agua e somente a pôpa, coberta de cadaveres, se achava encalhada. Os que tinham ferimentos leves foram transportado. para bordo da Belmonte (8) e os qu e e ·tavam gravemente feridos ficaram entre– gues à sua ·ort e. G i b s o n e alguns Paraguayos, e condendo- se no momento em que os Brazileiros foram a bordo, ficaram sobre os re tos (I) Contra o J ej u.y e o Mr:wq·ue;; de Olinda, e não contra o Pai·agua;-y. (2) Foi a Amazonas quem pôz a prôa sobro o S cdto, depois de ter inuUlisado os outros dous vapores. (3) O fogo da Ypiranga, e não da B elm onte. E sta ultima caobonoh·a (commandanle J. F. de Apreu) depois de ter sustentado o fogo com a bateria ele terra e os vapores e cbatas, padecendo grandes avarias, ia com a Amazonas e a Mearim em soccorro claParnahyba, quando se decla– rou foio na coberta, produzido por uma bomba ioi J:1iga que penetrou nos paioes ele lm1a, e logo depois teve o commandante par te de que urna bala havia arrombado o costado ao ume d'agua, no lugar do incendio, extinguindo o fogo, mas alagando o navio. Teve por isso a Belmonte de voltar e, augmentando a agua, e não podendo fun ccionar a ma.china, o comman– dante encn.lbou o navio pam tapar os rombos. Só no costado de K B. havh 2·? rombos, e no de E . B. 13, acima da linha de Huctmção, fóra os de baixo. A ngua chegou até 2 pós abaixo ela coberta, não obstante trabalhar-se activamente a bordo. A B elmonte, pois. eslava fór,1 de combale. Foi a Ypi,·a,nga a que, encontr,in do o Salto a trabalhar par,l safar, dirigio contra elle a sua arUlharia, arrombando-lhe as caldeirds, e seguio depois a atacar o Pa,,·aguary, que, e11calhado, ainlla fazia fogo. (4) A Parnahyba e não a Belmonte, que estava fóra de combalo. A Pamahyba, depois de libertada dos navios parnguayos, dirigio-se contrn o S alto, quo encalhára com o cho_que da Ama.zonas, e que recebêra os estragos de que faltámos, produzidos pelo fogo da l'piranga. (5) Vej a-se a nota n p 1g. 173. ump re notar, que, segundo Mastermnn, Gibson era macbi– nista do Salto, como diz o Sr. Schne1der, mcis, segunuo Thompson, esse inglez servü1 no Paragua,•y. (G) A Pamahyba e não' a Belmonte. (i) Da Pamahyba. Esses es,:nle1·es e1·,1m uirigiJos pelo 1° tenente Pestana. Vcj'\-se a nota u pag. 173. (8) Par,1 o vapor A ,;ia.zona! foram todos, e não somente os feridos levem(lnte,
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