A Guerra da triplice alliança

...... 169 denotam o receio de que Barros o, evitando o combate, i·eceb,3sse reforços de Buenos-A.ire:, o que t ornaria a luta ainda mai d ·gual. Os vapore.-, tendo de rebocar as chatas e não podendo accelerar a marcha, não pas.-aram as Tres-Bocas ao romper do dia. As sentinellas brazileiras nos mastros da gavea avi taram as columnas de fumo a 8 horas da manh;1 e o chefe Barros o fez logo o signal de correr a postos e preparar para o combate. Os 8 vapores paraguayos pas a – ram a toda a velocidade pela linha dos navios brazileiros, que já tinham suspendido ferros e estendido as redes ele abordagem nas bor– das falsas (1). A principio não podia Barro s o comprehender a mano– bra de ·eu adversario, que, tão singularmente sacrificando as vantagens da posição de jusante, perdia uma parte da for ~· a de impulso atacando pela ele montante . A rapida corrente, que neste lugar apresenta o Parana, apertado entre ilhas, dava verdadeira desvantagem para o r1ue navegas ·em ri o acima. Simultaneamente com o ap ,:arecimento dos navios paraguayos dian te de Gorrientes, observou-se elos navios brazileiros que haYia ac tivo movimento na· eminencia elo Riachuelo e do Rincon de Lagraiia. Os ' canhões do tenente-coronel B r u g u e z, até entüo mascarados, achega– ram-se ela borda do declive e romperam o fogo contra os navios urazileiros, que estavam defronte, antes que se approxima e o pri– meiro n:wio paraguayo (2) . Ao mesmo t empo tropa ele infantaria desceu até o mato das ma1·gen~, para tomar pur,lo no combate, quando os navios inimigos chegassem ao alcance dos tiros . Os navios paraguayos avan avam tão cerrados, uns apoz outros, quanto era po sivel; seis cl'elles r , bocayam cada um, uma chata . Logo que o 'l.'aauai·!J, que ia na frente, e era o na,io-chefe , chegou ao alcance das peças, rompeu o fogo, que foi sustentado emquanto desceram os navios a todo o vapor e t io perto de terra que as ballas das baterias postadas nas eminencias marginaes voavam por cüna delles. O chefe Me za sem se perturbar, executou pontualmente as ordens de Lopez, de maneira que ás 9 horas da manhã todos os navios paraguayos estavam fóra do alcance das pe~as e ao sul dos brazileiros : então voltaram, e cada vapor, l evando uma chata a reboque, navegou de novo rio acima. Ao passar diante dos navios brazileiros, recebêr a o vapor paraguayo J ej u!J um tiro na caldeira e com muita difficuld: :i.de foi postar-se inactivo atraz de uma ilha, que demora a embocadur a d o Riachuelo (3). O vice-almirante Barros o, ao ver os Paraguayos subirem de novo o rio, r econheceu os perigos ele sua po3ição, porque, t endo se desmas- 0 j (1) Os navios brazileiros estavHm de fogos abafados, portanto não houve tempo de IP.vantar vapor e susponder os ferros no curto espaço que mediou entre a appari– ção da esquadra paraguayn e su~ p,1ssa;rnm pR ra \ aixo . O que elles fizeram f,11 recebdr o inimi go bi zarramente e com fogo tão vivo e ce1,teiro que o chefe i\Ieza, quando virou aguas arribl\, em vez de subir a atacai- os, entendeu mais prudente abrigar-se sc,b a bateri 11 da barranca elo Riachu clo. As considerações do Sr. Schneider sobre as vantagens da po,içiio Je j usante, não têm cabimento algum, pois nunca o chefe Barroso st1ppoz que os !'ara(lu•yos preten– dessem atacar-nos rle prõa aguas abaixo, com o duplo impulso das macltinas e da cor– renteza Só com as próas parn cima é que poderiam -aborJar -110s. (2) A bateria de Bruguez achava-se em frente á ilha d·1 P alomen . e muito abuixo da es'quadra, tanto que a Aragua,·y, que era. a crm honeira br.:izilcim mais proxima d'ella, estava fóra do alcance. A bateria desmascarou-se quando a esqufldrn imperial desceu a bater a parnguaya a tiro de pistola. (3) O J ej v.y atracou á barranca junto á l?onh Simta Cat.ali na e d'ah i fez fogo em- • quanto pôde. u Ama..oil(l;s depois metteu-o a pique.

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