A Guerra da triplice alliança
ciam ás outras potencia pretextos para c1ue inierv ies:;em em urna luta, cuja longa duração ninguem podia prever. Entre os documentos que acompanham e te volume reproduzimo por inteiro o tratado. Aqui só o examinaremo· em alguns pontos. Antes de t udo chama nos a attenção a ordem em que são enume– rados os e.-,taclo · contratantes: em primeirv lugar o Uruguay, em segundo o Brazil_, em terceiro a Confederação Argentina. Isto, porém, se expl ica pela qualificação alphabet ica -fü.nda Oriental, Beazil , Confederação Al'gentina,-posto que o Brazil fosse o mais poderoso e o maior, e o Estado Oriental fosse o menor e militarmente o mais fraco (1). Em toda · essas questúes ele formalidades procedeu sempre o Brazil durante t oda a guerra com grande tino como se cleprehenclera de nossa narração . Para os t r es Alliados era uma necessidade declarar que haviam sido proYocados pelo gm-erno elo l'araguay, e que a guer ra não era feita ao povo paraguayo, mas sómente ao presidente 1, o p e z, estando elles r esol– viclos a não depôrem as armas, ante.- de conseguida a quétla do tyranno . Declarou- ·e positi rnmento no tratado que eria re.~peitada a soberania, a independencia e a integridade territorial ela republi..:a do P ar,,_1.g uay . Para esse fim constituio- se uma Alliança offen~iva e defensiva, em vir– tude da qual deveriam cooperar os Alliados com toda , as sua-; forças J)Or agua e por terra . E ta clausula só fo i cumprida estricfamente pelo Brnzil. A Republica Argentina, por levantamento. em suas proprias províncias, e a Republica Oriental , pelo e ·tado proYi~orio de seu go,erno e pela constante inopia de recurso ·, n ão puderam fazer outro tanto . Desde o principio ela guerra manife tou- se grande rl sprnporção nurnerica nas forças militares. O Brazil apresentou na luta 45,000 homens (2) e a (J) E' a<lm ira,ol que um uomem liio instrui<lo como o autor faça es'e reparo e dê seme – lh ante exp licação. Pdà copia do tratado fvrn ecirla HO ministro inglez pelo Sr. Carlos n astro, mitJistro das relações exteriores da Repnblica Oriental, regulon-se o Sr. l:'chn eicler, e fui por essa copia qne foz a traducção que se lé a pag. •1'1 rios Aun cxos, na edição allemi'i de sna obra . Ahi, como era natural, figura a RPpuulica Oriental em primeiro lugar, como no exemplar do tratado que se gua·rda em Buenos-Aires fi gura em primeiro logn r a Repu– blica Argentin a, e no nosso exemplar o Im perio do Brazil. Para os leitores que niio estiverem famil iarisados com os estylos diplon ,aticos, e, para rectific11r este trecho do autor, tran~creveremos apenas as seguintes lhhas dll Martens em que o facto é e:,;plicad o : - « Entre les grandes pn issances, et même entro lr.s État~ moyens, il ost d'L1snge aujounl'hui d'observer l'allernat dans les trnitês ou conventions faiLs entre eux, so iL à l'égard de l'inlrutuction, soit par rapport aux signatures ; de mnni óre que chacu ne d'entre elles occupe Ia premi cre placa daus l'exemplriire qui lui reste, et qui est exped ió dans sa chancellerie. » ('2) Ao darnm-se no Estado Oriental as C)mplíca~ões que trouxeram em . resultado a 1 missão ·araiv,, o ultimatum de 1 de agosto de 18ü-lc e o emprego das represal111s, o nosso exercito, dissen.inado por todo Imperio, compunha-se de 1111s 16,0U0 homens. A lei de fix~ ção de forças da ferra, votada pelo parlamento pnrn o anno financeiro de lH(H-- 65, mar– cavn 18 <JOO homen<J em circumstancias ord inarim1 e 2 l,000 em circumstn11cias ex traordin arias . Bem q~e insufüciente para as necessidades do serviç!" ~m _iPmpo de paz a força v.otnda, os qundros não estavam completos. Desde_ 186L a o~pos1çao l1 boral nas camsvas pedia que Sfl reduzissem as nossas pequenas forç!ls m11ttares; e n_ao faltou quem por esse tempo su~tentnsse que 11111) precisavamos nem de exercito, nem de marinha. Roml?endo a guerra, e,n 18ü1. os li be– rues ,11ae cntao gove rnavam, esqueceram as censurns que anteno1·mente faziam aos mini:;torios conserv..dfJrés, e p1 ssaram a accnsnr seus adversarios pnr não tero ,n se riamente cuid ado do ex1J rcito e da marinha. Foi, en1retanto, com a esquadra q10 as administrações conservadoras deixaram quo ganhámos a vict,,ria do Riachuelo, e, si tivesse havido a previsão necessaria, as reclamncões do conselheiro Saraiva poderiam ter sido apoiadas por uns 15,/J(JO homens de linha, afóra à guarda nacional do .Rio G,ande do Sul. Bastava para isto que o governo reunisse cm tempo na lronteira nossas tropas, recolhendo todos os drstncamentos que se achavam no interior das provinci11s. O gabin ete do marquez de .Monte-Alegro e o genernl em chefa por elle nomeadu, o duque dã Caxias, puderam em 18.j l , no curto espaço de 1 mozee, reunir na fronteira meridional do Impeno nm exercito de 20,000 homens, fJUC invatlio o Estado Oriental e cooperou para a queda de Oribe e do Rosas. O idtiniatimi Hnraiva foi apresentado em ,1 de agosto de 1004 e só em princípios do dczem])ro pudemos in– vadir o g btado Oriental, como ficou dito, com 5,711 hoinens das tres armas, além dn brigada )
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0