A Guerra da triplice alliança

129 occupada pelos P araguayos (1 ). Nós as omittimo , porqu e foram prornvd– rnente feitas ob a impressão do terror e ela magua pelas pet·da soffrid a ·. Foi - bem consideravel a pre·a de guerrn, que Barr io mandou .de Mato-Gros ·o pa ra Assumpção . Logo a primeira reme sa foi tle 67 canhõe.~ de hronze de todos os calibres at~ -3!, encontrados nos de– positos de Dourado · e Miranda (2) O: reparos perlencentes a esta· peça~ er am tão defeituo o , que Dar rios só mandou. os canhões para que em Assumpção fos em uovamente montados. Ne la cidade trabalharam 50 opera.rio. dia e noite , em interrupção para apromptarem a carretas, os armões e os carros manchegos, de modo que no decurso da guerra estas armas brazileiras foram ele grande utilidade ao:, Paragua,ro ·. Segundo uma r elação rlo Semana;-fo só em uma poYoação occ:upada pel a cavallaria do coronel R esqui n acharam 1 peça, 500 espingarda. , l :31 pistolas, 165 espadas, 1,090 lanças e nada menos do que ü '"17 Lala~ de artilhal'ia (3). E' ,·erda-de que não se menciona que ne. se lugar existia um deposito da guarda nacional de todo o município (4). As im teve o melhor exito e Le primeiro ataque dos Püragua.vos contra o Brazil. Bem que durante as negociaçõe , nos annos de 18G l e 1862, p::tra fixação de limites, houvesse receio de confüc to com o Pa– raguay, e elo Rio de J aneiro 1ial'tissem orclen (5) para Cuiabá afim de se p1·oceder a preparati,·o::; militare, comtudo 'ninguem cm Mato-Gro ·o acreditara seriamente n ' uma aggres ã0 mili tar, por parte <la republica , e muito menos por esse l acl.o. Toda a desconfiança tinha adormecido; não se tratou nunca mais de pôr as cou 'a. em pé ele guerra. Havia abundantes recurso ·, mas e. taxam esparso ; faJtaram tambem o cxerl:icio e a pratica. Completamente atordoadas pela rapidez com que o acon- (1) Esses documentos podem ser lidos entre os annexos ao Rehtorio do Ministerio dos N egocios Estrangeil'os de 1863. (2) Segund o o Semana,·io (o. de 14 de Deze nbro) os Paraguayos tomaram em l\J!lto Grosso 66 pe~as ao todo, a saber: en1 Nova Coimbra, 37; em Corumbá, 2:3; no porte de Dourados, 2 ; em :Miranda, 4. Como o A nha,nbahy, tomado pelo inimigo, monla,a 2 b ocas de fogo, a nossa perda em artilharia foi de GS peça~. - Cumpre, ~oré ,n, notar que muitas d 'ellas eram antiquissima~ e pouco serviço poderiam prestar. Em Coimbra, segundo nos informa o coronel Porto Carrero, não havia 87 peças, mas 31. D'estas apenas 11 estavam monta das em seus reparos e assestadas em bateria (-1 µe ças colu– brinas de bron ze de calib. 24, 5 dihs ele forro de calib. 30, o 2 diLas de dito ca!ib. 1~). Estavam armazenadas e encanteiradas, por nâ ) terem reparos, 8 peças colul,rinas d e bronze, calib. 32, e dadas em consumo por inservíveis, e qu11si todas sem re– paros, 12 peças ele di versos calibres, sendo todas do campanha. (3) E gtes dados são cxtrahidos de Thompson, que os tomou do S e,n~na,,•iu, eng11- nantlo-se, porém, na transcripção. E' o armamento que Resquin diz t.er achado na villa de Miranda (Se,n anario de 2d de Janeiru), onde, seg, indo esse general, enc ontraram os pa– r aguayos •1 canhões, [)02 espingaroas , Ji7 clavinas. J31 pistolas, ,lG'l espadas, l.0!J0 lanças, além d e 9.8-!7 projeclis de artilharia de d1trerenles calibres. . ( i) O armamento apprebendido em l\Iato- Grosso hwia sido quasi todo envi 1d polo 111ihis– terio tle 2 de Março de 1861, presicliu o pelo Duque de Caxias. O mesmo mi111sterio no– meou presidente dess,1. provinciti o senador Forrair.i Penn'\, ln bilissimo administrador que em um extenso ollicio, lido 110 sen 1,lJ em 18üJ, clnmou u atten~iio uo g,i'. bi1aete 01inch, primeiro dl situ.'1.ção liberal, par::i os armamentos do Paragu.1y e lembro 1 a atlopçi'io de mu itas providencia s m ge ntes. O novo governo preoccupado com outras muitas questoes, nenhuma attençiio prestou a taes recommencl,ições. (5) Estas ordens foram com efte ito onviatlas pelo g bin ele Caxhs, mas cm 1 l e 1862 n ão houve negociaçã o sobre limites com•) suppõa o rrntor. Thompso u 111,•nciona aquelles officios :- << Entre os docume ntos 11chw,1m-se despl chos do governo imperial do julho e outubro de 1861 e de j .:m eiro de 1832, orJenr ndo ao governo proviuci'\l que vi aiasso a fronteira do Paraguay e e mmunic,1 se a noticia tio qu·i l1uer 1,iovimento ao tropas ». Alguns d'esses doco1mentos for~m publ1u <los no St:,na,ia,·io de 11 do Fevereiro r,lo 18Jó.

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