A Guerra da triplice alliança
.. 125 provincia correu , ás armas (1 ), e em .fins de Abril tinha o presidente no rio Aricá duas brigadas, uma da guarda nacional mobilisada, e outra de tropa regular, emquanto a guarda nacional da reserva fazia o serviço de policia nas aidades . . Quaesquer que possam ter sido as razões do proced1me_nto dos chefes paraguayos, o que é certo é que não passaram zM, ~da embocadura d o rio São Lourenço, facto tanto mais singular quanto eram nece: saríos (1) Eis a proclamação a que se refere o autor: « ],fato- Grossenses!- A iJ ,juslific,, vel 1,meaça do gr,, erno da Republica do P:iraguai feila ao lmperio em sua nota de 30 de Agosto do auno- passado está consumm_ada. Em ,.,7 Je Dezembro findo uma expedição paraguaya, composta de numerosos_ nav10s ~ v_apor e á vela com cerca de 5,00u homf' ns, acommetteo o forto de N ova Coimbra e 111t1mou ao cornmandante tenente-coronel I-:1' 1menegildo de Albuquerque Porto-Carrero , a sua entrega dentro do pra'so de uma h ora, sob pena de rom I er o rogo para conseguil-o á viva força, flcando em tal ca~o a guarnição sugeiia á s orfe das armas " Contra tão desleal aggressão JJmtes taram energicamente a guarnição do forte de Nova– Coimbra e a do vapor Anhambahy, seu auxiliar, compostas de menos de 2 1 O bravos. " Esse protesto ficmá na h istorifl, esr ripto pelas armas imperines , tintas_no sangue _de cent~nares dos aggressores que f.,ram mortos ou mu~ilactos durante dous dms de renl11do combate. " Foi um protesto solemne e glorioso 1 " Mato-Grossenses I A.'s armas I e, com ell as em punh o, rivRlisai com os valentes soldados de Nova-Coiu,bra e com ns in trepid os marinheiros do A11harnbahy I <1 Viva o Imperador 1 11 Viva a intrgridade do Imperio! <1 PalRcio do ~,,vemo da prnvincia de Mato Grosso, na cidade de Cuyabá, () de Janeiro de 1865. - O pres1rlente da provi11cia, Alexandre Jlla110el A ll,i110 de Carvalho, brigadeiro. » Os briosos ,iuardas 1,acionacs de Mato Grosso e toda a população da província ac11- diram prernurosC's ao nppdl o do presidente, ofl erece•,do seus serviços. A assembléa legislativa provincial deLxou ele funccionar porque quasi todos o; seus membros marcharam com os corpos deslocados da gunnla n Ácional. A nolicia da occnpação de Coimbra e Cornn ,bá pelos parngm,yos e ela invasão do di st1ícto mililRr de Miranda, chegou a Cuyabá na b,rdc de ti ele Janeiro o na noite de 7. O 1° batalhão da guarda 11ac10nal, pegnu logo em f1rmas; improvisou -se um corpo de 4 com– panhias com a rlen,,m i11ação de Volunt.arios Cuyabanos; depois n •unil'nm--se a estes os batalhões 2° e 3° dP. guarcln nacional, dns freguezi as pr, xim íls, e " 4°, de Diamantino e Rozario. As noticias qu~ chegavam de tod os c,s po11tos eram i - 1ro,adoras, e e,perava -se a cada momento o ataque da capita l. O p1e ~idente Albino de Carvalho tomou activas provi– dench1s pam nrmnr a gu~rda nacio11a1 e d<:fender Cuyabi, e, com o fim de cobrir esta cidar!e, mand ou orcupo.r a mais extrema da~ collinas do Meli>flÇO, 20 leguas abnixo, µri– meiro ponto sohra11cci, o à i11undação qne se encon tra, subindo o ri<', desde o porto de Doura los no rio Paraguay. Eni 20 de Janeiro teve o ;:ircsiJ• nto 1\ f,•liz inspirução de nomear commandante superior interino da guarda nacional o venerando chefe de esquadra r eformado Augusto Leverger (hoje barão de Melgaço), o qual nu mesmo diapartio para aquelle ponto e deu começo ás fo rl1 fic11ções. O µrrsti gio de seu n ome, n~o só en , l\'lato-Gn,sso como no Pnraguay, on de por Yezes , s t1w·ra, Yalcu nos um exerci to e c,,nteYe em respeito os invasores. Eis c,,mo um .est,angoiro que cn1ão residia em Cuyabá descre1·e a partida do illustre general para. o Melgaço (MouT ,N110, Nc,ti cia obre a província de Moto Gi·, sso : " ... O susto e o terror da populuçii o cn,scc1am espA11tosan,ente que se soube na noite de I!) do Janeiro. que a força que estava no !\leigaço ha,ia abandonado esse JJOllto, que a A11hambahy h av ia sido tc,mod a, e que os; vapores paraguayos c1uzavam Ln foz do Guyabà. Com as noticias chq~ndas n o <lia 7, a cidade ficá, a des rto, pois que a n1aior r a rtc dos habitantes se Lavia 1e1irado, n ccia ndo a ar,prnx imaç?io do inimigo. O desrespeito as autoridades começava a n,auifestar se, e o porn a in suLordi nnr se, quando o gaoeral Albino, conl, ece11d o c,s perigos da situ ação, <lirigio-se ao arsenal de mnrinha e mando11 chamar o ge neral L Pverger, o qu al lh e declarou esta!· p, on,pto para tomar no Melgaço o commnndo clns forças As providencias para a sua n,archa furam immed iatamente dadas. A alegria e a confia11ça se restab elece,am cJe p• mpto e11tre o 1,01'0; !IS forças r ecom-che– gadns, de(,!ara1am guo d eseJa vam volt ar rnb o c,,n ,mun do <l"c·s:;e chefe, e todos á porfia q ueri am ser dos ]Jri1:>1eiros a ac, mpanlial o, compurtilhando com elfe os perigos da gue~·1:a. O b1 avo_ c.flic.ial, 11aguella avançada h ora dn noi1 e , sem des pedir-se de sua fa m_1lrn, _s, m . cuidar _de si, seguio para o Melgaço, asseguraudu ao p ovo, quo a c_apital nuo sena l11vad1Ja sem que 110 ponto cuja defesa ia ton,ar se houvesse dado um hro i!0 menos em honra cio paiz. Este acto de al.ifüga~õ.o e corag, m anin,ou a pnµula ção de tal m odo,. que no dia scguiri te ferviam os empenhos pnra se p arlir paro. o Melgaço, que poucos dias untrs era o t~rror de todt,s, e dentro em pouco tomou-se uma foi tificAçâo respeitavel. As familias que hoviam aba11<l11nado suas casas, com a not.icia da parLida do general Leverger_ voltaram resolutamentr , e :.i cidade a 11tes deserta e abandonada, tomou ~e. n_ovo a sua vida ortlinaria, e a tranquilidada mappnreceu, porque, tolhendo o passo ao rn1m1go, velando pela segunmça de todos, lá estava em seu po~to de honra o brioso ge-
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