A Guerra da triplice alliança
12 1 munições, guardado por 30 homens sob o comrnando do tenen te Anto n io J oão Ribe ir o (1) . Emquanto era capt urado o vapor il iha;nbahy no r io S. Lourenço, 2 vapores paraguayos sahidos mais tarde de Coimbra desembarcaram 50 ) homens em Dourados, os quaes acommetleram e deban– Llaram o pe1ueno destacamen to depois de alguma resistencia . Quando o Y pc,1·â voltou, em 10 de Janeieo, encont rou os 2 mn,íos occupatlo em carregar pol rnra, madei ra, ferro e machinas , e asso_ciou- ·e i fa ina . O cleleixo da il ivolaç:-: o que l e,-aya a pohora de terr a para bordo er a i:.tl, que a iam enlornanclo por todo o caminho desde os depo itos ate ao r io. O official, qu e inspeccionaxa o transporte , chamou a attenção Lle seus superiores para a po sibilidacle de uma explosão . Não e fo1. ca o. O capit 7 o-tcnente H e rr c r o~, o aprezador do Anha;nbah!J, chegou a zon1bar do prev itlente offiuial , mandou- o para bordo e encarregou- e de vigia r o t rabal ho. Apenas , porém , ~e approximou dos depo ito , deu-se -u ma explm;ão, qne o matou juntamente com alguns outros officiaes o 23 soldados. O cada,er de H e rr e r b s fo i levado para Assumpção, onde (1) Iln eng.mo : o autor confunde_ dois lugares do mesmo nome. O tenente Antonio J oão Itibci ro não estwa no estabe lecimento de Dour,idos que fica á margem do P rirnguay, mas n'.I coloni 1 mili tar ele Dourados, situ,<h 111 fr.:>nteir.1 , a 21 lcgu'.ls SE de Nio:ic, á m"r"em do ri o elos Dour:idos, alll ue nte do Bril hante. Ti nha ape nas 1- homens , como já dissemos, o fo i at·,caLlo, seguntlo o genei"ci l Caballero, por 2-2U Paraguayos ás onlens <.lo Urbieta, que pe,t1:ncia á dh·isão de l<esr1u i11. « A peque na colonia rn ,li tar ele Dom·R<los » diz o presidente Levcrger cm seu rehlorio de l ~b5, « cahio logo cm p der dos inYasores. O seu commanelanle, o bravo tenente el e cavallaria An to1110 João Ribeiro, não obslan le a enormíssima desigualdade ele força, tento u resistir o, segundo loda n nppnrcncia, su ccumbio com a pouca gente ás s uas ordens, sem arre,far pé do log,u· que lhe fóra confütdo. ,, Segundo a parlo ofücial tio chefe pn.raguayo. publicnd t no S e,nana,··io, fo ram mortos, da nossa f orça, o tenente An tonio João Riboirn e 2 pr,1ç,1s, sendo feridos l c,1bo e 1 sol,lado . E stes e mri.is 10 puças ficar..lm prisioneiros, o que importa ·.iizer que não escapou um só dos lü hom ens d e que se compunh I o destac,me nto : 3 fornm mor t os e 12 aprisionados, en tre os qu 1es 2 fe riJos; o sol<lado que faltava h:.w ia seguido antes p.l.ra a co lon ia milit.c'l.r de 1Lrantla com officios do tenente Antonio João, e foi aprisionaclo perto d essC1 colonüt pelas fo rç'.ls de Resquin . Totlos os pr isioneiros morrer<iin no Parnguay , antes de terminada a guerra. Eis a par te ofilcial de Urbiet:1, que trauscrevemos por ser o u nico documento que ex iste sobn est.o pequeno choque em CJLtCsu~cmnbiu um dos nossos mais intrepidos offieh es, que passava nté por louco, em conse 1uenc1'l. de seu genio arrebat'ldo e das impruclenrhs que praticam por vezes, quando encarregado de diligencias contra malfeitores o í ndios bravios : « Tenho a honra de pwticip'.lr a V. E~. que hontem 20, (Dezel)lbro,) ch eguei a est.c'l. colon ia de Dom .1clos sem ser prosentiJo, e sentlo Jescoberlo a pequena distancil, ouvi um curlo toque ele chamacb , tornando as ar mas o comman<lante da colonb, que se adfantou com alguns h omens. O tenente do infanto.d <1 cidadão Manoel l\far linez, incumbido ele levar o ataqu e, 111 1i– mou-lhe que se rendesse, mas o comrn:rnd:mle b1\\Zileiro respondeu que se lhe aprese ntassemos ordem do goYerno imperi'l.l se renderia, m'ls sem ella não o far i•J. de modo algllln . C'om esta resposta, tr.:tvou-se log o comb \le, sendo mo rto:, aos primeir,is t iros o comm1.n danle de Dourados, tenente Antonio João Ribeiro e m 'l.is 2 i ndivíduos, e fugindo os restantes p.u·<, o matto do arroyo, ele o nde fo r.1m r.itiraclos 12 , in clusos l cabo e 1 sold~do feridos, escap'l.nclo os demais ela gu 'l.rn ição com o segnnJo co rnm'lnd 1nte. Da lrop'l. do meu comm~ndo só o tenente cidadão Ben igno Dias e 1 sold·,do fo ram feridos... » E sta. parte offici.11 não é cm tutlo oincl,. No clit23 Antonio João teve noticia cl 1. aproxima ção tios pJ.r,tgurtyos e orJ eno u que os p LlCOS hahit-.ntes dil CQ!onh, velhos, mulhoros e cria n ç s, a abandonassem, cleclar,muo-lhes qL1e alli ficava p'lr,, morrer em sou posto. Ao com– mandante cl'l. colonin. de Miranda e ao tonen le-coronol Dias da Sil va, aqu'.lr lel:-tdo em Nioac, enviou a noticia da in vasão dos p11-.1gu'lyos, e n. este u lti mo escreveu a hpis o seg11inte bilhete: - ,, &ei que morro, mas o meu s 1ngue e o de meus companheiros servirá. tle pro testo solcmne contra n invasão do solo da minha patria.-Antonio João Ribei,·o. »Preparo u-se para receber o inimigo. Cada um elos seus soldados tinh'.1 unn espingartl'l. e d uas clavinás carreg,1.das. O que se passou depois, no dia 29, só se s,be pela parte official ele Urbieta e pelas f1escripções elos paragnayos que ser viam ás ordens desse chefe, e que todos foram accordes em recon hecer a bravura do commandante de Doura.dos. , Um pequeno vapor porlencenle á comp'lnhh do nwegação do Alto Pt1ra!rnny, foi comprado no anno segninte velo governo provincial o recebeu o nome de A,itonio João em honr,.1 o. esse ofiicial. Moutmho, ua su 1 Noticia, sob,·e a provinoia do Mato G?"Osso, refere á pag. 191, algLrns episodios da viela de Antonio João. (Vej. tambem o Jornal do Comm11,·– cio de 27 de abril de l tl65.)
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0