A Guerra da triplice alliança

116 O A nhambahy navegou a todo o --rapor de Nova-Coimbra até Albuquerque (1 ), desembarcando ahi uma parte ela guarniçr. o, porque l eva--ra mais do que a 1otação, e continuou para Corumbá, onde estava o quartel- general do chefe militar da pro,·incia, e de onde a tenente– coronel Porto O arre r o mandou . ua participação official pEtra o Rio de Janeiro (2). A tomada de ·ova-Coimbra produziu em Albuquerque e Corumbá tal terro1· que da primeira d'e. sas po,·oarões fugiram todos os habitantes e ela segunda os mais abastados, espal hando- se em todas as direcrões . A pequena for ~a militar, que por ahi estarn, r etirou-se para Cuyabá, e tornou facil aos Paraguayos a occupa', ão d' e ses dous pontos. Albuquerque (3) é uma pequena povoação à margem direita do Pa– raguay. Foi creada n 'este seculo, formando- e de um primitivo destaca– mento militar da fronteira. Sob a protecção da guarda e. tabele– ceram-se nas Yisinhanças algumas tribus ele índios Guaycurús (4). Exacta- a guarnição no dia 28 dispór ele G.0ro e tantos carluxos, tendo sido necess'l.rio machucar com pedras e pequtnos cylindros as balas de adarme 17 para accommodal-as ás esping·u-d'ls ó. Minié. Na Rmdtugach de 28 desembarcaram de noyo os paraguayos nn. m::trgem direita, abaixo de Coimbra, e, por entre as an ores, for'lm subindo· o morro em que esli a for1 ifi cução, o est..: bol ecernm na parle superior do mesmo uma est: tiva de foguetes á congr<ho. A's 7 hor,1s e.la mrrnhã rompeu o fogo ue p'lrte á p'lrto, revelnndo-se os para gua yos, como no cih anterio r, p essimos atiradores. F oi ás 2 horas da tarde que os 7~.0 homens do C 0 bnhlf ão, dil igidos pelo mRjor, depois coronel, Luiz Gonz.,lfz, lançar,lm-se no :isssalto. Não o fizeram, porém, com o nrJor de que Darrios f;t!h em sua parle offichl, porque se nssim fosse lcrinm tomado immed ia tn– mente o forte . AYançarnm até o parnpeito, de 4 a ri p és d e rilt11n1, o fornm cruelmente dizimados pela fuzilaria tlas se1.eirns e pelns metrnlh'ls e.lo Anhamba.hy. Diante das cer– teiras b::tlas dos nossos O atiradores, tlirigidos pelo 2o Ü'n o1do OliYeira .i'\leil<i. ostncarnm os paraguayos, e começaram, em columna, a s,,mor o fogo dos seus proprios ll'Wios, que, enfurecendo-se contra os defensores do forle, não fizer:im mnis do qLie hnçnr hornbas e balas que inm cnbir sobro os ass:11t·,ntes. Em alguns pc ,111.os o pa r.,peito em til baixo, que com o rlfcli\'O eh montnn lla pouia um homem, corrend o, s~1 lhl-o fü.d lmenlo. In stigados por Gonz1.Iez o por seus offiche@, os sollhdos p1.r,1guavos procuraram g,ilgnr o pnrapeito, mas foram sempre rcpellielos á bala ou Lnyonel-1. Aponas·8 s;1ltnr::tm Llonlro cio forte, fic::tndo 1 prisioneiro e o s outro s mortos. Gonznlcz foi ferie.lo, o perdeu neste ass·1Ho , srgunclo Thompson, 2 O ltomeus ent re mortos o ferido~ . O pr oprio S c-m a.n:ir io, c0mo já \imos, confessou que fica ram fór,1 ele com– bate 207 homens. Do nosso 11.do nã houro perda nlgumn. A's 7 eh noile cessou o fo go do inimigo, o JJurlo C,H-rero foz sahirtl uas p~rti.chs ás or,\ens do cnpitão < 'onr,1do e do 2o tenente .i'\Iollo, ciue Yol hnm a1gm11 temp depois concl uzmdo 85 ospin gwcl·1s abnnuon tdas o 18 feridos, hn vendo conhdo muitos cnchYores. Soube-se então que o inimigo desembarcara novas forç,1s. o -1 peç 1s que se dirighm p •ni o cimo e.lo mC1111.e. Tendo sido emprcg1dos nesse dia uns {i.c 00 cartt1xus, só rrbt'lvam 1.0LO; as balas do au·:irme 17, que serviam pan a h'ansf,,nn11~ão ncima roferitl:1, estwam acn.- 1,utlns, e oxtenuauos <le f1dig1. todos os solchdos, Ruxilirtres e mulheres. PorL < 'n rrero rou11io em conselho os offici'les e o comm,mcl-lnto d,, A ,iha ,mba.hy, e rnsolYou:se por unanhn iuatle elo yolos a C\"tCu'lção do forte. Momentos dep ois fc1/. -Se esl-l opornçao. Ficnram no forte os 18 foritlos p'lrag1myos e o overnrio co nLractnclo de que hz men~ão a nota I n pug. 111, o qual se havi'l embnag1do, e não fo i encoutiado no momento do cm· barque. (1) A 13 leguas de Coimbra o Anhambahy enco ntrou o chefe da flotilha com os vapr,res Jaw·u e Conrn,bá., que desciam do porto de-te nome. levaudo para aquelle for1e um r~forçu do 50 artilhC> iros e2 ofüciaes. Vollarnm então os dous vapores para Corumbá , acom panba nclo o Anhamba.hy, que desembarcou em Albuquerque, como diz o Sr. !-icbueider, 1,iarle da guar– nição de Co1111 bra. (2) Parle official, escripta em 30 de dezcmlJro. (8) Tambem chamada Allmquerqve Novo. Fica 1-1 legoas ao norle de Coimbm, em uma emi11enciu, a. um(I legua elo rio. (l) As aldêas do8 illllios GU'\ycurús, Kiuikináos, e Guil,nás qne hí oxisf inm 011~1 ante– riores á creaçâo elo povoado. Foi p tra catechis.il -os que se funclou a J!fíissão da, iUise,·ico,·dta. Em 18.!7 para \ú. f<ii o quartel cio c ommando geral da fronteira. Em 18-J:í, creou-so uma freguezi!l. que comprehendia Coimbra, Allmqnerquo o Cornmb:'t. · A popu laçii(! totnl ele Alouquercjue em lSH"l avaliava-se em ,1!,0 e tontos almas, nfóra 1 0IJ0 inclios, qu ns1 tor\os de nação guaná, qne residiam em duas ulrH,as, uma junto, a ontra :3 leg11as no J\Iato <ha.nde. (.A. LL111mGER, Rotei,·o, etc.). Ia prosperauelo muito, quando foi deslruida pelos paraguayos. , li 1

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