A Guerra da triplice alliança

- - ---- ----------- - ~--,.... 98 serenata e refeição por ordem superior. Quem nüo dansou foi notado pela policia como inimigo da patria, o que significava pri ã0 Fara os homem; e banimento para as mul heres . Nem o lucto de fam il ia ob tava a e tes folguedos patrioticos. Não só em Assumptão como em todo o paiz, os habitante~ fo ram obrigadcs a assignar representarões offerecendo dinheiro e sangue a « El Supremo», e é fó ra ele duY ida que S o 1 ano Lopez não faltava a verdade, quando mais tarde allego u a geral adhes:"to do povo paragnayo à sua política . ~ob a impress10 d'estas manife tações escreveu de novo, em 3 de Setembro, o ministro Be r g·e s ao representante do Brazil , reiterando o protesto e accresce;itando que se o governo imperia l não prescind i ·se de medidas repressivas cont ra o governo oriental , só restaria ao Paraguay tomar effectivo o se u protesto. Ainda n'este escripto se revela o des– gosto elo presiclen te pela recusa da mediação . Vi a n n a d e Li ma estava por demais affeito aos paizes do P rata , l ara se deixar intimidar }JOl' notas d'estas, e recebeu além d'isso de seu governo uma appro– vação de seus actos tão completa, como podia desejar ( 1). O goyerno imperial declarava que o protesto do Paraguay era uma pretençüo que • equivalia ao desprezo da soberania e dignidade Llo Brazil , e approYava a r esposta de seu representante, prescrevendo que su -tentasse com ener– gia a posição assumida. Emquanto duravam ac:; man ifestações, as dansas, canticos e fel i– citações, emquanto se pro eguia com redupli cado zelo em exercícios militares nos acampamentos de Cerr.:> Leon , Humaitú, Encarnação, e se ateava pelo paiz o enthusiasmo g uer reiro, parecia S o 1 ano Lopez hesitar no seu modo de proceder. Isto deu-se no correr do mez de Outubro. Elle via as tropas imperiaes no E ·tado Oriental, cvitarnlo contacto com o general F 1 ores, e custava-lhe a encontrar um ponto de partida. Todas as hesitações Ce$saram no dia em que o ministrn oriental em Assumpção, lhe communico u a occupac:ão ela Vi lla de :Mello, no departamento de Cerro Largo, pelas t ropas brazileiras . Então resol veu cortar pela viole!lcia o nó cada vez mais intrincado . Em 10 àe Novembro de 1864 fundeou no porto de AssumViãO, para entreg~r a correspondencia que levava, o paquete 1 1 an1ue.z ele Olinda, pertencente a uma companhia brazile1ra de vapore~, que pelos rios Parana. e Paraguay faziam o serviço entre Montevidéo e Corumbá. A bordo estavam o novo presidente de Mato Grosso, coronel Ca T n e i r o d e Cu.mpos, alguns empregados brazileiros, despachos do governo imperial, e dinheiro. Não podendo o coronel Car n eiro de Campos ir a terra, o ministro brazileiro foi a bordo conferenciar _a respeito do e,·tado melindroso elos negocios . Tendo tomado carvão, o illwyue;;, ele Oli,ida continuou no dia 11, ás 2 horas da tarde, a navegar r io acima. O presidente S o 1 ano Lopez achava-se então no acampamento de Cerro Leon, e depois de muito vacillar resolveu dar começo à'l host ili– chules com a captura deste navio. Referindo o facto , diz T h ompson do modo bem característico: - « Lopez acreditava que só a guerra poderia tornar col).hecida no mundo a republica do Paraguay. Sua ambição pessoal impellia-o a lucta, pois conhecia que dispunha de numeroso exercito, e que o Brazil precisaria de muito tempo para r e– forçar o seu. Suppunha que os Brazileiros não estariam dispostos a suste n– tat· uma longa guerra. Estava convencido de que se e1le não rompes:ic (1) Ofücio de 2! elo Setemhl'O do 111inlst1•0 dos neg0cbs cstnngoÍl'JS lnterlno 81·. C. Carneiro de C.11npos (viscoude de C:mwcllns_,

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