A Guerra da triplice alliança
• 97 accordo para a definitiva demarcação dos limites » (1). O ministro bra– zileiro não encontrou em Assumpçrro_acolhimento correspondente a esta esperança. Antes que la chegas ·e j à o Paraguay tinha offerecido sua mediação na contenda com o governo blanco da Republica Oriental e essa mediação tinha sido repellida tanto pelo ministro Saraiva em Montevicléo, como pelo ministro Dias Vieira no Rio de Janeiro (2). Sola.no Lop ez sentiu se offendido por esta repulsa, quando era sua intenção tornar o Para– guay, o mais pequeno dos estados elo Prata, arbitro ent re os seus rnaiore3 visinhos. Vianna de Lima logo percebeu que em Assump ; ão o per– seguia a desconfiança e a má. vontade do governo paraguayo, mas ficou verdadeiramente sorprendido quando B erg e s , ministro dos negocios estrangeiros do Paraguay, lhe enviou a nota de 30 de Agosto, que coutinlrn o insustentavel principio « de que a segurança, a paz e a prosperidade do Paraguay ficariam ameaçadac, com a entrada das tropa<; brazileira-; n0 Estado Oriental. » So 1 ano Lopez chamou a esta nota « sua decla– ração official de guerra» quando o accusaram de havel,' começado as hostilidades, sem a prévia cleclar<1ção usada entre naç:;es civilisaclas. O experimentado diplomata do Brazil re ·pondeu a e ta nota de modo energico e decisivo (:3). Parecia a questão terminada, porque o procediment o do Paraguay durante meio seculo excluía o pensamento de qu,1lquer in tervenção militar nos negocios dos paizes Yi. inhos, ainda ,1ue, por effeito da nota de 30 de Agosto, se manife-ta ~e cm Assumpção grande agitação dos espíritos, promovida pelo prnprio gornmo. Uma dcpu tação de nota.veis compareceu á presen~a do presidente Solano Lopez e pedio a gue rra contra o Brazil ; tal facto jamais seria praticado no l'araguay sem ser provocado e autorisado por "El Supremo». A' deputação S o 1 a n o L opez respondeu de modo bem ignificativo : « O Paraguay ·não pódo cons Jntit· que se desdenhe de sua política ; jà é tempo que se ouça a voz de nos. a patria » (4); e realmente n'estas palavras está a explicação elo enigma . No meio de acclamações enthusiasticas dirigiu-se a,, cleputaç:-to, acompanhacla de um destacamento de soldados, à praça, onde estava o palacio do governo; - ahi foi arvorada a bandeira nacional , saudada por 21 t iros de artilharia, e á noite, como affirmam t estemunha · oculares, houve dansa, mu~ica, (l) São ostaq as palavras do relltorio do mwquez de Abrantes (18J3) :- « As nossas relações com a republic!\ do P,u·.1gn'.ly a presentl.\m um aspecto lisongeiro. e AgLnr;h o governo 'imperial uma época iaão remotn de se entenderem os dous governos sobre o fin'\l reconhecimento de sua respectiva liuh'.l divl•ori'.\. 1> ~ (2) E ssa mediação foi solicitada pelo representante do go1·erno de l\Iontevidéo cm Assuinpçi'ío. O f:lOVerno paraguayo otrareccu-a dirigindo ao guve1·no imperial a nota de 11 de Junho de 186! e ao Sr . Saraiva a de 17 do mesmo mez. O S1·. S ,raiv.1 respont1cL1 em 21 de Junho, e o ministro dos negocios estrangeiros, Dias Viei ra, em ·7 do Julh ,, conformando-se com a resposta do Sr. Saraiva. (8) Nota do l• de Setembro de 1864. (J) Taes foram as palavras de L~pez: - < •••• L~ ~ctitud que_ la Republica asume en estos momentos solemnes puede 1·ecurnr á vucstro patriotismo parao1r la voz de Ia patrin. E; tiompo ya de hacerlo. El Para::(uay no deba aceptar ya por ma~ tiempo la prescindencia que se hn hecho de su concurso, ai agitarse en los estados vecinos cuestiones internaciona lns qne han influído rn'ls ó menos directamontc cn el menoscnbo de sns tn'.ls caros cl(l\'êchos .... Vuestra unioa y patriotismo, y el virtuoso ej orc1to ele la Repul>lica, han de sos tenerme en todas las emergcncias para obrar cual correspondi! á una n'tcion cel•1sa de sus arecbos y llenn de su grandioso parvenir. En _el desempeiio ~~ mis prim~ros dcberes cs que he llar nndo l a atencion del EJ!lporador del Brasil sobre SL1 poltt.J.c~ en el Ri? de la Phü1, y toJa\'ia quie rn esperar que, apreciando Ia nueva prueba de mo lernc1on y am1stad que lo p rofeso, rn i voz no será desoid11; pero si dasi::raciadamentc no f _ue~a asi, "1 _mis esperanzns fuP.sAn follidas, apelaré á vue,tro concurso, c1erto de qae la patr1ot1ca dec1s1on de que estaes a nithados no ha de faltarme para el triunfo de la causa nacional. .. .,
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