A Guerra da triplice alliança

-----...----~--- ----------1 95 t erial de guerr a e armazenavam-se prov1soes . O presidente mandou buscar á Inglate1ra 32 operarios, que por seu excellente trabalho no a r.senal de Assumpção corre ·ponder am exactamente aos planos · do governo. Ao mesmo r eino mandou elle mancebos est udarem assumptos militar es, e para ahi Htmbem, e par a a Allemanha e França, enviou agentes de confiança para a compra de canhões, espi ngardas e armas de toda a especie. A impr ensa de Buenos- Air es foi a primeira que chamou a attenção para estes inesperados ape rcebimentos bellicos, sem razão de ser nas ci rcumstancias polí ticas de en tão, e tratou o joven e activo presidente com inj ur ioso desdem. Esta celeuma ce. ou um tanto no mornento em que o S ernancwio, jornal unico e official publicado no Paraguay, pareceu provocar a r epublica da Bolivia; resurgiu, porem, quando So l a n o L op e z, depois da inrnsão do general Fl o r e s no Estado Or iental, dirigiu uma nota ao gover no ar gen tino, queixando-se d-> aux ilio prestado de Buenos-A.ire. a este general , e pedindo explicaçoes acerca elo armamento ela ilha de Martin Garcia, que domina os l'ios Pa raná e Uruguay. O president e Mi tre não se importou com estas queixas, nem deu r e;,posta alguma . ,'o l a n o L o p e z, dez semana depois, dir igiu– l he segunda nota mais ener gica. Ao mesmo t empo communicou- se ao ministro oriental em Assurnpção que o rar aguay e taYa prompto a all iar -se com o governo de Montevidéo, não só para suffocar a rebellião de F 1 ore s, como para obstar à intervenção da Republ ica Ar gentina ou do Brazil nas ques tões da Republ ica Orient al. O offerecimento foi acceito com jub:lo e tentou-. e anga riar não só o gener al Urq ui za, gover– nador da província a rgentina de E ntre -Rio , como os inimigos do presi– dent e M i t r e em 0or r ientes. rão conhecemos documento algum que compro-re a liga de L op e z com Urq-qiza e suas r elações com o oppo ionistas correntinos, mas ha o t estemunho e a declaração de muitos . Querendo S o 1 ano L op e z uma guerra para dilatar seus domín ios, certamente esta colligação com a Republ ica Oriental , e com as provincias a rgent inas de Entre-Rios e Corrien tes, lhe proporcionava excellente base polir.ica e mil itar . Basta olhar par a o mappa, para se verificar o que dizemos. A Republica Argentina ficari a l imitaçla pel os rios Par anà, e Par aguay ; à margem esquer da d esse.~ rios ficaria o novo grupo d.e estados sob o protector ado do Par aguay, e t odos com uma '.rlacwna– lidade perfeitamente uniforme, porquanto nos quatro est;::,&os mencio– nados domina a r aça hespanhola . Até o momento em que o Brazil rej eitou a proposta de mediação do presidente So lan o L o p e z, este par ece ter sido o plano, que originou todos os preparativos bellicos, plano que fo i r epent inamente alterado sob a pr essão do despeito. O Br az il teve até então em Assump~ão , como encarregado de negocios, P a i v a L o p es Gama, que fo i retirado em Ago. to de 1864, e substit uído por um ministro -r esidente, V i a n na de Lim a, pouco ant e~ tr~nsferid? da _Suissa para Buenos-Aires . Empr egado de de 1R46 no ~erv rço d1pl omat1co, t mha este por espa' o de cinco annos representado os mteresses elo Brazil em Vienna , ,lous em Berl im, dous em Buenos- Aires, tres em Londres, seis no r eino da Sardenha e dous nas côrte da Alle– ma~h_a elo _Sul e na ,_uissa, quando foi mandado ao Paraguay , a fim da decidir amrgavelment~ a longa que tão de limites , para a qual findava n 'es e anno o ad iamento da,• anter iore e infructiforas negociações (1). (l J O prazo tlo ntlinmcnlo (ljnsl(lrlo cm 20 de M,i1·ço de 18J6 enl1·e o Sr. ü sconde elo. Rio-B:·anco o o ministro Borges terminou em 18G-2. em o governo imperial (g>1.bineto Oltutla) nçm o do _Paragn'\y tral_arnm do nomear plenipotenciarios em l 86'a o l ~lH. No nnno scgumte surgiram as compl1c'\Çõos que trouxemm a guen-.,. 1

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