A Guerra da triplice alliança

92 ser viam para o t ranspor te de passageiros e generos nos rios P arana e Paraguay até ao P rata. As t ripolaçõe'> estavam suj eitas à lei mi– litar e se.era disciplina . O fardamento para todas as a rmas consistia n'uma camisa curta de l 1, calças largas de igual fazenda, po r cima uma « camisP,ta » ou blusa de côr e-carlate com distinctin preto ou vermelho. Os obj ectos de couro eram brancos . Ao principio só o. · officiaes t inham calçado ; depois estes mesmos, até o posto de major, anelavam geralmente cle,– calços . A uuica peça ele fardamen to ver dadeiramen te militar era a bar– ret ina ele forma franceza e r ussa . A infan taria usava a principio barretina ele panno e depois de couro enve rnizado, e os officiaes as u avam com o dist inct ivo da patente conforme o modelo francez. A cavallaria. trazia capacetes altos de couro preto ornados com uma fl or de lyrio; a art ilharia, em vez elo lyrio, o emblema t ricolor nacional (vermel ho, branco e azu l). o exercito não hav ia mochilas. Todas as miudezas o soldado depositava na barretina e mais ainda no capacete: dinheiro, pente, charutos, phosphoros, agulha, linha, botões e fumo para mascar. A ratrona era uma caixa informe, que só servia para levar cartuxame. Os officrae super iores usavam de uniformes à moela franceza e mesmo em Pa riz t eriam pas. ado por officiaes d'e. sa na~ã') . Durante a campanha foram desapparecendo pouco a pouco os un iformes, e só a camiseta preta di. tinguia ainda o official . Por fim os officiaes subalternos só t inham o bonet e a e!':pada; nrni tos andavam tão nús como os proprios soldados . A disciplina conservou-se exemplar até ao .fim . As condições pa– triarchaes , que t res dictadores t inham ·abiclo manter no P a.raguay, mani– fes taram- se nas relações dos officiaes para com os sol dados. S o 1 ano L opez não admirüa es trangeiro algum no seu exel'cito; só fez u rna ex– cepção, no scrviro t echnico e admini'lt rati vo, com o engc·uhciro T h o rn p s o n. cJm o antigo official au t riaco "\Vi esne r e com um polaco . Ninguem pocJia ser official , sem t er mo ·trado a ptich'ío como soldado rase> e official subalte rno ; os filho elas mais considerada· e r icas fam ilias tinham ele fazer descalços os mai,; pesados rnrdço para poderem aspirar a uma promoção . O soldado chamava ao seu ·uperior ele pa i (taità) e este àqnelle de Jilho. O proprio S ol a no L o p e 1,, o « S u premo ,> era denominado o grande pa i (l dlf; guass1i ) ou mita 1WJ?'O ' i (filho ele um sabio) (1) ou t ambem cw·ai guassú (o grão senhor) . Cada soldado fazia diant e de se u superior uma continencia tirando a barretina, e qwrndo era cast igado , sua'> unicas palavr as eram estas : « Se meu pai não me açoutasse quem me fa ria e te favor? » O ultimo sol rlado era um superior em relação ao pai ·ano, e o mais elcvndo fun ccionario devia ser o pr ime iro a sauclar com o chapéo o ma is moderno alferes. Os cast igo em tempo ele paz eram appl icados segundo o antigo regulamen to hespanhol, tornando-se em t empo ele guerra ar bitrarios . Qual quer cabo, quo sempre anelava mun ido ele chi bata, podia a seu bello prazer applica r 3 chibat adas (t alos), um a rgen to 12, ·,1m official superior quantas quizes ·e. Negligencia no serv iço , principal 1pcn te nos postos avançarlos, coval'dia, queixa, descontentamento, elogio do inimigo, tudo ko devia l ogo se r par ticipado ao ptesidente, que j ul– gava segundo a impressão do momento. Sobre tudo o elogio do ini- (l) Segundo Thompson, r,iita moroti signilica - o menino branco.

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