A Guerra da triplice alliança

• • • 85 O presidente Lop e z mostrou- se offendido com estas explorações e classi– ficou- as de invasão por parte do Brazil. A propria declaração feita por Lopez de ficar o equilíbrio dos estados platinos trans tornado com a entrada das tropas imperiaes na Republica do Uruguay , p&ue er considerada como pretexto e não como causa desta t r emenda lucta. ' a guerra contra o tyranno Ro sas, de Buenos A.ires, tinha o Paraguay feito o mesmo, que agora exprobrava ao Brazil, invadindo te rritorio argentino; e com quan to se ab tivesse até então de qualquer inger encia nas questões dos estados vi -inhos, t inha desenvolvido suas forças •militares, que por uma singularidade notavel não eram apreciadas das nações vi inlias na propor ção em que logo depois se patentearam. As antigas pretenções do Pn.raguay á completa heran~a das Missões dos j esuíta , que comprehendiam todo o nordeste da província de Cor– rientes, seriam mot iYo mais plausível de gue rra com a Republica Argent ina . Por espaço de 50 annos manifesto u- se g rande rivalidade e ant ipa thia ent r e o Pa raguay e a Republica Argentina, ao passo que as r elaçõe com o Brazil sempre foram cordiaes e benevo– las , ou ao menos não e1w ol viam gerrnens de sérios confliçtos . E' a tendencia natural de qualque r naç10 o de qualquer estado, possuir as embocadura · marítimas de seus pr incipaes rios, e se o· dous primeiros presiden tes do P ar aguay julgaram assegurar a prosper idade de seu paiz por um compl eto isobmento, Fr a n c i ·co S ol a n o L o p ez, pa rece, recebêr a em sua Yiagem ú E uropa impr es õe. diversa . A simple. inspec~ão do mappa geogr aphico m, st ra que se o pr e iLlente almej aya al g· um engr andecimen to ter r ito rial , e:ste só pode ria r eal isar- se facil e cabal– mente pelo.· lados do Rio <la Prata. O mesmo motim que impedia ao Imperado r D. P e dr o II de imitar o exemplo de seu 1 1 ai e do cuidar na annexação da B:rnda Oriental ao Braz il ( serem , de ra '·a lte ·p·:mhola os habitantes da Republica Oriental do Uruguay ) er a favoravel à formação de um grupo de estados, como o Par aguay , o E taclo Oriental e a duas pro,·incias argent inas de Corrientes e Entl'e– Rios. Desligando- se esta duas pr oY incin.s da Confede1·ação Ar gent ina, fi cani. quasi só Buenos .:-\.ire , que, privada de recursos mihtar e~ depois ela queda d 1) dictaclor Ro s a , n -:o pocleria, nem ap, iada pela proYin– ciac; do m te rio1·, a!fro nta 1· a lucta com as tropas aguerrida· do Pal'a– guay . Em b1·eve ,·11r-giria um I mper i o do P rata e o Brazil prova– vel1Hente nenhum e1 11 baraço ~u8ciLan a á fo r inação Llesse grande e -tado. E~La combinaçã , ba ·sada em razões pol iti ca , fo i logo de ment ida pelo primeiro ata<pt o do Paeag1uy contra a proYincia de ~fato G1:os.~o, isto é, para o nod e e parn o interior da Amer ica 1\1 r i– clional. O barão v o n V e r s o n, levado por sua proprias ob er vaç,õcs o por con ve1·sas com homens 1;01 iticCJ · d1>,-: ; aize:s do Prata, declar a que S o l ano L o pez nunca prl'tendéra dil ata r seus clominio · pa ra o sul e 1·ara o lado d> ma r (l ). , 'enlwr do liitoral , nenhu ma ba r- 11) Eshmos pel'suadidos, e isrn se deprehelllle de documentos do archivo ele Lopez, <J_llQ o clictador uão se 'll'm'l\'a para fazer a guer!'R. ao Bra·~il. O projeclo que alimen– hva er:i eslendel' seus clomiuios para o ::iul, conquistnndo Corrientes; tall'ez nem isso, mas sómente gnnh r fama mil itar o iníl uenci-i nas questões do Rio da Prata. ,l uossa interl'en~ão de 186J no Est.'\do Orient.'\l, b ibilmente explorada pelos bla1laos 1 fez com que Lopez suspeibsse que pretendiamos fazer uma guerra de conquista. A repuls_a da sua me~liação irritou-o e a corc~alidade quo ont~o existia entre o governo 1mperml e o argentmo augmenton ::\'JUellas mfllndnd1s suspeitas. Consta-nos que o mi– nistro oriental em Assumpção, Sr. Vnsqucz agast,m,e, coneegnio convencer a Lopez de que havia um tratado secreto ele allit111p entre o Brar,il e a Republica Argentina p:-im a p rlilha lo P araguay e do Estado Orienl ,I. Foi sob essas impressões C!llO o vaiqoso dictador se lançou á guerra contrn, o Bmzil.

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