A Guerra da triplice alliança

80 uma força militar bem <li ·ciplinada. Não queria ouvir fallar de guarda nacional e de milicias,. .nem de sy:;_tema de voluntarios e de tempor aria duração de 3 er , iços militares ; ex1g1a s?bre todas as cousas pratica cla 5 a rmas , e fi delidade . Seu pequeno exercito de 2,000 homens, pouco mais ou menos, tornou-se exemplar no decurso de algum tempo. Cheio de admiração por Napoleão I , . esfo_rçou-se em organisar suas t ropas , de modo que em nada fossem mfe rwres a u'.11 1~eg1mento da guarda fran– ceza. Não sendo soldado nem dotado de mclmações bellicas, era com– t udo muito atilado em questões mili tares e a~é aceitava o que chegaYa a ser degeneração. Seus . sol dados eram copias dos grogna?·ds napo– l eonicos, sempre em s_e~·v1ço e .nun?a d~so~cu~aclos, encarregados de todos os deveres de P?lic1a e n gtlanc1a,. d1 tr1bu1clos em pequenos postos (guardias) nas fronteira , ºIl:de se rendia_m . p~ra se irem exercitar na capital, e habit uados á mais_ sev:e~·a d1 c1plma e ao pensamento de superioridade so?te a popul açao . crnl. Os succe ·sores de F r an c i a só tinham do contmuar a constrmr sobre os fundamentos l ançados por • elle e tão solidamente lançados que, ainda muito depois de sua morte, 0 Paraguay era o unico paiz da Ar~erica do_ Sul que contava verda– deiros soldados (1). Quanto .~ questões_ ext erwres creou t1m verdadeiro isolamento e quanto á aclmm1stração mterna considerava o paiz como uma enorme fazenda. Não admittia ministros, mas só secretario ; não tolerava centralisação ou differentes administrações ; esmerava- se pel a agricultura, segundo o mesmo systema que transformava o paiz em pequenas fazen_das dependen~es ~o estado; ele modo que o Dr. F r a n c i a pre crevia aos propr1~tanos .ele terras o lugar, o tempo e a quantidade dos fructos q_ue deYiam c~ü tivar. Pelo cont rario às muni– cipalidades outorgou por n:ie10 dos c a b 1 l d os uma especie de autonomia admini ·trat.iva. O commerc10 e o trafico com os paizes estr angeiros eram de sua exclu iva competencia; e sua política para com o clero er a bem aspera. Sendo deísta, e, por seus estudos physico- chimicos, inimigo de todo o dogma, que não se baseasse na razão humana, não tolerava, na qualidade de chefe de um povo educ_ado por j esuítas , autoridade alguma ecclesiastica, que ao lado da sua qmzesse sobresahir no estado . Fechou todos os conventos, confi coµ os bens da igrej a, estipencliou o clero, supprimiu os dias santos, pres?reveu a duração e fórma do serviço divino e considerou-se o verdadeiro Papa do Paraguay. Assim se achava construido o edificio pol ítico, na verdade de modo anormal, mas consequente e harmonico. Sua funcções eram tão regulares como as ele um relogio, quando F r an c ia morreu, em 20 de Setembro de 1840 . Falleceu ele uma apoplexia que o accommetteu em seu quarto. Tão grande era o medo que sabia inspirar, que só no fi m de cinco dias alguem ousou penetra_r no seu a_po,.ento . Cinco homens, dirigidos por um certo Juan Me d lil a, aproveitando-se da confu ão e indecdio que es. e acontecimento causara, constituíram uma junta provi ·oria e procuraram empolgar as redeas do governo, conforme o proce so ·ympa– thico às republicas visinhas. Infelizme!lte, os officiaes ela guarnição ele Assumpção recusaram approvar procedimento tão illegal , e o capitão Mariano Roque A1o n z o, como orador mais habil, tomou a iniciativa do protesto. Reconhecendo que nada se adiantava pela ingerencia directa ..(1) Neste ponto o autor não ~stá bem inlurmado: Quando no te .npo de Óarios tope:.! a rnde penrlenc1a do Paragnay foi ameaçada pelo d1ctador argentino J. M. do Rosas o Br ,111.ll vio-se na necess!dacl~ de envJa! engenheir_os e officiaes instructores a.9 ParaguÓ.y, al om J e armamento, art1lh1ma e mumçoes. O exercito paraguayo pouca instrucçuo linha. ,, ..

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