A Guerra da triplice alliança
78 renovar suas pr etenções . A t udo isto oppunha o Dr. F r a, n ei a seu sy t ema de compl eto isolamen to do Paraguay . Não aclm ittia emba ix a – dores e consules (2), e tambem não os mandava, nem r espondia a correspondencias cli1 1 l omaticas; a n.1.:·ão desacost umava- se elo· objectos de l uxo, e, limitando- se ao exdusirn consumo dos productos do paiz, nulli– :fica·rn todas as r el ações commerciaes com os povos e. t rangeiros . Uma ou outra vez e· am alguns est rangeiros admittidos no paiz, mas o seu r egresso era por to:los os modos impedido, sendo o governo coadjuvado ne sa obr a pel os dous r ios limitr ophes, 1elos immenso:; pantanos do Gran Chaco e pel as cordil heiras da raia oriental , habitadas por t ribus de índios sel vagens . Comquanto este syst~ma - fos e o mais adequado e depo is pro – vasse se r o mais pro fi cuo, não teria o Dr . F r a n c i a conseguido exe0u– tal- o, apezar de sua ext raodinaria habilid:1de e pectin:i.cia , sem a es encial hêran _a dos mis, ionarios j es uíta<;, que fizer a m dos Guar anys um povo laborioso , obediente, ab.--t inente e C')mnl etarnente a pat h ico e ind iffer ent e. ~ó obst va ao seu bam calcul ado pl an~ a classe, na verdade pouco nume – nra, dos antigos col onos He panhóes, que repr e.-entavam a aristocracia de nascimento em r al ação à g ra nde 1na~·sa da popul ação gnarany, e que si c:msegui sem sohr esahir como juri-;cons ulto ou como officiaes mili laees , poderiam derruba r o gove rno elo Dr. F r a n c i a, corno t inham sup1l an– tado a aut oridade do go\'ernaelo;• V e l a z c o. O caracter elo govern9 despotico do cl ictador, que não e tava subordinado a fi cafoa(:ão al g uma, clar amente se 1-atenteou nos es.for _o ; 1,-. .i.ra anniquil ar , enervar e subj ugar as ant igas fam ilias he'>panhol as, qu e n este simulacro de 10 sLit uições rejrnblicanas foram equi ; aradas em direitos aos Gua ranys. 1\1 uito se tem esc ripto a respeito do governo elo Dr F r a n c i a e de sou srtema pr, lit i(;o, as mais das vezes l orétn com pa rcialidade. E ' innegavel que o longo exercicio de uma auto ridade 1llirnitada o tor– nava clesconfiarlo e cruel, e si ª" tragicas na rr açõe' de sua sang uina ria ferocd ade, da t orturas empr gada<;, e de outras viol encia<; , não são todas inven tadas , é ao Jnenos um facto incontest avol que, n'l tempo do se u gover.:10, o P ar aguay n fio conhecia r evol uções, pronunciamento ou cons– pi r a · ões ; não i.i nha di\' ida,; , pel o co nt rario, ap r esent ava uma ordem exemplar em t odos os r amos da admini tração; a activiclad0, o bem- es tar, o res 1 eito e o espírit o r elig10so er am r ecunhecidos I el as poucas pe ·soas que Yisitavam o pa iz; e e. te, a inda que isol ado egoi ticamen te do resto do mundo, já podia por sua bo·i organi aç'lü rn ilita c r epresentac lllL1 papel impor tan t0 . O,; meios em; r egados pel o Dr . F r a n c ia p:tra º?t er taes r es ultados s · podem comparar -se com cs usados pel 0s antigos ru so<;, chins e ja p·meze<;, e con t ra ·tam com t oi las as noções da huma – nidade e da civilisação. No fi m de seu gove rno o Dr . F r a n ci a r o ·umi a as fu ncções de j uiz supremo, de ummo , acerdot . , de unico general, de un ico negocia nte em l arg 4 escala. e de ~irecLoí· ger al dos correios ; e, si os t es ultados não mentem, t udo ist o elle 0ra com ig ual va nt agem para seu paiz e geral s1thfa"ão ele seu ,r 1 ovo, que ce rt amente e n 10 con.,iderava menos feliz do que qual quer na · ão li vre. Ainda ninguem expl icou por que procesr;o intellect ual o Dr . F r a 11 c i n. concr>beu taes princi)os de governo p1,ra seu pa iz . Filho de um francez, (1) (2) f;ó fez Pxcepção p:\ra o Brazil. Antes da independench, F rnn"éia enlendill· RO com o go~orn o pr,rtugncz por lntPrmedio do commn.nila ute parag nayo de [lapú'l. e ria Cn n– delan '• o do gene,al Chngas Snntoq, cn 11maruhnte 1fo dist ·ieto de 'i . Borj'\. E n 182~ e ,rrespondeu se com o Viscnude da L ,guna. Depois d'l i udepe nrlenci~ tive rno · em A,su111pçno um consul, o conselheiro A. M Corrê:i. da Camara (1~23). (1) Esla vers~o é de Rm.gger no E'lsaio Hislorico sobre a Revolu ,;ão do Pa rngully. ..
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