A Guerra da triplice alliança

,, 72 Nenhum_ -per iodo_ da _lon&·a g:uerra , que surgiu u'e tas c?mp~ica~· ões n_o Estado Oriental exige tao mm_uc1~sa consulta ú correspondenc1a d1ploma– ilca como este começo, que fo i, d1_gamol- o assim, 0 preambulo ou o pre– text o para a grande luta que . e . egu ro. Repro rl uzimos integr al mente alguns desses documentos , om ittindo ás ,, ezes as formul as usadas em t aes corres– pondencias offi ciaes . D'esses documento r esulta a convic' ãO de que o B r ~ z i 1 não desejava a ~t~erra co~1 o E~tado Oriental ; que foi pr~ciso subir ao poderum novo mm1st ro, Dias Vi e ira (1) pa ra que no R1o de Janeiro se puzesse fi m_ a t anta longanimidacle; que O I mper a d o r D. P e dr o II até o ulti mo momen to se op poz à inter venç:" o formal nas 1 uctas dos partidos no Estarlo Oriental , e, por sua moclera' ão de; ois da victoria, de"fez a. conject uras e r eceios, que não só na America I\Ieri - dional , mas até na Eunpa, !,0 ligavam, por mot ivos historicos, à acnão milit ar dó Brazil. O que fie;, indeci. o é se o Braz il teria procedido– tão energicamente, como procedeu, no Esta-:lo Oriental , se pudesse pre– ver as con"equencias e as propor ões gigantéas que assumiria a l ucta, em consequencia da intervenção do Pa r aguay (2). (1) As palavras do ti>xb devem ser substiti.lidns por estas : um noi:o ministe1·io.";)i·esidido pelo con.,elheiro Zacarias de Góes. Com effeito, /J co n<elb 0 iro Dias Vieira n1in era a fi gnra mais importan te do gab inete de 15 de J an~i_ro de 18G L Ao Sr. conselh ei•o Zacarias , ~hefe desse gnbinPtP, cab ia n direcção f,l eral da pol 1t1ca. A att1tude energica que então assumimos no Rio da P rat.a devP.-se, pois. a S. Ex . O gabin ete FurtAclo (31 de Agosto) já achou o u ltimatum $arnfva e o começo das re– presalias. Tudo o mais foi co11 sequencia da in sensatez de Aguirre e do grupo que o c• rcarn. Qua'lto á intervençi'io do Pa raguny na lucta estamns persmtdid os .:iue poderia ser evitada se o gabinPte de 31 de Agosto nnn trntasse cnm o . mais so berano desdem o vaidoso dictnd or Lopez, que se armava contra a Republi ~a Arge~t1n'.1, e nenhum interesse tinha em romper com o lilrazil. Não se tratou de cont ramrnar as 111tngas dos agentes do governo bianca no Paraguay : fo i esse o gran de erro. . ('2) Por decretos n. 34G8 de 8 de Maio e n. 3-183 de 28 de Ju nb o de 18G5, fni concedida aos officiaes e praçRs do exe,cito e armada que fizera m a camp~oha do E $lado Orien tal urna medalhR. A fita é azul fe rrete e encarnada em partes iguaes. N B.- Para nilo desarranjar a paginaçãn , que já es lava feit a, deixamos de dar á pag. 4() a Eeguinte clescripção que a RP{urma Pacifica, de Mon tevidéo, publicou sobre a queima dos trat.l\dos . Esta famosa ceremon ia r~alisou-sc no di a 18 de Dezembro na presença do preside nte Aguirre e seus ministros. E is as pala vras do orgão do partid o bllrnco : « A praça da Independen cia era estrei ta dom ingo para con ter o povo que corria a presenciar a augusta ceremonia. No Céntro linha-se levantado uma plata fórma quadrnn– gular, perfeitamente decorada, ostentand<;> no meio a columna dn ind ependen cia. Em cima de uma mesa eslava a caixa que contrnh a os tratados com o Brazil , e junto della, sobre um alto pedestRl, ardia o vaso que devia consu mi l-os á vista e na presenç[! do povo. fiumptuosos sofás e pollronss ornavam a platafórma, em cuj os angul os esvoaçavam as bandeiras de Artigas, dos Trinta e Trcs e a naciona l em dous cantos. Tinh a-se designauo a hora do meio-dia para a solemne cen•mon ia, porque'' se quer ia que ella se ·(U:e :;e em plena lu:. No momento marcado, formadas as tropas, o presidente, seguido dos seus minis– tro.,, dos geriei·aes da r ,puúlica e dos memu,·os da C0171missão extraordinaria admiriistrativti, subio os dcgráos dti plata{órma, e, depois que todos tomaram assento , o escriváu elo governo fez a leitura dos decretos de 13 e 14 elo corrente, que dP.claram nullos os tratados com o Brezil e mandam extinguil-os pelo fogo . Conclu ída esta leitura, tomou a palavi·a o Sr. p;·e– sidente, e em urn pntriotico discurso expôz as repe ti das que ixas e os irritantPs u ltrafJes <1ue nos eslava infor~ndo sem. moLiv~ o Brazil, e que ~avam justi ~simo direito ó. repul:thca para obrnr como fazin. Depois do discurso do Sr. presidente, o escrivão descozou 11s fo lhas . dos tratados, que foi pnssnndo ao homem encarregado de reduzil-as a cinzas, e rPse1-vo1i :, e11pa e os sellos parn. envi1u ao museu, como estava ordenado. Consumidos pelo fogo os imqnos tratados, S. Ea:. o Sr. presidente, os seus ministros, os generacs da repi~blica e o prcsfrlrnte da jm,ta as,ig~a,•am um auto de estar co11sumado o acto, e S. Ea,. desceu ela 1iZatafórma corn o seu sequito. » • • ...

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