A Guerra da triplice alliança
70 bordinado às re olu C' ões do commandante da esquadra, o Yice-almiranto Tamandaré. Teve· por mi.são, l\l e nna Barreto, impedir que a pro– víncia do Rio Grande do 'ul , a mais bellicosa de todas as províncias brazileiras, se envolvesse por conta vropria na lu ta , bem como proteger os snLditos brazileiros estabelecidos nos departamentos septentrionaes do Es– tado Ori"ental, evitando o conta~to elos r evolucionarios colorados, mas tende::-:clo ao mesmo fim deste , isto é, á tomada ela capital. Certamente a posição expectante na fronteira era o que melhor se poderia fazer em taes circumstancias, e quando mais tarde se tornou impre cinclivel a allrança. com os colorados, a invas10 do pequeno exercito de 1\1 e n na Barreto era tambem o passo mais acertado. A divi ão de Osor io poderia . ter melhor re ·guardado a fronteira de sue te, impedindo a invasão de ~1 u õ oz até o Jaguarão, e a derrota cl'ari.uolles t resentos mesmo em Montevidéo ? Não tendo elles d,1do palavra em Paysnndú, não podfam fazer excepção á amnistia geral. Quasi toda a guarni ção da praça, depois do convenio, reconheceu a autoridade de Fl,·,res, e acomp~nhnu-o dur., n te a guerra do l-'arAguay.-3." Ficar impune a offensa feita á bandeira brazileira n/.l.$ nias de Montevidé,1. O visconde do RiQ• Branco demonbtrou, com os princípi os rreralmen te aceitos, que isso não fóra uma offonsa ao Brazil, mns uma ac1,,ão ignobil, reµu g11ante, ult1mos arrancas de uma colem impot,ente. En– tretanto, já em homen~gem a os lrgitimos resentimentos nn.cionaes, j á na previsão das córes que a malevolencia poderia emprest.ar ao fact0 em questão, não ficou elle impune. H ouve umas tiva de 21 liras ao sy mboln da n nssa nacionalidadr, dada com aq.telle motivo, pelo governo proviso, io, e os princi paes aulores da allud ida bachannl, conf ,, me s~ esli pu– Jára em protocollo reservado, foram obrigados a sahir do paiz, ficando i nh ibidos de regressar ao sol o natal, emquantv outra cousa não fosse ajust>tda entre o governo imrerial o o da republica. - Quanto á fó,·mo. do a~to de 20 de Fevereiro, póde-se ver, além do extracto que acima deixámos, os discursos pronunciados no senado pelo visconde do Rio-Branço, e o folheto rnblicttdo em l 65. - Jiio era possível deixar de fazer rlistincção e ntre a questão interna e a externa. Na interna não podinmos intervir direc– tamcnte, porque, se11do o nosso empenho coll ocar o gene ra l Flores no govnno, n ão podia.mos fazei-o som violar 'OS tratados existentes, provocnndo a in tervP nçiio do governo de Buenrrs Aires - O tempo veio justi ncar o vi conde .::o Rio- Branco. "i o desenlace da questfio oriental não fusse tão p1omp tn, Lopez teria penetrado no .Rio Grande. cahindo sobre o Estado Orien tal e colloc>tn<lo e ntre dous fogos o nosso pcnueno exercito, 3ue então só linha 8.< 00 praças, e Entre Rios e Corrientes declara r- se-liiam por elle. Não poderá du,·idar d isso quem souuer que 0 1 mezes depois P.lle at.revcu-se a inda a invadir o Hio Gra1,dP, e quem se lembrar das hesitaçõ~s rle Urqu iz•, e das syn1pstbi as que o Paraguay cnconlrou em Entre Ri1,s e CorrientPs. A quédn de MontevitJéo desor ientou Lopez, e desorgnnisou o plano que havia delineado o dicta<lor. Que ell e prete ndia mandar 20.000 homeps em auxilio de Monlevidéo nõo resta a menor duvic1a t.lepoh; das declarações foiLas por prisioneiros Pnraguayos que merecem credit,1, e de documentos posteriormente apprehen li<los. O Sr. L eltso111 , minist.m britan ico. em Montevidéo , assim 11ssrgurou ao seu governo em um despacho que corre irnpresso. -Julgamos ter dito quanto basta sc,bre o convenio de 20 de Fevereiro, que ó umn f!ues tão muito recente e muito conhecida. Só accrescenlaremos que o Rclo irreflectido do minislerio de 31 de agoslo, dest,t.uindo o visconde do Rio-Branco, atlrahio m,dta sympath ias e foi mois 11111 no honrado estadisl.ú fio que si o governo IJouvesse approvado il,le iramenLe o seu pr cedimento... .. Nãri ha expresêões CQm que se possa pintar a s.:>rpresa de qne foi tnmarlo o visconde cio Rio Dranco an receber a noticia da sua demissão.. .. Nesse dia (11 de l\Iarço), preparava-se o mi11istro do Braz 1 para festPjnr di,,namen te o anni– ver!lario nntalícin da nossa virtuosa Imperatriz ... A lremenrla noticia º em nada alwro11 a fostn prepan,da.. . Durnntn essa fes ta, os convivas, que niio igno ravam o golpe rrcebitlo pelo visMnde do l<io-llra11co, admirava111 a caln,a o a soreniJa la do mini, Lro docahido... Houve á noite calor..sis manifestações clf) povo de Mon levidén, em favor do ex-_,epresontanle do ,Bruzil. Grandes grupos de c1dncji\~s orienta •s e estrangeiros fora111 por d1!Terentes vez!.l u frente da cn.sa t.le sua res11.le11c1a com mnsicas, archotes e ban– ddrns, sollar estrf)ndosr,s vivas ao d i stin cto diplomata ... E11tre os Jemonstrações ele syrnpatllin, ')no não faltaram ao ex-ministro, cumrre não e~r:iuccer o brinde que no banquete do 11 de Março. fez o brnvo general Q;ono, t.l_,z..nJo-lhe que ti vesse confiança no b"m sen,o ele seus compatriotas, por4ue o Brazll 1nt~1ro applaud irin o acto de 20 do Févercir,,. Não foi menos si1111 ificaliva a manifestaliào do nr,sso bnoso exercito... Aberto o sonnclo, na discus"Siio da ~e posta á. falia do th rono, om sessão tltJ 3 de Junho de 1863 , produ7:io o visc,Jodo elo Rio-l::lranco uma brilhaotl) defesa dos seus a.elos, pronunciando urn <l1scur~o que dnrou oito horas, ouvido to lo co n respeitosa atLonçiio e pm[,rncJo silencir,. E' esc.:nsudo dizer q1te n. sua j11slificaçiio ' sab io ,\ luz <.los del.Jatcs tii, clnin, evidento o cornpletn q110.nto n presuuiira já o paiz, o a csperav1i o nnmcl'oso pui.Jllco qtto mal ca!Jia nas galeri ,s do senado No Jim <lesto momoravel discurso, e ao snhir do senatlo, f ,i o illnslre est dista sorprendit.lo por uma v<lru'\dcir,i ovaçiio Jo puvo que o es– perava na rua ... ,, ..
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0