A Estrela do Norte 1863
~ NNO DE 18G3. DOMINGO 12 DE ~- BR IL NUl\IERO 15. SOU OS A USPICIOS DI,; );. EX. R !': Vl[A. O Slt. D. <\..'iTO.'11O Dl: lU CI.:DO COSTA 1 JJI SPO DO P,\ RA'. A RELIGIÃO CATHOLlOA SE– RÁ NOCIVA AOS GOV~R~OS E AOS '.~STA.DOS? S6 po r um excesf;O de má fé e in– signe caluni nin, q ue a seita impiu cons iLlera. como itm dever, é q ne se púJ.e accusar n Relig i~t0 Christã. co t.n o opposta aos direitos elo ho11J e 1U con.. st;!, uido em socied ttde, e mefü10 á cons~rvação dos es tados . R 1s·tari a l ançar as ,·is tas I sobre a hi ·t• ri t\ , de t odas as icla cl~s, e refl.ectir um pouco sobre a e.;pa u t osa li ção q ue a Frt1nça deu FL todo o U niverso c.:om as s uas theÓr ias µ4 ilosop hico-sed iciosati, para nos coavencennos, sew a menor du– vida , que a I eligião, tfLO longe es tá de prejudicar os estabeleci inente,s so– ciaes, qn e ant tis é o apoio maiH seg u– ro da prosperidade publ ica e cl o111 es– tica. Urua R el ig ião, que esda receu em poncos di as a , azã o o bscu recilla lJOr tantos secu_los, at~ na e 'C<)la dus •pLi losnphos m n1::i abaltsatlos do pa– ga oistno; q ue sua visou os C( !stu11.ws roais fe rozes; que íixou para semp re c0ru o cunho benefico da D i viu dact,~, e pô·z a salvo l1o atroz tl es poti swo as id eias de um gove1110 nrn is ..rn alogo á na tureza do homern nu es taJo de corrupção em q ne se .-~chava se ru p~– der •1tinar com os meios el e c0n segn1r a perfe:çilo do seu ser moral ; tuna Reli g ião que assim es palha _sobre o genero humano trto benig nas rnfl uen– cias , q ue 6 a fo nte •de todos os. direi– tos e o princi pio de todos os deveres, JJ?de cl la emba.raçar a um só ciàadão, ainda o mais ignol.Jil, o 11s0 pacifico Vepito et nmbulomus in lumino Domini . I sil. II. 5. da li berdade civil , e mesmo polí t ica .'! Uma pr uden te e j usta upposição doRmeins por r1 ue a sociedade póde ,;1:.ffrer alg -m detri mento 00111 a in– fl uencia da Rel igifi o, fará ruai s lumi– nosa e Reru r é 1.Jlic~L x re~po:Ha : A elig iã.u 11;'i.o póde &er nociva ,í socie– dade senão po r q uatro modos : ou s:1bv, rteudo os fu ndamentos do es – t.oclo; o l l i aspirando no go verno o ab uso do ·pode r, que lhe coufiam as leis ; on exc itando vs JJ O)iOS á rebel– lião, ou a rma ndo os cidadãos unfl eo ntr~ os out r\ls; mas q ua l será. ◊ atheu, o imp io, o li bertino t:10 ver– sado ua ;.rte <l e ar •r 11i r e enreda r q ue possa co nvPn<:er a Relig ião de um só destes frnudn lt' n t,os a rt ificias, de que cost uma se r\'ir-se a malí cia hu 11.1;,..,a? T cuos confessam , corno verd~de eter– na , que Deos ó o au tor da socie– dade, p0r isso rne.,mo q ue for:no u o horn e1u com Ct:>rtas fac uldades, cer – tas inc li n,,ções , uertas necE-s idad<:3s, que o detonninam i nvenci velme 'l- te a procurar o comrn ercio dos seus semellumLes : .. . . ora, sendo D eoH a ut.or da socieda<lc>, e a vida social • um a cowieque ·a nPcessari a da na– tureza do honrnm e das 1rn as fo cul la– dos, n 11 nc ,i ,. B.tili~iiio, de que Doos tamberu é antor i rnrneuiato, púde achar-se em cohtradicão com o o-o- : ' o vem o, q ua}q uer q ne St'J a a sua forma 1 . . c1 ' a ar)1tno as naçõe,, a quem o mes- mo Deo's deixou o direito de escolher a q ue fosse mais conveniente ás suas 1 circ 11mstancias : todo o gover_no , 9.1!ª nada tem ele contrario ás leJs <l1 v1" nas, é legitimo , e t oclo o governo
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