A Estrela do Norte 1863
• A ES'rRELLA DO NORTE. meu, nestas noites serenas e cla– ras, subamos ao mais alto da tolda; e, ernqtrnnto a Natureza se acha em prófundo silenci o, alar– guemos a vista por essa cl i Ia ta da esphera dos Céos; contemplemos de vagar a grandeza immen sa des– ses lumi_nosos pregoeiros da glo– ria do Alt,issimo, a harmon ia dos seus m,,vimer1tos 1 e~s 11 s di st~n-. cias quasi infinitas, co1hi eradas cá da terrn, e ao mesmo passo reduzidas a um pequeno ponto, quando se cpmparam com a gran– deza de Deos. Ah! que espe– claculo magnifico! Quem foi · o que di sse á Lua: Apparece edis– sipa as trev;. _~dc1 noite ? Q,uem deu o ser e o nome a essa mul– tidão de -estrellas que deco ram o firmamento 1 Q,ue m~o prodigio sa pôde told :, r todo esse augusto ·tis.w lac io de immensos pa vilhões de a~ul, semeai-os de luz e de glo– ria, e reves til -,o:-; de urna 9efü7,a que arrebata os olhos do mort,tl? ')h ! rJmo deve se r rica e pom · posa a mão donde b1:0 tam tod~s essas maravillrn s ! D. FREI CAETANO BRANDÃO. ADORAÇÃO lJOS MAGOS. Ecc, magi ab oriente venertmt. 8. MATO. C, 2. Q,1e estrella tão fulgurante Qne reluz no cóo do Oriente ! Tão alvi, como o diamante, Como a poria tro.nspn :~nt.e ! Astro de tanta !i'ndeza, Niio rroon a naturcz"' Entre ns ostrellns do Céo; E' signal quo ee traduz Aqnclle oceano da luz, Que dl\ noito rasga o vóo. E' signo.! que o Rademptor Vem cumprir as propheoia.s ; E' a. estr\illa do Senhor, Como a predisse Isains ; Pl' a luz do Evangelho Que doslumb1·a. o mund~ n lhc, Nas troYns do. corrupç,fo, O phnrol da novn. L oi, Que vem resgatar o. gro i Dos forros do. escravidão . Virn.m, l omm os tr r•s magos A estrelln do n n,.seiment-0, L ernm seus sonhes prcsn.gos No livro de, firmame nto ; Conduzidos pelo nstro Levam cofres ele n.lnbnstro, 'Do myrrha o d'ouro tambe m, v- ndornr o 11:Iessin~ Qu e, segun do as prophooins, N nsccu n.gor.- em Bcth lom Não o procureis no ludo Desse H erodes jmpostor, Que quer ~er idc,h,trndo Qua l Nn,bnchodonosor ; J\Ingos , fu gi do. cilada, ll' llgi d,\ corto empestado. Do fo lso rei dos J uc\cu&, Fugi do rei orgulhoso , Doix1>i o'louco vaidoso, Qlle quor luta.r contra Dcos. N esses pnços b a roontiro. 1 Hn. tyrnnn ia o tmiçl\o : Os raios dn. sua im Despede Herodes em vúo. Sempro Olll vúo, y_uo n!io nloanç•. Nos so us sonhos do vfogaoço., Desmentir o. prophccia; Sente nos p ós t!·omer o solio, '.rrewe em Rom,1 o Cn.pito\i9 Ao cla.riio do novo dia.. A',·n1üo 1 n1agos, á \,.nnto, Qne •strolla. vos oondu1, Vede- •em para. diante Do alv 6 uo de J esus ! E ahi, entre os past<i&!'S b n esse berço do fld?fls 1 O?de estú._ o_Redempbor, 1 . E nns fo1çoes d<L inoocencin. : Que a Divina Providencia, ' E scondeu o seu fulgor. Em torno no berço sn,grndo Ent.oam Anjos um ltymno, Sobre- as pn lhas rcclini.do Dorme um Dcos, nessa moni-no; Olha i a ·virgem prostrada. J1onto d'Elle ajoelhncln, 1 Olfios crnvndos no Céo '. Vede o esposo vonernndo O Salvo.dor adolllndo Que dns alturas desc~u. '' Sa I ve ! MosRins da. paz " Nobre filho do D a vid ! ' " A estrolla, q uo nos tratr " Nos conduziu pam Ti• ' " O teu rosto é mo.is brilhante ,, Do que o sol lá, no Levante . " Tens por throno O firmameçkl • " P elo poder do teu braço ' 1 ' Gyro.m mais mundos no espaço " Do que o.brango o pensamonto. :: N?ssas joias, nossos ouros Vimos depor a Teus pés, " Nossos sceptros e thesouros 15 . ,..
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