A Estrela do Norte 1863
A ESTRELLA DO NORTE. 85 meio, nem diligencia 1 nern feitiçt• exemplos em si, e achaLos-h a; rnais effüaz para se r amado que por agora basla-nos a todos o de ama r. Cliri .,to: Ama ·a teu inimigo, porque Depois dP. trinta annos de retiro 1'rnando a elle me amas a m11n, houve Olti'i stu de sa hir a trntar • e se elle te não merece que o t:om os homens, ou a lidar ames, mereço -teEl! qt!e me ames com elles. E porque não basta nell~. sciencia sem expériencin, nem !ta Ama a teu 1mmi go, porque se 1 ictoria sem batalha, nem se pe– elle te offende com o seu odio, leja bem sem t>Xercicio, antes de 1m1Ís te offendes tu com ó teu; entrar nesta tão perigosa cam– o teu te mette no infr:rno, e o seu panlia quiz- se ex:ercitar pr~mei i:o J1âo. com outros inimí~os. Ama a teu inimigo , porque P:nte-se o Senhor , depois de amigos já os não ha, e se não a111a- baptisado, ao deserto, e diz res. os inimigos, estará qciosa a S . Marcos que esta-va e vivia tua vontade, que é a m11is nobre ali com os feras. Passados as– po\encii:t, e privarás · o teu cora- sim quarenta dias, seguiram-se ção_ do exercicio_ mais natund, 1 :is t~ntaçõelii do dernonio: tentacl'o mais doce e mais suave, ,que é Chrt sto no 111tisrno deserto, ten·-· o amor. · tado no templo, tentado no mon- Ama a teu inimigo, porque o 1e. E depo is destas du;is expe ... não ajudes contra ti; e tenhas dous riencias, en1ão fin , !mente :-;ahiu inimigos, um que te queira mal, e appareceu ·no mundo, e come– e outro· que te fuça o maiN de çou a tratar com os homens .. todo s. Não sei se repai;a~tes na or_ Ama a teu inimigo, porque s~' dem destes ensaios. Parece que elle O faz com razão, deves prirn'liro se havia de exercitar o emendar--le e se contra a razãl,, Senhor com os homens, como ' . emenda i-o. rac1onae.s e humanos; depois com Ama a teu inimigo, porque se as féras, como irracionaes e in- o seu odio vil é filho da inveja, domitas; e ult imamente com os: mostre o teu amor generoso qu€' demonios, como tão deshumano~ por iss0 nãJ é digno de \ 1 ingança, tão crueis e tao horrendos. . r se11ão de compaixão. Mas uão foi as:;im, Sfnâo atJ' (Continúa.) CJnlrario. Primeiro com as féras, depois com o demonio, e ultimamente com os homens. E porque? Por– que o exertic io e o ensaio lia de ser do menor inimioo para o mltior; e os homens não ~ó ~ão inimigos mais ferozes que as fe_ ras, senão mais diabolicos que os mesmo:s demonioi. -~ OS HOMENS, PEIORES INIMI– GOS QUE O D~MONIO. · . _Q.ue os llomens sejam niaiores inimigos que os dernonios 1 é ver– dade que eu tenho mnit0 averiguada. Busque cada um os I
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