A Estrela do Norte 1863

1/ 1 A ESTRELLA DO NORrrE. 83 em soccorro de to da:') as mi~e-– rias human · s : vede_os derra– mando, como o Sama rita no, o oleo e o bHls- mo sobre as ch,1<1as ~ de seus irmãos : nada os fatiga, nad a os de1-gosla: . quanto mais infeliz soi~, m;.li s elles vos amam. Se us Lhesouros são o patri:noniu da indige nci a : seu tempo, ~ua comp ,iixão , se us desvelos, suas lagri111a~, pe rtencem a todos os que soffrem. Se so is pubre, ne– cess itado , enfermo ; vinde, que elles vos all ivia rão. Se o vosso coração ens :1 ngue11La- se com uin a de ~sas ferid as secretas , que de.– sejais subt rah ir á dui:_a piedade de uma philantr1Jpi a ego ista,currei, qu\ elles veis prodigalisarãu con_ sol;-1ções ineff,weis, que vos ad o– çarão os vossos mal es, e vol-o s fa rão esq11ece r. Pa ra elles não li a inimigos nãu lia estran ,,e irns · ba ) O 1 só homens. • Se tendes comrnett ido alguma falta , approx: ima i... vos; não te_ m :i is : que a s ua boca não co– n hece o reproc-he insultu oso; an– tes vos la ,n.enta rão , chorarão com– vosco , confessa r-sc-li ã <> fra cos cotr,o vós, ·e, com o so rriso da es– perança nos labios, aponta r-vos– hão para o Libertador · com– mum. Bons pa is, -bons filhos, bon s esposos, qual se rá _ a virtude que elles não ten m? Desa pegados dos bens .ter restres elles não aspiram senão á celeste patria, pa ra onJ~ os prec edeu o Sa l vado r do mu11do. Honras, pra~e res, ri– quezas, nada , do que é da terra, os ahala: ell es uão ama m nem desrj am, senão as triuulações ' e as cru:;,;es. A!l lagr imas são o seu p'ra¼er, as humilh ações a . s ua gloria, os sotfrimentos o seu lei to de re pouso. Se os ferirdes na face dir eita , elles vos ap rese ntarão tarnbem a esquerda; se lhes tirarde · o vestido, entr~gar.-,vos-hão até a capa. P ersegui-os, prendeLos, ti– rai-lhes a vida em horriveis tol'luras, que elles orarão por vós 11 0 Deos, que perdoa, e suas doees palavras serão palavras de bençam . Basta . rré rei pintaJo homens? Não : discípulos de Jesus Ch risto. .Aq uell e q ne não vê na Reli~ gião senão uma invenção huma- 11 a , leva nte-se agora e diga: '' Creariaeu esta doutrina7 Mu– cl,uia a natúrm,,a do homem? In– rentaria a Fé 1 a Esp,!rançà 'e o Amor?" (LAMBNNAIS.) A CONVALESCENÇA. III. O DEVEDOU E O CR EDOR. Voltnn Ernesto a tot.la a pressa pura a ugua furtada; h.i tia-lhe violenta– mente o coração, ia com _a cabeça pe ndida, o andar incerto. - Meu Deos ! mürmarava ellc, que se rá de 11ó3 ? Corno ha v·emos pagar ás pessoas a qt1em elevemos 1 Estes tres florins ? Serão immt' diata111e11 gas– tos ; então como sustentarei minha mãi? Foi o a<.lolescen te d istrnhido <lesfes mr,goa<.ios pensamentos por nlguem que lhe lmreu no hornbro. - Ah! bem, meu caro amigo, dis– se- lhe umt\ voz conhecida, v07, acho singu larmente preocc11pado_~gorn. Está doen te a senhora vossa mu.t ? •

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