A Estrela do Norte 1863

78 A ESTRELLA DO NORTE. N es te intuito, s~rvindo.nos da au– toridade que nos fo i confe rida de ,llto para vossa ed ificação ew o Senhor, ja]g;J,rnos dever estabelecer o seg ui nte: 1. 0 .A. t tendendo á fa lta e- carestia dos alimentos magros, dispensamos da abstjnencia e concedemos o uso da carne em t odos os di as ele Q uares– ma, ex:ce pto ás quar tas, sext,1s e sab- bados. · 2. 0 Esta dispensa não se est(' nde ás cull:1ções da tarde; mas sómente á comid [l. principal_ 3. 0 E ' absolutamente proh ibido ser yir.se fl.O mesmo tempo de ct1 rn e e de peixe na mesma cornidct. _.1:. 0 S ubsiste a obrigação do j ejum ainda. nos dias em qu t> permittimos o u so da carne, como mu i. U1s vezes tem declarado a Santa IgrP.ja. , 5. " K;ta dispemia é conce<lid::i em f avor de todos os h abitantes deste b ispado, 111as por este anuo tão só– mente. Dada nesta cidade de Belém do Pará, sob nosso sign,il e sello dti nos– /3as armas, aos 3 de Março de 1862 . t ANTONIO, BISPO DO PARÁ. A CONVALESOENÇA. II . o usun.ARlO . Ccnfn ndido o nos•o me,~e uo na rn ult id:-,o de pnssPudoíés e Jé al eg es HJ 1 m inus, parl.' cia 1.1mbern pnrl ic1pa r tlu feli cidade gern!, 1:ois q11e di1 i17ia- ' i,e a um d•.1s •ci11 u 11ões Ja c 1d11d(: mais frequentadus 1-e:,.Le 111omentn. MaR, ah ! quem pudesse sorpren de r seu olhar me luncol ico, ci~em tivesse ouvido os profondos s11 ~p·ros de Sf' ll co,.-ição, este 'ria foci l11wn le com– vrehendido q11e tin hll dia nte de si ·uma d1Js nn rnerosa s victimas da m~ sorte e d,1s viciss it udes huma nas. Parou Ernesto , t.-emenJo, diante da porta de uin ri co antiqyar!o, cbarnado IIoss, n qnem tmha vcnd1Jo os mo- veis e lcrnbranças de fam ilia conse r– vados por H .1:1 mã i ; seus li vr<Js da an lu, s•' ns b ll ns µr ':! ini /)s, e todo· os ybjecLOs, em 11 11111 palavra q, :e 11 mcr– cud or tinhn_ querido comprar. P,t receu hesita r a inda o pobre menino no mo– ll! :> n1o de entrar e rn cnsa d" te lio– me111, que era d::sµro vido d toda it boudade, e que já tun1as vezr 1i– t1h;t nbnsu<lo cio i11fortun io. Emfim, resolven - s, a c1bri r a port,i, e ach ou-se perante o antiq11n'i·i o, L/ne, na chegach do_ moço, -esfregou a.l,·grernente as rnao:,-. - -.Ah ! eis-- vo~,- meu caro estn – dc1 111c ? <l iss .:J ell e ; mn lto c ·ti:no a vossa vi sita . Entreta11t0, e pero qn niill venhH is :1qui com a iutenção de me vr. nder ainda alguma lu11S tt ? Sn'– hei s que corn eço t\ ter um 11rm ,1 ze111 , int<' iro dos vossos traste. ? Nã 11 v<"j o appa1en cias d poder dur gasto a i~to, e, ni o ob, tante tudo o interesse q11e tenho pu r v.issa mãi, terei o senli– rnen1O de não pod,i r ob,equ iar-Vos . -. Vinhn, uo contrari o, ped ir-vos q1w c0mpreis e,·ta llibli,1, nwn bo1n ~c- nhor, uve n ' uron Ernesto ch t' i1 de emoçãr,. Será umn tão ·ca ri dosa acção: compra i- a. Não queria de 111 ~u1 t> ira alg uma separu r-rn P. dest e livro; 11rns mi 11 li a rn ii: neces ita de forças e fi _ lla lml' nte nã,; tp111 r.s ri> cnr~os , .• • C.> 1ren da palp,,iJrfl do moç, t1ill il a1d ,1 111' l11gr1 m,1; e, up,es ·ntnndo ddfi – cultosa111e11te a B .bl i,1, filou os olhos co111 ang 11stia no vdho eg-oistu. Pe– g-011-a (' te, e, d 1 'pois de ter co11 ·ide -' rado o llHH:i vil hoso lavor, disse com ,lr descu i<l nd o ; - Va 111os, estava certo que me ha– verieis ainda de toca r o co,ação com voss·1s doc1.'S pnlavras: dai vüsso preço, verei se me é possi V1e l acceder ás vos– ~as ex rgencias. -,- DcsPjo snb r qna11to vos ag rada da r~ senh or, tornou 8 rncsto. S :i que tem ('Sle liv,o um grande valo r· ; 1111s vejo que , em nos~n _triste posiç,ão, de– vemos fazer sacnfic1os. - Offereço-vos trez florins, já 6 multo.

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