A Estrela do Norte 1863
7G A ES'.rRELLA DO NORTE. das as Igrejas, que, na sua sabedoria, antes quiz suavisar o muis possível o j ejum, do que mantel-o em um rigor desgraç:i.darn en te inaccess ivel á fra– queza de nossos tempos (:29) . VIL-Quanto ,·porém, a Igreja mais suavisa suas leis disciplinares, mais rigorosa se torna para tudos a obri– gação de ob~erval-as. O jej um', em geral, e o jejum quadragesimal em particitlar, de todos o mais solemne e santo, é o de obrigação grave, amados :filhos, para todos os que teeru mais de 21 annos u.e idade, e trausgredil-o fõra inconer na indignação do Se– nhor, que di sse, fallando aos pastores de sua I greja: Quem vos despreza me desprezf/, ( 21 ). Qitem, não obede– cer á I gn'fa seja tido como parr{w e publicano (22). Em summa e;ta lei da I greja a que tende senão J. ·melhor observancia ela lei divina'! Quem não s~be que o j ejum e a:; penitenc!os, d 1screta e prudentemen ~e pratica<las, nos desape 0 0-am das affe1cões cnrnae ' ' nos tornam mais aptos aos exercícios da religião? Quem não sabe que todos ?S peccados en traram no mundo pela rntemperança, e que da abstinenci ,t nascem todas as virtudes ? " Ella fa~ilit~ o reco1~imento e a oração , diz o rnclito arcebispo de Cambraia (23) · acqstu ma o homem ,à pobrer.a. e a~ <l esa pego ; do mi\ a carne rebP1<le: nos <l eseuga01~ de neces -idade.s ima;,ina– rias e dellas nos li vra. Põe nas ~1ãos da caridade tn_clo o que pon pa, como o amor ,12ropno, toma tudo e teme da,r; o anh,r de Deos só teme tomar 0 l E , . '-'-r. z· ' exc ama : 1 mais J e iz da1· qite 1·e- ' (2P) Em' Roma, nlsm dn, collnção da, noite, se ponn1tte pela, manh!i um pouco de c11,f6 ou de cho• colate puro ~om umn, poquona frncção de pão. O no~s? orgamsmo 1 mn,is ~bil q_ue o do~ europeus, suJe1tos a um clt mi\ muito mu.L'l doletor10 e dobili– t~nt.o, ~a~ece autorisa.~ igunl ndoçamenlo nr1 pm• t,ca do JCJUW. A descr•p~r.,, christ!í indicar~ aliás a, onda, um a regra O a meu.ida cm quo devo uinr do,sta faculdado, dada Pª,m odificaçiio e não para destrui2ão . (21) Luc, X, 16. (22) Math. XVIII, 17. (23) l\fnnuemen& poui· to Carcme do l'année 1s11. ceber ( 24 ). A opulencia dos impios 6 semµre pobre, á viela, i nsncia vel e até mendiga : }lun snt ergo ·illce d1"vi– tim sed mcndicitas, quia q II cinto rnagis abitndaut, tanto clwisdt et "inopict (25) . VIII.- Ah! caros filhos em J esus– Christo, nestes tempos, q ne se teem tornado profundamente mãos; nestes tempos, em que as id eias christüs se vão esp_ontaneamente obliterando na maior parte da& ulma.s pelo funesto pro– gresso da impiedade, da libertinu o-em e do indiffe renti srno relirrioso,· ne~ teR 1 b tempos, em quE, tan tos homens, in cli- nados para a tel'ra, se acham escra~ visados ás paixões mais ignobeis, e parecem não t~r outro Deos, pa ra me se rvir da pbrase energica do A pos to– lo, senão o proprio ventre - Quorwn Deos venter est (26 ),- é lastima ver o desprezo <la lei saudavel da nbsti– nencia e Jo j rjnm, que, sobretudo en~ tre nús, parece ter c.ihiclo em com– pleto <lesuso. Jul gam até essas santas observancias contra rias êÍ sau<lc ! No enta11to, os medicos mais habeis itu– pnem todos os dias ao1i seus doentes j ejunsforçatlos e cli~tas rigor.i·as como concl içii.6 indis1)ensavel de nm prom– pto re:;tabelecimento. No entan to, ve– mos os homens <la<los ao j ej urn e Íl.S mais d1,1ras mace rações viverem larrro8 annos, e os desertos da 1 rr~pa e t>d:t Uartucht1, e os mosteiros mais ob~er– vantes povoados de anciãos t·ncane – cidos, _ em cnja~ ~rontos apparece com a pallldez do Jf'.)Llill: nú.o sei q1w fres– cor de urua perpetnu j uven tu<le ! O jejum e a abstinencitL contra rios á saude ! Oh! nfio, dizei antes que é. a intemperança á fonte de quasi todas as enfermidades; dizei anttlS ::i_ae a mesa tern destr uído mais vidas que as pestes e as O'Uerra~- Vos·sa asserção fôra mais vera°13.deira. Os natural ista.s mais profundos pre . conisam º. jejum como sobre modo (21) Act. XX 35. (25) s. Agol fi11 'P~nlro. cxxrr, 11 '' (26) Pbili11. HI, 19.
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