A Estrela do Norte 1863

14 A ES'l' R ELLA DO ORTE. 1 crualmen te no fu ndo das cren ç s ido– l~tricas, do mahometismo ao cul to uruidico do fetichismo do sel vagem Americ:no, assim corno na rd igião mosaica, senão a n ecessidade da ex– p iação pelo ·so:ff_rime1;1to, senão a._ grao– de l ei da pemtencrn , presen tHla e acei ta pele> i nstinct0 relicr ioso <lo ge– nero h umano decahido ! A conscien – cia h umana esteve sempre persua– dida que o peccado conduz. á pen~ ; que a t rib ulação e a angustia sil? 10- separn.veis de toda alma que pr:n1ca o mal [5] . oração e o JeJitm (7) : Ell e mesmo, como M.oysés e Elias, jej uou quarenta dia s no deser t o (8), para nos da r o exemplo ; e lou vou em t ermos admi – ra veis a J oão Baptista, modelo s u– blime <l e aust eridades, cuja voz retini a até o fund o _das solidões, prégando õ baptismo da penitencia (9) . IV.- Qne mu i to, pois, que doceis a0s exemplos e ás pnlav rr~s do D ivino l\1rstre, se exercessem os Apostolos no j ej um e na oração antes d_e _se darem ás fu a cções ard uas do seu rn101s– t erio ? Que mui to que Paulo nos ordene que tragamos de continuo a mor tifiCR çã.o <l e J esus e1n t orno de nossos corpos (10), qne os cas t ig ue– mos rigorosamente e os red nzamos (1 servidão (1) ', que o crucifiquemos com t odos os se us ,ici os e concnpis– cencins (12), completando assim em nós o que fa lta á paixão de J esus– Chris to [13j, afim d'l q ne mor t ifica– d o::; na ca rne e vivific ados no espirito [14] , na li ngnagem de outro .Apo t olo, possamos resistir, sobrios e ,ig ilantes, ao leão fu rioso que roda em torno de nós , 1-iroc nrando devorar- nos (15 J ? V. - Ahi tendef', caros filhos, nas tradições do gen ero h umano, na a n– ti ga lei, nos p rophetns e no Evangelho, os fundament os incontrns ta veis d it ' lei do j ejnm, desta saudavel i ns t itui– ção que a impiedade esca rn ece, mas qUi, d ;vini sada. pelo E vangelho, es– t eve sem pre em prat.ica na I g rej a de J es us-Chris to. " Du ran te o., prí:nei– l'OA secu1 os da I greja, cl iz Fenelon , vi viam os christãos de fé M jPjum , na oração, no silencio, no t rabalho das mãos. U savam deste mundo coma não usando, porque elle é uma fig ~ra, que passa no momento em que JUl- III.- 1\'Iascheguemos .í pfoaa 1uz do E vang1lho e d0 eh, istianismo. O Christo, o modelo, o ty po da hu– mnn idade regenerada, a pparec .-nos como o ty po, o modelo tawbem da h umani dade peni tente. E' :::ob a fi – gura ele um sup pli ciado qu P E 11e re– cebe t odos os dias as mais tlocrs ho– ru eoa.gens ·de n ossas alm as, e os la– bios fr ementes d e amor q ue o adora, nti.o se irnprim, sobre su a imt,gem b erndita seqi encon trar uma c]rnga . S im, J es us nos viv ificou com a. mor te, nos sal vou com o sangue, n os g lori– ficou com a cruz ; e nós, q ue somos a hu!I!anida<l e por elle n1dimi-d4, D[Lu o de ixamos só em sen dol oroso pa– dece· ; padecemos com EllP, gozamos das ignomínias do nosso Mes tre, em– briagamo~nos nas am:ngu raA do seu calice, s'eguimos com sn n ta vol uptuo– sidade suas pégadas ensangnentad~s pelo caminho es treito da penitencia, e chegamos com E lle 1 pela aceitação generosa ~a dôr, á len it ude de n?ssos destinos 1mmortaes. An tes de 1r fi– x ar-nos no Thabôr, passamos pelas cumiadas do Golgotha. O mesmo Sal vador predjsse que quando elle, tloce esposo nosso; se retirasse para o céo, entã o j ejuariamos (6); ad ver– tiu-p os, que certa especie de demonios se não póde e:x.pellir senão com a , ! 71 I bid XVII. 20. 8] Ibid I V. 2. 9] Luc. VII. 28 , [ 0 1 II n.d Corin h. IV. 10. 1 11 I n.d Corinth. I X. 27. 12 Gn.lat. V. 24. f6] Rom, II. 9· [6 llfath. IX. 16, , 13] Colos I. 2(. 14) I Petr. III. 18. (15) Ibid V. 8, ;

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