A Estrela do Norte 1863

12 A ESTRELLA DO NOR'l1E. auno!'. Tenho trabalhado o mais pos- Duraot_e este sermão improvisado, e sível em alimpar os boeiros das cha- tanto ina1s tocante qnanto era mais minés, e fui pondo de parte meus ga- simples, muitos olho~ se molharam de nhos, afim de poder com a possível lngrimas, gue uutro discnrso não have– brevidade voltar para minha terra e ria desafiado. O joven Penelon com– levar á boa mãi um pacnlhosinho.• movido e, cumpre dizei-o, nm 'pouco Economisei soldo por soldo, e tinha confuso ~le sua temeridade, se _dispn– trezentos e quinze francos escondidos nha a tirar as esmolas em favor do uebiiixo de um tijolo no pobre quar- pobre Pedro, quanào este, conduzido t;nho, onde me deito. Com o cornção pelo. rnarqneza de Bouftlers fllle o muito alegre me apromptava para par- tinha rnandado buscar por 11 ;1 de seus tir com dous parentes, que voltam ã criados, foi introdnzido no meio da no– Snboyn · e eis qne estn manhã, quan- bre e brilhante a~scmbléa. do leva ei o tijolo para tirar o meu A' vista do pobre coitadinho, cnjo 1hesouro e njuntal-o em um sacco pa- semblante gr11cioso e inganuo expri- ra o levar, achei o Jogar vasio ...... . miit ao mesmo tempo a dor e a admi- Furtar?m-me.,. tudo I Eu não rne_a_tre- ração, reanimou os bons sentimentm1 vo mais a voltar para a terra; dmam que haviaexcitadoem todo o auditoria Jogo cine en f~ii um mal p1:ocedid~_e a narração de I.<'enelon. Interrogaram fJlle en .fsquect ll_}eu pai e m10ha ma!· ao menino, e em sua algaravia origi– :E ,ois, só me faltam rrer, que mui-, n11l conton elle tle novo os pormeno- (0 in e iz sou. ". o_ 1, "..':-~a._hnmos de dizer~ A scnho- " ~·•, ., U\ ªª" " Tal é, senh 0res e senhoras, con- ra ele Bou e r:, t·"" .,i ,- vez ndvogou tinnou Fenelon, o resnmo da narra- a cnnsa do infeliz c')m igual e pirita ção qne me fez o pobre Pedrinha, qu_e e cttridadt', e declaron que qne,·ia ella mal podia fallar 1 tanto soluçava e t1- mesma tirar ns esmolas no l:ionet par– nha frio. Eu o tomei em meus bra- do do Saboyanosinho. ços e o trouxe até o porteiro dl'sle pa- " Vos advirto sómente, diz ella :.ln- lacio, a quem o confiei. tes de ocmeçar, que eu só RECEBO " Pois que a Providencia me foz oua.o. '' encontrar no cnminho e~ta occasião de Não tendo nenhum comsigo, des– fazer 11mn boa _obra, não quiz dei~àl-a pregou ella uma de snas argolas, que • escapar, e po_1s que este pobresmho foi a sna cfferta. rle Jesus Chnsto lem por asylo mo- Os luizes e doblões iam chovendo mP.ntaneo a casn mesmn em que vos n rôJo no velho bone1 que nunca ti– achais reunidos para ouvir-me, j11lg11ei nha assistido a semelhante fesin. O dever pedir-vos _me ajudeis nest:1 boa bom Fenelon ' chorav,11 de alegria em acção, e pl·efen fallar-vos do Pº?r_e uin quarto visinho, onde tinha ido menino M' Saboya antes de que dm- occultar sua emoção. gir-vos o discmso gue·tle mim esperaveis. Tirou-se uma somma maior de dous ,, Eu vos peço, pois em nome de mil francos. O menino cuidava e5tnr Nosso Seuhor J esus C11risto, pni dos sonhando, e não queria crer qne fosse pobres, consolador elos afllictos, queajun - para elle todo aquelle ouro. Qun ndo teis neste mornento vossas esmolas em se capacitou ben~ disto, poz-se a pu– fovor ele meu pequeno protegido, cuja lar, chorando e rindo, esquecendo-se sorte está ar,s,m cin vossas mãos. U,na de todas ns pessoas qne o rodeavam, p.eça de prata ou de onro é pouco pa• e só pensando em sua mãi. ra vós ; para es_te pobre mcni_n? é• A mnrqueza de Bonffier.,, depois de m ui to: ~ a alegria, a vida, a fe lic1da- ter n!Tectnosnmeote agradecido a Fe. de, Dar, senhores ; dai, senhoras ; nelon, em non1e de toda n nssembléa Dcos V~)s dará n reco111pema. '' o será.o vcr<ladeirar~ente cxcellent; (

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