A Estrela do Norte 1863

p {52 A ES'.DRELLA DO NOR'L1E. às origens · gregas. · E o '-lUe se acaba de dizei· da li lttratura fran – ceza e allemã deve_se entender igualr'hente, no qnc diz respeito · ao immenso saber de Mezzofaot i, da s litteraturas bespanhola, por– tagueza, ingleza, polaca, hun– garn e russa. A As ia lhe abri11 tambem , seus thesouros. Es tu dou os ant i– gos livros armenios, publiçados pelos Mecturi ~ta s, os sab ios Sy– ri os da escola Ni.::ibe, os doutos mo– numentos transcrip' tos da Persia ' , as obras arahes escriptas no mais bello tempo dos cali fas de Bag~ c.lad e dos soldões da Hespanh r1 , os velhos li vros cophtos tra~idos do Egypto pelo:) Assemanos. S e e lle fal lava com facilidade roda s as línguas indianas, t ambem ,ti riha penetrado os antigos li vros da India trazidos para a Ruropa, primeiramente pelos missio.nariós e depois pela sociedade littera– ria de Calcuta. -A philosophia e a mythologia in dianas com' s'ua$ abstracções, suas obscuridádes, seus symbolos, suas al lusões, seus rnysterios, suas e. travacran- . ' o c1a s e analo~ias com o culto de I-3rahma e de BouJdha ei·am . ' t~o familiares ao Cardeal. que se d issera que elle ' tinha exclusi– vamente consâitt\'.;do a estas vãs subtilezas todas as luzes, toda a força de sua intelJi c,enci a. O il" 1 e . . ustre prelado ti,nha vi sto o ~ys• 1ema absurdo e detestavel do B oudd_hi smo se iflfroduzir na phi– ]osophm allemà ; o qual accende o or,ir ulho do homem e o con• <luz ás deploravei s con:5eq uen• cms do Panthcismo, cuj os sequa- ' zes lí ticos e religiosos lançam hoje a pert urbação nó se io de todas ar nações da Europa. , Quanto aos idiomas de ~lém do Gan 11es o Cardea l só sabia o ... , chim. Mos esta linguagem tão antiga, tão vasta, lâo nobre, e que r~monta até as tradiçõ s 111ais reni.otas da huir.anidade, fórrna um · cbdigo de doutrinas 'reli"iosas, naluraes e civis, t.le tal modo com– pleto, que um só homem bis ta– ri a apenas para o pe1·corer . Toda– via tinh a lido o Cnrdeal todos os li vros de Confucio e as obras dos mandarins as mo is recentes, Fal– la ra de maneira que espan tava os ma is ill ustres sab io s que ti_ nb'arn. feitQ desta espec ial iqade o objecto exclusivo de seus e,stu– dos. Conhecia tant"" lin a- uas , era tão sabio, qce se pôde dizer com rnzã•J: depois de Adão, em ne- h u :n sec'ulo hou\·e um homem tão extraordinario c<;>mo o .Cardea l Mezzofanti. Refere a histor ia que Mithr i– date, rei de Ponto, que pelejou po r muito tempo contra Pom-– peu e <1utros valero sos Romanos, sabia fdllar vinte lin a- ua s e é por • t, ' isso que A.d elung e depois VR- ter intitulara ,n JJ:fithridate uma grande obra que ell es publicaram sobre as línguas ; deu- se ta moem este ti tulo á vasta ed ição poly– glot ta do Pater, goe nós d_evemos a Scheel dberger, Portel, Biblian– det· e Ges ner, cujo tra balho fo i ma is ta r de continuad~ por outros sa bios . Mas qu em e ra Mithridate 7 o que fi zeram P ico de Mirand'olla Werdin , Domo, Pri tchardo, AbeÍ ; 1 \ 1 1

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