A Estrela do Norte 1863
A ESTRELLA DO NORTE. fü nbo, a bençam. paternal da trema despedida. • Com tal morte, qual (:1, dos Santos, preciosa na presença do Senhor, pas– sou do tempo á eternidr1de, deixando em legado aos seus amados Diocesa– nos, no molde de uma vida sem man– cha, o exemplo das roais adificantes virtt1deR ; virtudes que, esmaltando– lhe a Mitn. sobre a terra, lhe mere– ceram a coroa da verdadeira vida no Céo. Non sic impii; non sic. • O CARDEAL M8ZZOFANTI. [Conolusão.J A scicncia fecunda de Mez. zofanti se estendia em t,otlas as vari antes da lin!!'ua russa: P ula. cos, Bohernios., ~'loravo~, F,l avo~, povos da Bosnia e da Herze– govinr1, acl1avam nelle um con– cidadão, um interprete. .N·enhum dos · mil vasconços que offerec~ diversas províncias da França lhe era e::,tran_g:eiro; fallava o bear– nez, o picardo, o Jaixo_brelão, · o bordelez, o burgonhez, o limo– gino, o normanw , o prnvençal, o ga scãu. O celli co, e111 uso no P aiz de Ga ll es em In ,,!aterra en- r- , tre os montanhezes da E scoss ia e nHs provincias occidentaes da lrlancla, não era j,,ualmente se – não um jogo para~ intelli gen<;i1:1 \ que nos occuRª,· Aqui devo responder a um estrnnho pensamento que poderia se apresentar no espírito do leitor, pasmado de ver tanlos e tão ma – ravilhosos conhecimentos reuni - . dos ,etn llm !Só homem~ Com efI'ei– l~,. n~o se poderit1 suppor que o cal d eal Mezzofi;rnti não passou de um irnmenso vocabulario poly– ;lotta? Sem du\,·ida, em uma in– telligencia de tal maneira sobre• carregada de palavras e phrases, não devia mais haver o menor lugar para as outras sciencia5, u1es como a politic:a, a historii,, as leis, as in stituiçees, os cos_ tu111es e o culto dos povos. Erro profundo ! " O cardeal Me7,zofonli accres· centava á sua vasta memoria, ao · conhecimento de tantas línguas, um saber não menos prodigioso. rrinha esnutado ,a causa e os effeitos da ongem, do augmento, d~ 0 loria e da decadencia I:> • dos povos antigus e moderno", pm que tinha compul sado seus , livros, tradições, seus monumen• 1 ws, :seus poemas e seus codigos. S'::!ria poueo affirmar sómente que o Cardeal conhecia a fundo a litteratura grega, . latina e ita– liana, tanto sagrada como pro• fana. Tinha liuo e saboreado tu– do o que- o secu!o de ouro da lit– teratura franceza tem ·produzido de mais exquisito e · sublime. Os mais bellos ex çerptos de Racine, de Corneille, de l3oileau, de Mo– liêre, de Bossuet, de Bordaloue e de Massillon estavam gravados em su\ memoria. Os principaes autores alle;nãe:1 .t.ambem tinham sido o objecto de seus estudos, e Klopstoc:k, Goethe, . Schiller, W1eland, Gessner, Sdiel~el, Men– del ssohn, tinham fornecido a esta assombrosa memoria suas mais preciOSilS joi as, as$\m como ou– tros muitos talentos que teeC!1 tra– balhado a reconduzir a lmgua . . . ' allemã á sua pureza prnmt1va ,
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