A Estrela do Norte 1863
A ESl'HELLA DO NORTE. :,.llo ? - q110 o uos·o ,enernudo consocio se retirou <l:1 sccna politica com e~sa au– réob de gluriJ, rpr o r ercou em toda :i Yid:1. N este tempo não ha via 1,o:nem possi, el vara ministro; porque a cadeirn, mi nisterinl em, w mo é n.inda mui tas ,·e,:es, um poste de ignomini:i, em que se aL'l. o escolhido pela corôa, e onde o cortam com o látego da injuria, emquanto enlamei:1111 sua familia, e re.-olvem as ci izas de seus antep:i.s- ~adoa. · Ao nosso illustre ceusocio não falt:traru -:is amarguras, qu e tragam os pred~ tina– dos : o proprio Cbristo as t ragou ; nfas, <lecliuanclo a past:i de ministro do impe – r io, poupou de certo a sun. t unic:.i de pa– <lrc e o seu palio de arcebispo á e...-ent u– alida<lc de s~r arrastado pela l:rn1a da im– p reusa, ciue -então se ton !-.\':J. muitas vezes, c-omo ai nda boj e, em vez de facho para .ullumiar, em um ti ç-ü.~ de iu::.eudio, e de m ina. Como chefa nerc!s:trio de Ji<>US go....-ernos no P ar1, e mais tarde no governo diocesano cfa metropol e ecclesiastica do B rasil; o Sr. JJ. R omualdo mo,;lrou- !!e emiuente pol iti– ç o com t odas as altas e inapreciavcis qus.– lidade3 de tolerancin, ê!1ergi a, ci rcumi pec– <;âó, iHustr:1ção l:l justicp . X imenes na Iles– p:mlia, Rich elieu e Uaz:iri uo ua Frn.nça, Lmnl.i ursqnini ' e Antonelli na modern a. Roma , e D. Ilulll uddo 110 Pará c na Bahia "<. 1esmcntirnm, e dc.ru cnlen1 n asserçiio dos que nC'_g:i m ao s:1certlote as a,Jtas qu.ulida– <l es de illns lreB Htini.,tros, e de regedo– r es temporac~. Q., cuidados d:i. diocese, o amor :tos cs– t aJo~, e a <lispoaição p, ra n. morte, acon– sclh:uam e <letcrminar::un ::,o nosso conso– cio o retirnr-se -<h acena poliLica. 1fas niio hou\·e negocio mixto c1e alb importan– cia. sobre que não fo::;sc consultado; e se uma polili9 u1-csqniuba de prnclilecção pc~– soul lhe fecl ou as portas do senu<lo, mui– tas vezes ::i. sombra venerauda do i.llu~tre parlament:i.r elas primeiras asscmbléus do irn perio era a.hi in vocada; e algumas ve– zes a ua voz autorisada sab i& do sauctua– rio tfa P,eligirw para se Jazer OLivir no sanctuano d.~ 1 ,olitica. Q uando um pro jecto de cxecran <l a. me– moria l.,uscou impi:111tar entre n6s o c:t, a– mento civil, e sacrificar 6, colonis:>.ção pro– t ~st~n t« i ctc on oito milhoei; rle ra ' holico~. aboliJ1do o matrimonio- sacrameulo, a, voz gravo e severa do venerando ancião bra– dou Junto do throno imperial, e retumbou grave e se, era, na camarn dos reprrsim– tautes <la naciio. E fo i · de ~erto !'Ssa \' OZ o ill.sirumento, ·de que D eos se ser viu para. conj urar d'en• tre nós a mais :\$Sol::tdora elas heresias. O que seria hoje · a sociedade braaileira. se por Ycnt ur:i. se hou,ressc acloptado essa lei sub1·ersi va da ordem social e · d~ mc– ralidadc da farn i!ia '? O estado repousa nn. familin , como o edi6cio nas bases : a pedra angular da so– ciedade é o matrimouio-s:icramcnto, que é um laço indissoluvel, como a lx1se devi ser inabalavcl. -:Pretender rebai...ar o contracto sacrtt– mentd :í. esteira dos contra.-:tos co1111n or• cia cs, importaria umn heresia tu.o calami– tosn, como era para o estado a separaçãe <la igrej a de R oma, como crn para. a igre– ja· a aboliç;.i.o do celibato clerical. O arceli1spo D. R omu::ild o, semelh:mt• ao 11ercllles da mythologia pa~ã, est rau- , g ul ou rssas tres hy tlr~1s, una..~ no seu berço da prelaLlo, a ultima oo a1n·o.'l'.ima r-so do seu t nmulo de . saucto. Mas porque rasã.o chegou o deputodo D. R omunlJo a gosar deste prestigio, dts• ta, asce!ldencia, deste respeito nnnnime, que se lhe reconhecia, e se lhe t ributava ? GoHquistr,ria e lle esta posição pela. iufiu– enci:i -<lo seu c:,.racter -sacerdotal, ou pelo ascendente d:i ;,~ia gcrard1ia ecclesio sti ca? ()remos, que n-cru -0 carncler do sacerdo– te, e nein a cathegor,ia Je prelado foram sufücit>ntes pa :l obLcr tamanha :rnra e pris– tigio, poi 3, ue ssa épocn, o st1r padrn era ás vezes mu motivo para menosprezo, e o ser bispo um, motivo de receio e descon– fi onç11.. O que llJe parece que infl uiu para a sua. gloria pessoal, ~ ar!!. o triumplio da santa causa ela I g rej::i, que elle, e ning uem m:i.i11 do que ellc, tão nobremente advogou, foi, além da sua mi ssão pro,idencial, o poder, a realeza da al~ intelligencia com que Deos o dotára, e que elle illustrou com o estudo, e a meditaçiio. F . ~L R APOSO DE Au.mro.A. ( Biog. elo A.rceb. )
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