A Estrela do Norte 1863

A:L. O DB 1863. .DO.\IlNGO .lJ DE DEZEuIDUO. NUMJ~B.O 50 · • SOJI os At;Sl'ICIOS DE: s. r:xc. r.EY !!A . o SR. D. -.l.liTOXIO D:C !!ACEDO COSTA, BISPO DO l'AnA' . ()arta pastG.-ai <1e §n~ lEm~.~micia @ C215-•dca~ GoaHJ!l{)°5:, ã'CCbi!í!}O ~1.c Xeim , COUd1Cl!llHasH!O o Hv.·o Hl• tUttCado · - Vida de .9°C§U@ , i}Or E. Reuan. l Contiminçr.o J N,,o podia Rcnan negar a divindade d_e J e;ns 01.iristo sem negar igualmente :i. d1- vinrfade do Espirito Santo, o o adoravel my~terio da Santissirua Trinàade. Ellc vae até mais longe; não reconhece nem reveh– yiio propriamente dib, nem intérvcnção al– gnm:i. de D c011 '.10 governo~º- mundo quer phisico e materia.1, quer relig1cso e morü As p,·ophcci::is e o~ milagres io antigo e novo Testamento no que respeitam a J esua Christo, contendo provas irrecusaveis de sua, divina missiio, deviam ter impressiona– do o autor da Vida ele Jesu,. M:11 1 um homem systemati~o affa~ta e ropellt tudo que pódo contr:mar seu pla– no e sua3 ideias. bs proph.:tn,s aos olhos de Renan i;ão visionarioa, su:i.s predic– <jües, sonhos ou hallucinações. Qnanto aos mil::wres elle esforça- se por pol-os em du• t, , . ~ vida, ou despil-os de tucto que tem de so- brcnd,tnral. So so lratii, por exemplo, cfa ema dos c6iso~, da dos surdos de nascença, cl:i. resurreição dos mortos, e principalmen– te da do Salvador, elle toma o partido do ou:iadarncnte affirmar, sem todavia apre– sentar pro,:-i algum8, que os evangelistas, e "parücnlarmcntc o apostolo S. João não referir:un exactamentc Oij factos como eDes tiveram lugnr; qne enganaram-se, ou os seus escriptoa foram s11bst~ncialmtnte nlt,e– ra<lo3 pelo~ prim~iros chnetãos. Mas, esta a.:scrçuo, corno mil outras elo mcs_mo autor, , Lã.o gratuit:i, quanto ~emera.na , e não tenclo a menos qne arrumar n~. b~es ~e todo. a certeza historic:i subst1tu1nclo ail regras cl:i. sn criticl\ 0 ~ais trisLe iCCpli- Ycnito ct nmbulemus in lumino Domiui I su. II. li. E niio contonte com tirar :1 J esus Chris– to a divindade, e :i.tlribnir á igreja o cara– cter de uma instituiçã.o toda, humana, Re– na-11 procura, rnduzii· :.i, nossa snnta religião ~ um idéal -.an-o e informe, sem culto o sem outra expú~~s,io que aqu~lla que á qu:il- quer aprouver dar-l he. · . Estando toda en cerr;;ida nos sentimen– tos do cor:i.ção , é permittic1o a cada um pra- ical- a segundo a ideia particuh,· que tiver feito da divindade; cad:1 homem estabele– cerá. as suas relações com Deus conforme o conceber. ' " A.utee de J esu! Christo, diz elle, o peu– samcnto religioso tinha atravessado muitas rev-oluçó~s, depois de Jesus elle tem feito grancles conquistas; entretanto nilo se t~m sabido, e não se s11.hirá. da noçüo ·essenc1al qu~ Jesus creou, fixando para. ~empre _a. it!eia do culto puro : n esto sentido a relt– gião de Jesus niio ó limitadn.. " A igreja teve suas epochas e suas ph~– Ecs; se encerrou nos symbolos que 16 tive– rani e terão um tempo. J e!us fundou a, re• iigüto a.bEoluta, nada excluindo, nacla deter– minando , cxccpto o scnl-imcnto. Sous sym– bolos nilo sâo dogmas diúdidos, mas ima• g cns snscepti veis de úiterpretações indefi– niclc-.s. Dcbal<le se procur:iria uma propo– sição theologica do Evangelho. Todas as profissões de fé siio dissimulações tla ideia de Jesus .. . Se Je11us tornasse 11, vir ontrc nós, reconheceria por dis~ipulos, nilo aquel– lcs qne pretfltdem encnral- o cm alg n• ma, phra.ses do catbecismo, mas aquel– les qu~ tr:i.balham para contiriuar a sun. ideia.." ( l ). . Deste u1odo 1 charissimos irmúos so se deveõso acreditar a Rennn, e]Ja c~mprc• hendeu melhor o Evangelho do que Q~ pro• prios eyange1istas, do que O Papa e os ~js• pmi, do que Athanasío, Hilario de Poll1c- ei,mo. , [ l J Yid11. de Je!Us, po,; •fh,

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